sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fogo e gelo sedução corporativa

Fogo e Gelo

Disponibilização e tradução: Rachael Moraes
Revisão: Angéllica
Revisão Final: Claudia
Resumo



Victor Titus é um homem que está no controle de todos os aspectos de sua vida, tanto profissional quanto pessoal. Ele consegue tudo o que quer e danem-se as conseqüências. E o que ele mais quer é Tanya Garcia, a delicada e resolvida gerente da sua empresa.
Uma noite de paixão três meses atrás e ele se convenceu que ela é seu par perfeito, mas Tanya tem medo do que evoca sua natureza dominante. A idéia de abrir mão do seu controle para outra pessoa a fez fugir assustada. A última coisa de que ela precisa em sua vida é “O homem de Gelo” dizendo a ela o que fazer.
Cansado das constantes rejeições dela, Victor propõe um plano para ter Tanya como sua submissa por uma semana. Tanya concorda e espera usar esse tempo para conseguir tirá-lo de sua cabeça e então seguir em frente, mas Victor está disposto a provar que ele pode ser o dominante que ela tem estado precisando a sua vida inteira.




Capítulo Um

Ela trouxe um namorado para a festa! Victor Titus mal podia conter sua fúria, mesmo assim ele não podia evitá-la. Tanya Garcia era uma mulher sensual e usava um vestido vermelho e justo que só destacava suas curvas. Embora ele tenha ficado atordoado e sem reação por um momento por causa da beleza dela, não negou o fato que ela deliberadamente o desafiou.
Victor caminhou na intenção de falar com ela, mas foi barrado por Josh Bachman, um de seus sócios na firma de finanças. —Ei cara, onde você pensa que está indo?
—Quem é ele? — Victor não precisou explicar detalhadamente. Josh era a única pessoa que estava ciente de seu interesse por Tanya. Molly Zaworski, a noiva de Josh e melhor amiga de Tanya, provavelmente soubesse de algo. Não importava. Victor não se importava quem soubesse. O que importava pra ele era que a mulher que queria estava neste momento flertando com outro sujeito.
—Eu não me lembro do nome dele. Eu ouvi Tanya dizer a Molly que ele é um personal trainer da academia dela.
—Ela está simplesmente me pedindo pra fazer alguma coisa a respeito disso. — Apenas dizer essas palavras o fez pensar em todas as coisas que ele podia fazer pra ela. Em sua mente podia ver o corpo moreno completamente nu e curvado. Seguraria seus tornozelos, puxando e separando suas pernas. Os seios pequenos ficariam acessíveis para seu toque. E seu bumbum. Seu bumbum liso e arredondado seria dele. Para espancá-lo!
Seus pensamentos foram interrompidos pelas gargalhadas de Tanya através do salão. A mão dela descansava ligeiramente no braço do seu acompanhante. O braço que Victor estava apenas se contendo para não arrancá-lo do ombro do outro homem. Ele respirou fundo e deixou a bebida de lado, na intenção de por um fim nesta farsa de uma vez por todas.
—Você não vai fazer uma cena aqui hoje à noite.
Não foi uma pergunta, mas uma afirmação, uma que ele soube que Josh o obrigaria se fosse necessário. Victor não tinha nenhuma intenção de arruinar a festa de noivado do seu amigo. Mas, isso não o impediria de confrontar Tanya naquela noite. Ele correu uma mão trêmula por seu cabelo.
—Eu tenho feito tudo errado. Nesses três meses, eu usei toda sedução que podia pensar para conquistá-la. Nada deu certo.
—Talvez você devesse só ser você mesmo.
Victor o olhou. Eles tinham sido companheiros de quarto na faculdade e Josh sabia sobre as tendências dominantes de Victor. —Sendo eu mesmo é o que vai fazer com que ela fuja de mim, em primeiro lugar.
—Olhe, eu não sei a história inteira, mas eu conheço você. Ainda que você a conseguisse com sedução, ela precisa ver quem você é realmente. Por que não hoje?
Por que não? Claro, ela só tinha tido um vislumbre de quem ele era realmente na noite da festa de Natal do escritório e estava fugindo desde então.
—Primeiro você me impede de conversar com ela e agora você praticamente está me empurrando pra lá. Decida-se.
—Muito engraçado. Você devia ser um comediante. — Com um aceno, Josh apontou em direção a Tanya. —Olhe, ela está sozinha. Por que você não leva uma bebida?
—Isso é realmente uma boa idéia. — Victor pegou duas taças de um garçom que passava e atravessou a sala. Ela estava de costas, mas ele podia ver seus quadris suavemente balançando com a música. Naquele momento, desejou que suas mãos estivessem livres, assim poderia surgir atrás dela, pegá-la pelos quadris e puxá-la de volta para seus braços. Claro, que conhecendo Tanya, provavelmente ela iria se virar e acertá-lo.
—Você gostaria de uma bebida?
Tanya se virou com um sorriso no rosto, franziu a testa assim que percebeu quem estava oferecendo. Mal escondendo sua careta, pegou uma taça da mão dele e tomou um gole. —Claro, por que não?
—Não se entusiasme.
—Acredite em mim, eu não irei. Mas eu sei que Molly e Josh gastaram uma fortuna nesta festa, então não vamos desperdiçar uma boa bebida.
Victor tomou um gole de sua taça e teve que concordar com ela. Embora soubesse que eles gastaram algum dinheiro para ter esta festa em um hotel, parecia que eles não tinham desperdiçado nenhuma despesa com o serviço também, porque o vinho era de ótima qualidade. Tentando conversar um pouco, ele perguntou. —Você está tendo uma noite agradável?
Ela o olhou por cima do ombro por um rápido momento antes de responder. —Nós acabamos de chegar, mas até agora, sim. Eu estou contente também, porque Molly estava terrivelmente preocupada que pudesse acontecer alguma coisa errada.
Ignorando seu discurso sobre Molly, Victor se deteve em um assunto que estava mais preocupado. —Nós?
—Sim, meu namorado e eu. — Tanya tomou um longo gole de vinho e então colocou a taça vazia na bandeja de um dos garçons que passava. Pareceu pra ele que isso engrenaria para outra briga, então ele também adicionou sua própria taça quase vazia.
—Você está deliberadamente tentando me provocar?
Tanya cruzou os braços sobre o peito, inconscientemente empurrando os seios um pouco pra fora, proporcionando a ele uma boa visão a qual ele se sentiu duramente pressionado para não apreciar tanto. Embora delicada, ela estava agindo como se fosse algum tipo de executora. Em vez de olhar fixamente para seus seios ou rir do seu show de superioridade, ele olhou diretamente nos olhos dela conforme ela falava.
—Quem você pensa que é? Eu deliberadamente não estou fazendo qualquer coisa para provocar você. Na verdade, eu não tomo decisões com você em mente.
—Verdade? Porque eu pensei que tinha sido bem claro na minha mensagem de telefone, que eu estava vindo aqui sozinho e esperava que você fizesse o mesmo. Então você quer me explicar por que você fez justamente o contrário?
Ele observou enquanto ela franziu os lábios, fechou os olhos e respirou fundo. Abrindo os olhos, ela começou a falar muito compassadamente como se explicasse algo para uma criança. —Eu devo ter perdido essa mensagem. De qualquer forma, eu não recebo ordens de você. Suas expectativas em relação ao meu comportamento não influenciam em meu processo de decisão. Eu sou uma adulta. Algo que você, obviamente, não sabe o que é.
—Bem, deixe-me esclarecê-la sobre a mensagem do telefone. Eu expliquei que estou ficando cansado de você fugindo de mim, de nós. Hoje à noite nós vamos conversar de uma forma ou de outra. Assim, trazer um namorado foi ruim não só para você, mas para ele também.
—Oh, meu Deus! Você não está entendendo. — Ela agitou a cabeça em derrota. —Eu já expliquei tudo pra você. Tenha uma boa noite.
Ela girou os calcanhares e avançou um passo, então tropeçou na barra do vestido. Antes de ela tomar um tombo, ele a alcançou e a puxou para seus braços. A sensação do corpo dela apertado em suas mãos novamente era estimulante. Tinham se passado três longos meses e ele não estava interessado em esperar mais para tornar isso permanente.
—Você precisa de um protetor. — Os longos cabelos negros e espessos dela foram erguidos no alto da cabeça com algumas presilhas e cacheavam ao redor do seu rosto. Um cacho escapava de uma das presilhas então ele estendeu a mão e o colocou atrás de sua orelha.
—Eu suponho que você está se candidatando ao trabalho.
Victor inclinou-se, seus lábios a poucos centímetros da orelha dela. —Não haverá candidatos, nem entrevista. Eu sou o homem para o trabalho, pura e simplesmente.
Tanya respirou profundamente, estremecendo. Sabia que deveria negar, mas ela o queria da mesma maneira que ele a queria. Sua natureza submissa, a qual ela enterrou muito bem que se recusou até a admitir que existisse, havia respondido às palavras de comando como se ela já fosse dele. E o Dom nele se divertia com suas reações. Ela continuou lutando com sua própria natureza e retirou-se dos braços dele, seu olhar de fúria era evidente. Suas palavras não tinham o fogo que ele estava esperando.
—Só me deixe em paz.
Ela se apressou a sair do lado dele, então, atravessando o salão, foi em direção de onde ele notou, seu acompanhante estava no bufê com dois pratos na mão. Os olhos dele se estreitaram quando observou o sorriso do outro homem, flertando com ela ao mordiscar os petiscos gostosos de seu prato. A visão dela conversando com o atleta musculoso o estava deixando com náuseas. Finalmente se forçou a virar. Ela poderia pensar que tinha escapado, mas era só um alivio breve.
Felizmente a atenção de Victor foi desviada pela chegada de Brandon Lang, o terceiro sócio da firma. Fiel a condição de playboy, Brandon estava acompanhado por duas magníficas loiras esculturais, uma em cada braço. Quando ele caminhou para saudar os recém chegados, escutou Brandon falar com as duas mulheres.
—Agora, senhoritas, este é o homem que eu tenho falado pra vocês. Ele é um bloco sólido de gelo.
Uma das loiras olhou Victor de cima a baixo, despindo-o com o olhar da mesma maneira que facilmente suas mãos provavelmente poderiam. No passado, ele teria levado em consideração o seu convite. Ela parecia com o tipo que podia apreciar uma noite de sexo quente, sem amarras. Agora, porém, ele não sentiu nem um flamejar de interesse. Não obstante, não seria rude com as mulheres. Brandon, por outro lado, não parecia se importar nem um pouco.
—Não acredite em nenhuma palavra que este homem diz. Ele está tentando compensar a sua homossexualidade latente.
A mulher que tinha olhado pra ele descaradamente riu, mas a outra lhe deu um olhar vazio. Ela tinha um corpo perfeito, mas obviamente não era nenhuma estudiosa de Rhodes. Victor arqueou a sobrancelha para Brandon, que retornou o gesto com um leve encolher de ombros.
Quando as duas mulheres se desculparam e foram para o toalete, Brandon olhou em torno do salão lotado. —Onde estão Josh e seu futuro elo de cadeia?
—É melhor você não deixá-lo ouvir chamar a Molly assim. Ele poderia limpar o chão com o seu lindo rosto. — De propósito ele se afastou de Tanya e seu namorado, mas não podia evitar olhar em volta e achá-la novamente.
—Você sabe que eu estava só brincando. Eu amo Molly; Ela é uma garota maravilhosa.
—Boca fechada enquanto você estiver na frente deles. — Sua resposta soou um pouco distraída quando viu Tanya finalmente, indo para a pista de dança. Victor podia sentir sua pressão sangüínea subindo ao vê-la nos braços do outro homem. Embora delicada, ela tinha seios fartos e firmes e um curvilíneo e pequeno traseiro. Um traseiro que se movimentava para ser agarrado. De jeito nenhum ele deixaria isso passar. — Humm, falo com você depois.
Victor se afastou a passos largos sem nem mesmo esperar por uma resposta de Brandon. Ele não iria fazer uma cena. Continuou a repetir para si mesmo quando a alcançou e bateu no ombro do homem. —Eu posso interromper?
Tanya pareceu espantada e agarrou a manga do homem, mas Victor não aceitaria um não como resposta. Puxou-a para seus braços, deixando seu namorado olhando fixa e inexpressivamente para eles.
—Como você ousa?
—Você o fez sentir-se mal na pista de dança. Como você ousa?
—O que você vai fazer a respeito?
Se ela quisesse testá-lo, ele estava mais que pronto para um desafio. Ele puxou-a rapidamente e foi em direção à sacada. Uma vez lá fora, fechou as portas atrás dele. —Nunca me dê ultimatos a menos que você esteja preparada para as conseqüências.
Com as mãos nos quadris, ela bufou.
—Eu deveria ter medo?
—Talvez você devesse. — Ele avançou um passo e sorriu internamente enquanto ela perdia terreno. Sua pequena cuspidora de fogo não era nada tímida e tampouco ele queria que ela fosse.
—Ooh, você se acha um sujeito duro.
Ele não podia permiti-la pensar, pois ela podia cair fora com seu jeito ousado. Atraindo-a para seu espaço, cercou-a até que ela não tivesse uma rota de fuga.
—Se eu não a conhecesse bem, suspeitaria que você está me implorando por um confronto. Talvez você aprecie levar umas boas palmadas e só está muito envergonhada para admitir.
Estava muito escuro lá fora para ver que ela estava se ruborizando, mas não houve nenhuma confusão em seu suspiro. Aproveitando-se do silêncio atordoado dela, ele a agarrou pelos pulsos e curvou a cabeça para capturar seus lábios. Finalmente a teve onde sempre quis, em seus braços novamente.

Aquilo não estava acontecendo!

Enquanto aquelas palavras corriam pela cabeça de Tanya, seu corpo estava respondendo em todos os sentidos que ela não queria. Ela tinha estado no limite desde que chegou e sentiu o calor do olhar dele. Ele era mais alto e tinha os ombros mais largos que a maioria dos homens e ela tinha seguido a sua cabeça escura enquanto ele se movia pelo salão, sabendo em quase todo momento onde ele estava. Quando ele veio para seu lado, ela fingiu surpresa, mas sabia que ele estava vindo em sua direção o tempo inteiro.
Só estava lutando para ganhar a aposta. Mas o toque dele era a única coisa garantida para mandá-la ao abismo e estourá-la de desejo. As mãos dele seguravam seus pulsos, o calor de seu corpo a envolvendo, um sabor picante em quanto a devorava. Foi demais para ela lutar por muito mais tempo.
Tanya o queria, era algo que tinha negado a ambos pelos últimos três meses. Correndo assustada dele e de sua própria natureza. Agora ela estava pronta para apreciar tudo que se negou desde o Natal.
Liberando os pulsos dela, a mão dele se curvou para moldar-lhe o seio com uma aspereza que ela amava. Seus mamilos ficaram duros pelo toque. Ele pegou o bico intumescido entre o dedo polegar e o indicador e ela decidiu se divertir com as sensações, aceitando o prazer que ele estava lhe dando. Embora ela soubesse que só seria por aquela noite, ela estava pronta para apreciá-lo. A outra mão dele deslizou ao redor do corpo dela e foi até o seu bumbum para puxá-la para mais perto, então ela não sabia onde ele acabava e ela começava.
O pênis dele apertava a suavidade de seu estômago, tão duro que não lhe deixou nenhuma dúvida sobre sua necessidade por ela. Desejo florescido por ela. Sua calcinha estava úmida e seu corpo doía para ser preenchido. Como se lesse sua mente, Victor moveu a mão de seu seio até o quadril e começou a levantar a barra do seu vestido.
Interrompendo o beijo, ele mordiscou seu queixo deslizando para a curva de seu pescoço, lambendo e chupando sua pele tenra. Tanya agarrou os ombros dele, precisando de uma âncora. Ela não podia pensar. Ela só podia sentir.
Foi disso que ela fugiu nos últimos três meses. Ela tinha almejado o toque dele todo esse tempo. E ele a tinha assustado. Se ela o aceitasse em sua vida e permitisse que ele assumisse o comando, sabia que ficaria devastada quando o perdesse. Porque agora ele a queria, mas era passageiro. Ele partiria e ela seria deixada para recolher os pedaços.
Sabia que devia estar resistindo a ele agora mesmo, mas ao invés disso abriu as pernas para acomodar sua mão. Ele deslizou os dedos, alcançando sua calcinha e se aprofundando através do pelo suave. Ela afastou as pernas ainda mais em um convite mudo, buscando seu toque, então ele negou.
—Victor! — A necessidade na voz dela era mais que evidente.
—Sim?
—Não brinque comigo. — Ela moveu os quadris e gemeu quando ele deslizou a mão pela sua carne molhada e inchada. Mas não era suficiente. O toque era muito leve, deixando-a em seu limite, sem aliviar sua necessidade.
—Se você quiser alguma coisa, querida, tudo o que tem que fazer é pedir. — Ele a provocou com seus dedos perversos novamente, movendo-os para frente e para trás.
—Eu quero gozar! — Ela não teve nenhuma vergonha neste momento. Sua necessidade a estava consumindo. Mas Victor não iria tornar aquilo fácil para ela.
—Você não precisa de mim para isso.
Não era verdade. Oh, ela tinha tido orgasmos desde a Véspera de Natal. Ela tinha um vibrador e um grande suprimento de baterias. Mas todo tempo somente sentia um vazio momentâneo em seu corpo. Os fazia tênue em comparação com a sensação tumultuada de terra tremendo quando seu corpo se contorceu nos orgasmos que ele lhe dera.
—Victor, por favor! — Ela tentou agarrar o braço dele, olhando-o em seus castanhos e insondáveis olhos, suplicando. Por um breve momento, pensou que ele iria embora, com um pouco de raiva, vingando-se dela por tê-lo negado esse tempo todo. Entretanto ele estava ali.
—É isso o que você quer, querida? Meu dedo bem fundo em sua vagina? — Tanya prendeu a respiração estremecendo, quando ele uniu suas palavras com a ação. Ele esfregou o dedo polegar mais acima onde pulsava o feixe de nervos no ápice de suas coxas e seus quadris arquearam em uma reação inconsciente. —E não podemos nos esquecer de seu necessitado e pequeno clitóris.
As palavras e ações dele a tinham arrastado para o clímax a uma velocidade recorde. Ainda não era suficiente. Ela precisava de mais. E de alguma maneira ele sabia disso.
—O que foi querida? Você precisa de mais alguma coisa? Talvez isso. — Ele estendeu a mão e agarrou a parte de trás da cabeça dela. Ela gemeu com a sensação de milhares de grampos cravarem em seu couro cabeludo. —Oh sim, é isso que você está procurado, não é? Goze pra mim, Tanya. Goze em minha mão.
O duro comando combinado com o puxar de cabelo foi tudo que ela precisou. Seu corpo deu um espasmo com o orgasmo que a abateu, com a força de um furacão. Ela quis gritar, mas sabia que era impossível. Ao invés disso, mordeu o lábio inferior, segurando o grito muito desesperado que queria soltar. Ao mesmo tempo, ele continuou a possuí-la forte e rápido com a mão, os músculos de sua vagina o apertando ao longo de seu clímax.
Ela tentava abafar com um soluço toda aquela intensidade e ele não estava enganado. Ele removeu a mão de sua calcinha, deixando o vestido descer e então a puxou apertado para seu abraço.
—Está tudo bem, querida, deixe acontecer.
Levou alguns momentos, mas finalmente Tanya começou a se sentir como ela mesma novamente. Ao mesmo tempo, também sentiu seu retorno à sanidade. Isso tinha sido um erro. Certo, talvez não um erro no sentido de não querer que acontecesse. Mas certamente não tinha sido o melhor momento para ela ceder de repente aos desejos dele.
Deus querido! Estava na festa de noivado da sua melhor amiga. Havia mais de cem pessoas apenas do outro lado das portas francesas. Alguém podia ter saído a qualquer hora. Certamente esse não foi o seu melhor momento.
Tanya afastou-se dos braços dele e deu um passo para trás.
—Victor, nós precisamos conversar.
O rosto dele endureceu com suas palavras e ele fechou o espaço que ela pôs entre eles.
—De jeito nenhum. Isso é exatamente o mesmo tipo de merda que você tentou fazer antes. Eu não vou permitir mais que você brinque e jogue comigo.
—Permitir? Com licença, mas você não tem o direito.
—Eu tenho todo o direito. Eu sou o homem que acabou de dar-lhe o melhor orgasmo que você teve desde o Natal.

Maldito. Ele sempre a podia ler como se ela fosse um livro.

—Que ainda não dá a você direitos, até onde eu saiba.
—Talvez haja algo que precise mudar.
Ela sentiu um arrepio com aquelas palavras. Ela pensou que não era exatamente o que ele queria dizer, ou era?
—Tanya, você está aqui fora? — A voz de Molly ecoou através do pátio de pedra, fazendo gelar o coração de Tanya. Eles estavam longe o suficiente da porta e Molly não poderia vê-los claramente. Mesmo assim, se ela precisasse chegar mais perto, saberia exatamente o que acontecia. Tanya não queria que sua amiga soubesse o que tinha feito, mas ao mesmo tempo, não podia somente ignorá-la.
—Diga-lhe que você já está indo.
Em vez de se sentir ofendida por seus modos ditadores, Tanya fez o que ele sugeriu.
—Eu estou aqui. Estou indo.
—Tudo bem, mas eu preciso de sua ajuda.
—Eu irei num minuto.
—Se você diz. — Tanya soltou um suspiro de alívio e ouviu Molly retornar à festa.
—Você precisa de alguma ajuda também. — Victor observou.
—O que?
—Você vai precisar de uma ajudinha antes de poder voltar.
—Oh Deus, estou assim tão ruim? — Tanya tocou em seu cabelo e gritou quando sentiu a massa amontoada caindo e pendendo para um lado.
—Não está tão ruim. Nós podemos consertá-lo.
Ela virou-se e ficou olhando a paisagem quando ele começou a retirar os grampos, ondas de humilhação a inundavam. Que situação!
—Não está exatamente como era antes, mas vai ficar bom por enquanto.
Virando-se, ela perguntou.
—Que tal minha maquiagem?
—É difícil dizer daqui. Você está sem batom, no mais você parece bem.

Bem? Ótimo. Apenas o olhar superior que eu estava esperando.

—Eu preciso ir. Molly está esperando.
—Nós conversaremos hoje à noite. Espere por mim depois da festa. — Ela podia lhe dizer qualquer argumento que ele não toleraria. Acenando, ela começou a ir embora e então foi puxada por ele. —E melhor eu não ter que procurá-la, entendeu?
—Eu disse que estarei lá.
Victor balançou a cabeça em reconhecimento as palavras dela.
—É melhor você ir. Eu posso ver Molly esperando-a daqui.
Tanya voltou-se em direção às portas francesas para ver sua amiga marcando o passo. Algo realmente devia estar errado. Ela atravessou o pátio e a festa. Assim que Molly a viu, foi apressada encontrá-la.
—Oh, Graças a Deus. Antonio tem estado olhando em todos os lugares procurando por você. Eu não sei mais o que dizer a ele.
Antonio. Ela esqueceu-se totalmente dele. A única razão que finalmente tinha concordado em sair com ele era porque Victor insistiu para que fosse sozinha à festa. Queria uma proteção e pensou que ele seria o melhor.
—Eu não fiquei fora muito tempo.
—Tempo suficiente. — Molly agarrou seu braço e começaram a abrir passagem pela multidão de convidados. —Ele disse que vocês estavam dançando e um sujeito mal intencionado cortou a conversa. Então, quando não a viu novamente, ficou preocupado e veio me dizer que pensava que estivesse em apuros. Eu disse-lhe que você estava bem, entretanto quando eu comecei a procurá-la e não a achei, eu comecei a me preocupar.
—Oh, pelo amor de Deus. Antonio está exagerando. Não há nada para se preocupar.
Empurrando Tanya pela porta do banheiro das senhoras, Molly perguntou.
—Verdade? Talvez você devesse se olhar bem.
Tanya levantou os olhos para olhar fixamente no espelho e ofegou. Como Victor podia ter feito isso com ela? Sim, ele arrumou seu cabelo um pouco. Em vez do complicado penteado que tinha quando chegou, seu cabelo agora era um amontoado ao redor de sua cabeça.
Seu batom tinha acabado, mas seus lábios estavam inchados dos beijos. E se ela não estava enganada, havia uma contusão em seu pescoço pelas mordiscadas dele. Olhou-se como se tivesse levado um tombo da cama, o que não estava longe da verdade.
—Então eu estou achando que o sujeito mal encarado era Victor?
Molly a conhecia bem. Sua amiga era a única pessoa que sabia sobre sua noite com Victor e a única pessoa que sabia por que ela fugia dele, desde então. Embora Molly não concordasse com suas atitudes.
—Sim. Nós saímos para a sacada, e bem, as coisas ficaram um pouco fora de controle.
—Eu digo — Molly riu. — Que é uma boa coisa descer para a festa ou as pessoas poderiam começar a fazer perguntas. Especialmente sobre isso. — Ela apontou para a mordida no pescoço de Tanya.
Tanya revirou os olhos e afundou sobre o banco acolchoado.
—O que eu vou fazer com Antonio?
—Diga a ele obrigada por uma noite adorável e que você não quer sair novamente.
—Há um pequeno problema. Eu disse a Victor que o encontraria depois da festa assim nós podíamos finalmente conversar.
—Conversar? Realmente? — Molly se sentou próximo a ela. —Então nós estamos felizes com isso? Então me diga que tipo de amiga eu tenho que ser: a encorajadora ou a vingativa.
—Definitivamente a encorajadora. — Tanya envolveu os braços em volta dos ombros de Molly.
—Obrigada por estar ao meu lado.
—Claro você é minha melhor amiga, afinal. — Molly levantou e alisou o vestido. —Certo, eu me livrarei de Antonio para você.
—Como você vai fazer isso?
—Só deixe comigo. — Molly agitou as sobrancelhas.























Capítulo Dois


Victor colocou sua bebida no balcão com cuidado, enquanto assistia os convidados pulando no salão. Tinham se passado uns trinta minutos desde que tinha visto Tanya pela última vez e sua ereção ainda não havia se acalmado. Ela estava em seu sangue e agora, depois de saboreá-la novamente, planejava mantê-la exatamente onde a queria. Em sua cama.
―Eu quero vê-la! ― A declaração em voz alta desviou a atenção de Victor dos seus pensamentos em relação à Tanya para a agitação no salão. Molly estava arrastando o acompanhante de Tanya pelo braço. Bastava chamar o cara de “acompanhante” para deixá-lo com o sangue fervendo. Isto, e o fato que ele estava sendo rude com Molly.
―Eu disse a você que ela está bem.
―Eu quero ver por mim mesmo.
―Ela está no banheiro. Eu acabei de falar com ela.
Antonio desviou o braço do aperto de Molly.
―Algo está acontecendo aqui e eu vou descobrir o que é.
―Não se preocupe. Ela tem carona para casa.
―Eu não estou preocupado. Eu a trouxe para esta festa e eu a levarei para casa.
―Eu não queria dizer-lhe e você não vai gostar disso, Antonio, mas ela não quer vê-lo mais. Apenas vá para casa. ― Molly agarrou o braço dele e começou a arrastá-lo em direção à porta novamente.
―Esta noite foi horrível. Ela me deve. ― Antonio escapou de Molly mais uma vez e os dois tropeçaram. ―Aquela cadela me usou.
Então era isso.
Tomando um gole, Victor levantou-se e bateu o copo sobre a mesa. Começou a caminhar através do salão, sua intenção era arrancar a cabeça do homem de seu corpo.
Molly o viu e imediatamente apressou-se a segurá-lo.
―Não perca seu tempo com ele, Victor. Mandei Josh para que chamasse a segurança. Eles estarão aqui a qualquer minuto.
Logicamente sabia que ela estava certa, mas ele não parou.
―Desculpe Molly, mas ele saiu da linha.
―Eu sei. Ele está bêbado e agiu estupidamente. Não siga seu exemplo.
―Eu não estou bêbado.
―Bem, você está agindo estupidamente. ― Surpreso, Victor olhou por cima de seu ombro para Tanya, que até aquele momento, não tinha percebido que ela retornara ao salão. Ao ver Tanya voltou sua raiva em direção a ela.
―Isso certamente é o roto falando do esfarrapado. Quem foi o idiota que o trouxe aqui em primeiro lugar?
―Idiota? ― Tanya não levantou a voz, mas seu tom indicava que estava irritada.
―Tanya, querida, onde você estava? ― Antonio tropeçou em direção a eles no mesmo momento que Josh chegava com a segurança.
―Graças a Deus. ― Molly acenou. ―Você, por favor, pode colocá-lo para fora daqui?
―Espere, deixe-me conversar com ele. ― Tanya pediu para o guarda-costas.
Victor estava chocado. O homem a insultou e agora ela queria conversar com ele. Nunca poderia entender a lógica das mulheres. Agitando a cabeça em desgosto, observou enquanto ela falava com Antonio.
―Eu sinto muito tê-lo abandonado hoje à noite, Antonio. Não foi justo.
―Maldição, claro que não foi. Você sumiu e eu pensei que aquele sujeito... — Antonio olhou-o com raiva. ―... Tinha feito algo com você.
―Eu aprecio que você esteve cuidando de mim. Mas Molly está certa. Eu penso que nós não devíamos nos ver mais. Hoje à noite somente provou que eu não estou pronta para namorar ainda.
Ainda? Humm, interessante.
―Mas nós podemos ser grandes amigos. ― Os protestos de Antonio estavam começando lentamente a alterar os nervos de Victor.
Tanya se debruçou e beijou a bochecha de Antonio.
―Eu sinto muito.
―Você está perdendo. ― Antonio disse antes de virar e sair, arrastado pelos dois guarda-costas. Entretanto, Tanya virou para Molly parecendo desculpar-se.
―Eu sinto muito. Minha meta hoje à noite era evitar uma cena e olhe o que aconteceu.
―Não se preocupe com isso. Não é uma festa até que a segurança seja chamada. ― Molly deu a Tanya um grande abraço. ―Tem sido uma noite longa, entretanto, eu penso que é hora de eu ir para a cama.
Quando Molly foi juntar-se a Josh, Tanya girou em direção a Victor, sua apreensão escrita em seu rosto. Se ele fosse um tipo diferente de homem, a deixaria livre. Diria a ela para ir para casa e poderiam conversar mais tarde. Mas ele sabia do que ela precisava e não era alguém que ela pudesse manipular ou controlar.
―É hora de nós subirmos também.
Ela fez uma careta.
―Subirmos?
―Eu consegui um quarto para passar a noite. Eu pensei que não seria bom dirigir até em casa depois da festa.
―Você esta delirando se pensa que eu vou com você.
―Quebrando sua promessa, já? Eu nunca tinha percebido que você era uma covarde.
Como se uma barra de aço tivesse sido transpassada por sua espinha, Tanya endireitou-se em indignação aparente.
―Eu não sou nenhuma covarde. Eu queria conversar com você. Eu só não sabia que você queria ir lá para cima.
―A festa acabou. Além disso, será confortável e privado.
―É disso que eu tenho medo. ― ela murmurou, seguindo-o em silêncio.
Depois que ela deixou a sacada, ele pensou muito sobre o que iria dizer-lhe depois. A proposta que tinha era mínima, mas se ela concordasse, esperava ser o catalisador que ela precisava para aceitar o futuro que eles teriam juntos.
Uma vez dentro de seu quarto, Victor andou a passos largos em direção ao bar.
―Você quer uma bebida?
Ela agitou sua cabeça.
―Não, vamos acabar com isso.
Ele arqueou uma sobrancelha com a atitude dela, mas decidiu ignorar essa batalha por um momento.
―Certo.
Tanya passeou pelo quarto, passando os dedos pela saia.
―Então sobre o que você quer conversar?
―Nós dançamos ao redor disso por muito tempo. Nós estamos atraídos um pelo outro.
―Eu não estou negando. Como eu poderia se abri minhas pernas tão facilmente para você mais cedo? Isso não significa que nós temos direito um ao outro.
―Acontece que eu discordo. Eu penso que você reconhece em mim o que você precisa e você está fugindo assustado dessa necessidade.
Os olhos dela se arregalaram e sua boca se abriu, soltando um suspiro, antes dela apressadamente fechar o rosto sem expressão. Ele a observou mais perto à medida que ela falava, não de todo surpreso por sua reação. Sabia que seria difícil mostrar isso a ela. Ele podia vê-la empurrando de lado toda sua vulnerabilidade e saindo com armas de fogo em punho.
―Se você quer dizer que reconheço que você tem um pênis, você está certo. E eu admito isso livremente, no último Natal eu estava um pouco difícil e um pouco bêbada. Você arranhou um desejo. Nada mais.
Então era desse jeito que ela iria jogar.
―Eu estou pronto para jogar, Tanya. Você não estava bêbada e nem eu estava. Você é natural, nasceu para ser uma submissa e reagiu com as minhas tendências dominantes. Foi isso que aconteceu três meses atrás.
Tanya tentou rir, mas terminou mais como um sufocar.
―Uma submissa? Você é lunático afinal? Não tenho um osso submisso em meu corpo. Eu gosto de poder e controle, muito obrigada. Eu não sou... — ela acenou com a mão para indicar um show de debilidade. —nenhuma palerma estúpida.
Victor deixou-se caiu em uma cadeira, chutando os sapatos.
―Submissas não são palermas estúpidas mais que Dominantes são sedentos de poder, controlando idiotas. No trabalho você está no cargo como a gerente do escritório, é esperado que tome decisões e controle operações diariamente. É alguma surpresa que sexualmente você deixe que outra pessoa tome o controle permitindo que você seja apenas uma mulher e sinta?
―É que… ― a voz de Tanya gaguejava, parando por um momento e ela engoliu em seco antes de continuar. ―Isso é sobre aquele tapa no meu traseiro? Porque eu posso apreciar jogos sexuais sem ser submissa.
―É mais que um tapa e um pouco de cócegas dentro de um quarto. Na verdade, tenho uma vaga suspeita que você sabe muito mais do que está divulgando.
―Eu não sei do que você está falando. ― Tanya andava tentando se controlar, mas seus nervos estavam começando a alterar-se, lentamente.
―Não? ― Se não fosse tão importante para ele, Victor realmente poderia achar assistir a tentativa desesperada de Tanya de fugir de quem realmente ela era. Mas o tempo para diplomacia tinha acabado. ―Você respondeu tão bem na sacada quando tive seu cabelo enrolado em minha mão e estava dizendo a você o que fazer.
―Você está torcendo a situação.
―Venha aqui.
Ela parou e andou em direção a ele, antes de fazer uma pausa.
―Por quê?
Ele escondeu o riso ante a resposta imediata dela para ele e então encolheu os ombros.
―Seu andar de um lado para outro está me dando dor de cabeça. Venha se sentar enquanto terminamos nossa conversa.
Ela pareceu confusa por um momento e então balançou a cabeça, juntando-se a ele para sentar-se. Cada ação dela gritava para ele que queria se submeter e ela estava lutando contra seus instintos naturais. Observou quando ela deslizou os dedos nos desenhos do tecido da cadeira, inconscientemente esperando que ele continuasse.

Nenhuma hora será melhor do que agora.

―Eu tenho uma proposta pra você.
―Se a proposta incluir sexo hoje à noite, eu estou aqui para isso. O que aconteceu lá em baixo não foi exatamente o que planejei para hoje, mas eu estaria mentindo se dissesse que não me importaria se isso continuasse para essa sua conclusão.
Ele arqueou uma sobrancelha em surpresa.
―Por que a mudança súbita? Mais cedo você tentou me dizer que tudo estava perdido. Inferno, você trouxe um namorado para a festa!
―Olhe, eu cometi um engano trazendo-o para a festa. Você estava certo, ok? Isso não é o que você queria ouvir?
―Eu preferiria ouvir a verdade.
―A verdade é que eu estou atraída por você. E eu gostei de transar com você. O que aconteceu lá fora na sacada só… lembrou-me disso. Então sim, eu ficaria interessada em um sexo quente, mas sem cordas para nos atar.
―Não é exatamente o que eu estava propondo. ― Embora estivesse animado por saber que ela não estava negando sua necessidade por ele, mas, ela não era somente mais uma conquista sexual. Ele queria mais. E sabendo que ela estava esperando por sexo, tocou direto em seus planos de retardar a satisfação física dela.
Ela lambeu os lábios.
―Então o que é?
―Eu digo que você é uma submissa e você insiste que não é. Gostaria de provar minha teoria.
―Como você vai fazer isso?
―Eu quero que você seja minha submissa por toda a semana que vem.
―Uau, eu sabia que você era louco, mas eu não tinha idéia do quanto.
―Eu estou falando sério. Eu acredito que existe algo entre nós, mas a menos que você esteja verdadeiramente disposta a ser aberta ao conceito, ele irá falhar.
Tanya ficou sentada por um longo momento olhando fixamente para ele como se pudesse rachar e abrir seu crânio e ver o que se passava lá dentro. Victor suspeitou que ela já tivesse se envolvido com o estilo de vida submisso no passado, embora não tivesse nenhuma evidência certa de suas convicções. Apenas um forte sentimento. Se estivesse certo, então ela tinha sido queimada por alguém ou teve o Dom errado. Qualquer que fosse o caso, ele estava disposto a superar aquelas barreiras, se ela as tivesse.
Ele podia ver a confusão no rosto dela, antes dela finalmente perguntar.
―O que exatamente você está me pedindo?
A satisfação passou por ele. Ela estava pelo menos considerando a idéia.
―Agora mesmo tudo que estou pedindo é que você durma pensando nisso. Se você decidir ir adiante, existirão regras e você pode sair a qualquer hora.
―Eu acho que isto significa que não terá nenhum sexo hoje à noite, hum?
―Não. Eu realmente quero que você pense sobre essa decisão. ― Ele permaneceu como estava, estirando os braços acima de sua cabeça. ―Você fica com o quarto. Eu fico com o sofá. Então, de manhã, nós poderemos conversar mais.
―Eu não estou hospedada aqui. Eu só concordei em subir para que pudéssemos conversar.
―Você estava disposta o suficiente para dormir aqui quando pensou que poderíamos transar.
―Realmente, eu não tinha nenhuma intenção de dormir.
―Por que você tem que lutar por cada pequena coisa? Você está cansada. Eu estou cansado; Nós dois bebemos. Eu não poderia dormir sabendo que você vai sair dirigindo para casa. Eu prometo não me preocupar tanto se só desta vez, você ceder.
Ele não estava certo se isso era sua garantia, mas finalmente ela concordou. Sem mais palavras, ela foi para o quarto com o que parecia ser o peso do mundo em seus ombros. Ele desejou que pudesse fazer com que fosse mais fácil para ela, mas no final das contas ela teria que tomar a decisão final. Ele só podia esperar que fosse uma decisão que beneficiaria a ambos.
Tanya não imaginou que a noite terminaria daquela maneira. Ela se deitou na cama somente de calcinha e puxou as cobertas apertando ao redor do seu pescoço. O que era irônico, considerando o fato que ela praticamente se jogara em cima de Victor não muito tempo atrás. Um truque que ela com certeza achou que ele tinha percebido.
Ela tinha tentado provar para ele que podia ser despreocupada sobre sexo, quando na verdade era justamente o contrário. A maioria das pessoas que ela conhecia ficaria surpresa em saber que ela só tivera três amantes: O garoto com o qual perdeu sua virgindade, o homem com quem ela ficou noiva e Victor.
Victor era a pessoa que parecia ter o poder de enxergar diretamente em sua alma. Nem mesmo seu antigo noivo tinha sido tão perceptivo. Talvez fosse essa a razão que tinham terminado. Tanya tinha necessidades que não reconhecia. Não até Victor mostrá-las, pelo menos.

* * * * * * * * * * *

A festa de Natal do escritório estava a pleno vapor e Tanya não poderia estar mais contente. Ninguém pareceu muito animado quando ela apresentou o seu plano para uma primeira festa ou um Amigo Secreto no escritório, que aconteceria na véspera de natal. Entretanto, agora que o dia tinha chegado todo mundo tinha colaborado e estavam se divertindo.
Claro que ela teve um plano secreto, fazendo Molly e Josh ficarem juntos. Tanya planejou o Amigo Secreto para que os dois pudessem finalmente parar de se esconder do interesse que um tinha pelo outro. Olhando para eles conversando num canto, parecia que seu plano funcionara. Sua felicidade diminuiu um pouco quando viu Victor vindo em sua direção.
O que ele queria agora?
Quando Victor foi até a sua mesa, ele acenou a cabeça em sua direção. Ficando ao seu lado, ele pegou um copo e começou a enchê-lo.
―Parece que a festa está um sucesso!
―Sim. Mas, não graças a você.
―Eu? Eu concordei com esta dita festa. De fato, os sócios contribuíram com toda essa comida e bebida alcoólica.
―Somente depois que eu implorei. E eu sei do fato que você era o voto solitário entre eles, então não finja que me fez um grande favor. Você só aceitou porque os outros dois já tinham concordado.
Victor deu um sorriso frio.
―Acredite no que você quiser.
―Se você estivesse tão disposto a concordar em financiar as festas da companhia, talvez você gostaria que tivesse uma para a véspera de Ano Novo, também.
―Eu acho que é um pouco demais. Nós devíamos estar contentes, pois todo mundo parece estar se divertindo hoje e sem se preocupar, ainda, sobre quaisquer festas futuras.
Seu ar sereno só a irritava ainda mais. Antes que ela pudesse dizer outra palavra, notou Molly se afastando de Josh, correndo da sala. Tanya apostaria seu último dólar que Josh fez ou disse algo para chatear sua amiga. Sem pensar em Victor, Tanya dirigiu-se para Molly. Há dois passos da porta, entretanto, teve que parar. Ela se voltou, quando Victor chamou seu nome em um tom tranqüilo.
Tanya parou e olhou para ele.
―O que foi?
Ele apontou com a cabeça para o corredor, para Josh que já estava no encalço de Molly.
―Ele está lá. Deixe-o tomar conta dela.
―De jeito nenhum. Ele é a pessoa que causou o problema. ― Por mais que ela gostasse de Josh, devia saber que ele iria prejudicá-la. Ele era homem, afinal. Ela podia somente esperar que Molly a perdoasse. Quando começou a andar pelo corredor, podia ouvir Victor seguindo-a. Voltando-se, ela disse entre os dentes, ―Pare de me seguir.
―Ótimo. ― Ele a puxou pela porta do escritório mais próximo, que aconteceu de ser o dele. Enquanto fechava a porta atrás dele, encostou-se contra ela, cortando eficazmente sua fuga.
―Você é um valentão.
―E você é uma ameaça. Deixe-os descobrir seus assuntos sozinhos. Eles não precisam mais de sua ajuda.
Ela não tinha certeza como ele sabia de seu envolvimento e neste momento, não era o pensamento mais importante em sua mente. Ao invés disso, estava mais preocupada sobre sua atitude dominante.
―Como ousa me dar ordens?
Victor estreitou o olhar. Até este ponto, Tanya o teria caracterizado como calmo tranqüilo e dono de si. Ela estava repensando sobre isso quando ele começou a andar em sua direção.
―Oh, eu ouso sim.
Ele agarrou seus braços e a puxou para perto dele, beijando-a fortemente. O choque a fez responder antes mesmo de perceber o que acontecia. Freqüentemente ela reclamava sobre a atitude mão de ferro dele no trabalho, mas verdade seja dita, sentia-se atraída por ele desde o dia em que começou a trabalhar lá.
A lógica disse-lhe que ela devia lutar contra ele, mas sua boca e mãos sobre ela pareciam, de repente, ter-lhe roubado todos os sentidos. Não havia nenhuma gentileza no beijo. Ao invés disso, era cru e áspero e ela amou cada minuto.
Ele não a deixou pensar muito tempo sobre o que estava acontecendo, rapidamente se afastou um pouco e a girou, colocando-a de costas. Com uma mão nas costas dela, ele a inclinou sobre a mesa, o rosto dela apertado contra a madeira de cerejeira.
De repente ela percebeu que estava em uma posição vulnerável e tentou se levantar. “Tentou” foi apenas uma palavra. Com uma risada profunda e uma leve pressão atrás, ele a apertou, curvando-se sobre ela. Entre suas nádegas, ela podia sentir o pênis duro, mesmo através da roupa.
―Onde você pensa que está indo?
―Isso não é… eu acho que nós não devíamos…
―Está com dificuldade para terminar suas frases?
Firmando sua determinação, ela começou a lutar certa que ele a soltaria, então percebeu seu lapso de julgamento. Ele não o fez. Na verdade fez justamente o contrário.
―Ei..., O que...
Podia senti-lo se movendo atrás dela, mas não sabia o que ele fazia, até que ele puxou seus braços atrás das suas costas e ela compreendeu. Ele tinha o cinto de couro na mão e começou a envolvê-lo ao redor de seus pulsos, amarrando-os.
―Fique quieta!
Apesar de tudo, ela não estava assustada com Victor. O que não fazia sentido, já que ele a amarrara. Em vez de estar assustada, podia se sentir em crescente excitação Sua vagina estava encharcada e seus mamilos estavam rígidos.
―Victor! ― Esperava convencê-lo que isto era um engano, embora dificilmente pudesse se convencer. O som do nome dele soou quase amoroso. Não era exatamente a impressão que ela estava tentando passar.
―Isso está deixando você excitada, querida?
Ela sentiu que ele puxava sua saia, até que a deixou ao redor de sua cintura. Respondeu com um gemido quando sentiu a mão dele acariciando seu quadril nu e exposto devido à calcinha fio dental que usava. Aquilo não estava certo. Devia estar resistindo mais, insistindo para ele libertá-la. Ao invés disso, estava apertando seu bumbum contra ele, convidando-o a fazer mais.
Com o pé, ele empurrou suas pernas separando-as e moveu sua mão entre elas. Um dedo começou a deslizar de cima a abaixo pela calcinha fio dental junto aos lábios de sua vagina. Sem nenhum pensamento consciente, seus quadris começaram a balançar no movimento do toque dele. Estava desesperada por algo mais. Queria que ele apertasse mais, empurrasse de lado a barreira de seda e enfiasse dentro dela.
―Oh Deus, Victor, pare de me provocar e me possua agora.
Sentiu um tapa na nádega e ofegou surpresa.
―Nunca me diga o que fazer, entendeu? Nós estamos fazendo do meu jeito.

Ele me bateu.

Aquele pensamento afastou todos os outros que estava na sua cabeça no momento. Não tinha levado um tapa desde que era uma criança. Devia estar indignada, mas não ligou. Pensou que estava excitada antes, mas não era nada comparado como estava agora. Sua calcinha estava encharcada. Mais três bofetões rápidos em seu traseiro fizeram com que suas costas se arqueassem mais.
―Sabe, eu acho que você está apreciando demais seu castigo. ― Ele puxou sua calcinha de lado e mergulhou dois dedos em seu sexo dolorido. Ela teve o que queria e ainda não era o suficiente. Como se soubesse do que ela precisava, ele lentamente começou a possuí-la com a mão. ―Oh sim, você é uma pequena cadela excitada, não é mesmo?
Ele disse que seria do jeito dele, lenta e claramente ela estava começando a descobrir o que o jeito dele queria dizer. Se alguém dissesse que ela agüentaria ser chamada de cadela, cortaria suas bolas e serviria em uma bandeja. Mas, com mais duas palmadas e ele a teve gemendo e arqueando-se de encontro aos golpes.
―Responda! ― ele gritava pra ela, seus dedos ágeis nunca deixando de dar atenção aos seus músculos já inchados.
―Sim.
―Sim, o que?
Ela não tinha idéia do que ele estava esperando dela, mas era óbvio que ele queria mais do que apenas uma afirmativa.
―Eu… uh…
―Sim, você é uma cadela pequena e excitada. ― ele iniciou.
Ela não podia e não ia dizer aquilo. Era ruim o suficiente ouvi-lo dizer. Mas então ele curvou os dedos, achando aquele lugar especial bem no fundo e causando reação em seu corpo.
―Diga!
Seu rosto enrubesceu quando ela fez como ele mandou.
―Eu sou uma pequena cadela excitada. Eu quero isso, quero você.
Ela esperou que ele risse da sua humilhação, mas ao invés disso o sentiu puxar seu cabelo quando se debruçou sobre ela. Sua respiração era quente em sua orelha quando ele sussurrou.
―Acho que não foi tão ruim, foi? ― E a verdade é que não tinha sido especialmente com aquela ternura inesperada.
Ela não tinha ouvido o zíper de suas calças se abrir, mas de repente sentiu seu pênis coberto de látex entre suas coxas. Choramingando de necessidade, ela girou os quadris, silenciosamente implorando que ele a possuísse. Porém, ele não queria seu silêncio.
Enrolando seu cabelo na mão, ele puxou-a para si, forçando-a a olhá-lo por cima de seu ombro.
―Implore por isso. Implore-me para possuí-la.
―Por favor, oh Deus, por favor, Victor. Eu preciso de você. ― Então ele balançou a cabeça relaxando o puxão apertado em seu cabelo, mas não a deixou completamente.
Ela podia sentir os dedos dele deslizando pelos lábios de sua vagina e a ponta de seu pênis roçando de cima a baixo em sua abertura. Segurou a respiração quando ele empurrou bem fundo e ficou quieto por um momento, permitindo-a ficar acostumada com o seu tamanho antes de começar os movimentos novamente.
―Tão bom, tão bom ― ela podia apenas sussurrar as palavras de seus lábios ressecados. As intensas estocadas a deixavam ofegando.
―Não ouse gozar até que eu diga que você pode.
Ele estava brincando?
Mas obviamente ele não estava quando parou de repente todo movimento.
―Você me entende?
Atordoada e quase coerente, ela ofegou.
―Não gozarei até que você diga.
―Boa garota. ― O elogio dele a deixou nas alturas por alguma razão que ela não pôde decifrar. Ele soltou seu cabelo e encontrou seu clitóris, acariciando o broto sensível. Ele estava fazendo-a quebrar a promessa, estava mais do que difícil mantê-la, seus dedos talentosos a estavam levando para o clímax.
Na próxima estocada, ela arqueou de volta contra ele, balançando os quadris no ritmo que ele estava criando. Ele agarrou seu quadril enquanto a possuía, os dedos cravados em sua carne suave. Estranhamente ela apreciou a dor, possuindo-o de volta com abandono. Ele bateu nela com golpes longos, puxando até deixá-la quase totalmente livre antes de se aprofundar de novo e de novo.
―Por favor, por favor, deixe-me gozar. Eu preciso gozar.
―Agora, minha cadela, goze agora. ― Ele apertou uma última vez, movendo os quadris e roçando furiosamente seu clitóris, quando ela explodiu ao redor dele. Gemendo, ele logo a seguiu no seu próprio orgasmo.
Ele desmoronou em cima dela e eles ficaram lá por alguns breves momentos para que recuperassem sua compostura. Havia tantas coisas a dizer, mas ao invés disso ele soltou seus pulsos e ficaram em silêncio. Ela saiu do escritório e imediatamente deixou a festa. E eles nunca discutiram o fato, pelo menos não diretamente.

* * * * * * * * * * *

Desde então ela fez um pouco de pesquisa. Queria saber por que respondeu bem à surra e aos modos dominantes dele. Descobrindo o conceito de Domínio e Submissão, seus olhos se abriram para muitas idéias novas. Algumas das quais a deixaram boba e assustada. Não estava certa se queria ser alguém que estava disposto a confiar tanto em outra pessoa. Muitas pessoas em sua vida a traíram: primeiro seu pai, então seu ex-noivo. Dando a Victor tanto poder não parecia ser uma idéia tão boa.
Por outro lado, sua proposta a intrigou, chamando atenção para algo dentro dela, que ela não podia identificar completamente. Por mais que ela se negasse, no fundo ele evocou sentimentos dentro dela que a fez se perguntar por que estava fugindo dele.
Talvez esta semana fosse lhe permitir que explorasse todas as coisas que tinha dúvidas. E poderia ao mesmo tempo expulsar de si as necessidades por Victor. Somente precisaria se preparar para o fato que ele provavelmente iria embora ao fim de sua pequena experiência.
Ela jogou as cobertas e se sentou. Se alguma vez houve um tempo para pegar o touro pelos chifres, este momento era agora. Buscando os últimos vestígios de sua coragem, ela jogou as pernas para fora da cama e levantou. Quando foi em direção à porta fechada, sentiu como se os sons de seus passos se ampliassem. Respirou fundo, quando alcançou a porta e a atravessou.
Pela escuridão, podia ver Victor encolhido no sofá. Como era tão alto suas pernas quase não se encaixavam e ele deitava encolhido. Se ele tivesse aceitado o que lhe tinha oferecido, eles podiam ter apreciado a cama. E talvez, só talvez, ela não teria ficado rolando enquanto analisava todas as coisas que ele tinha dito. Ele tinha dado a ela muita coisa para pensar, muita das quais ela não queria enfrentar. O tempo de fugir, entretanto, tinha chegado ao fim.
Alcançando o sofá, ela se ajoelhou ao lado dele. Relaxado, Victor ainda era formidável de se olhar, pelo menos neste momento ele a deixava olhá-lo fixamente. Mesmo assim, parecia esculpido em granito, inabalável. Ela se perguntou se estava tomando a decisão certa. Não entanto, não iria voltar atrás agora. Essa podia ser sua única oportunidade para explorar este lado dela e mesmo tão assustada quanto estava, iria fazê-lo.
De alguma maneira não ficou surpresa quando ele lentamente abriu os olhos para olhá-la fixamente. Ele não disse nada, apenas encontrou o seu olhar.
―Eu pensei muito sobre sua proposta. ― As palavras soaram roucas e ásperas, até para seus próprios ouvidos. Ela limpou a garganta. ―Eu acho que você pode estar certo… sobre mim. Então eu estou pronta.
―Você pode pensar que está pronta, mas logo veremos. ― Suas palavras deviam tê-la enchido de medo, mas ao invés disso, foi um sentimento de antecipação.




































Capítulo Três

Na manhã seguinte, Victor despertou com propósito renovado. Quando ela foi para a cama na noite passada, ele não soube com certeza que decisão final Tanya iria ter. Sabia sem sombra de dúvida que ela era submissa, mas se preocupou que ela lutaria contra ele porque estava assustada por aceitar aquele papel.
De algum modo ele se culpava. Ela respondeu tão bem à sua dominação na noite da festa de Natal. Entretanto, quando ele a viu novamente depois dos feriados, ela o evitou a todo custo. Preocupado de ter agido muito forte e rápido, ele recuou de tentar cortejá-la.
Tinha sido uma jogada estúpida. Ele devia ter percebido mais cedo o quanto fora inútil. Ela era uma submissa que precisava de alguém para ser firme com ela. Ao invés disso, ele tinha deixado o assunto D/S[1] fora de questão.
Quando ele ouviu a porta do quarto se abrir no meio da noite, de alguma maneira soube antes mesmo que ela o alcançasse qual era a sua decisão. Esperou até que ela viesse ao sofá, na sua frente para abrir os olhos. Então, quando o fez, era quase muito bom para ser verdade. Sua ardente e pequena submissa estava ajoelhada diante dele, seu rosto cheio de dúvida e incerteza. Mas quando seu olhar encontrou o dela, ele pôde ver a solução em seus olhos.
Claro que ela não gostou muito quando ele a mandou de volta para a cama como uma colegial. Ele tinha certeza que ela esperava ser posta à prova. Ou ao menos que ele tiraria proveito da oferta sexual dela. Em vez disso, ele a queria nervosa e na expectativa se perguntando onde tudo isso poderia levá-la.
Uma firme batida na porta o sobressaltou afastando-o de suas recordações e ele foi em direção à porta. Ele pediu uma boa refeição ao serviço de quarto por que eles tinham dormido até tarde. O barulho deve ter despertado Tanya também, porque ela começou a andar pelo quarto enquanto ele acompanhava o garçom. Os olhos do outro homem praticamente saltaram quando ele a viu naquele momento.
Tanya realmente não tinha idéia do quão adorável era especialmente quando estava vestindo somente a camisa branca dele com as mangas arregaçadas. A barra da camisa roçava contra suas coxas enquanto ela caminhava em direção ao quarto, inconsciente da atenção que estava recebendo. Seu cabelo despenteado e seus olhos semicerrados eram a personificação de uma mulher que saia da cama. Aquela que ambos os homens no quarto teriam prazer em levá-la de volta, se fosse lhes dada a chance.
―Gata, você esperará por mim. ― Embora as palavras pudessem ser interpretadas como agradáveis, ele observou com cuidado enquanto Tanya se deteve e olhou fixamente como se tivesse indecisa. Sabia que ela estava ciente que era um comando, não um pedido. Isso foi seu primeiro teste e surpreendentemente ela passou com brilho, não se movendo do lugar. Voltando-se para o garçom, Victor entregou-lhe uma nota. ―Isso é tudo.
―Sim, senhor. ― O homem voltou-se para o quarto, observando Tanya pelo maior tempo possível, antes da porta finalmente se fechar atrás dele.
―Vamos, consegui algo para você comer.
―Você me chamou de “gata”?
―Sim, você tem algum problema com isso? ― Observou como os instintos guerreavam dentro dela.
―Faz-me parecer como um animal.
―Não, quer dizer que você é minha, estimada e especial.
Seu rosto estava vermelho, mas ela não disse mais nada. Ele afastou uma cadeira e esperou que ela se sentasse antes dele e então se acomodou. Esperou que ela começasse a encher um prato, mas ao invés disso, ela esperou por ele. Na noite passada ele teve um pressentimento que ela sabia mais sobre D/S do que estava disposta a admitir e suas ações esta manhã só aumentou a sua convicção. Ela tinha algum conhecimento do assunto.
Ele pegou um prato e começou a enchê-lo, ocasionalmente parando para perguntar se ela gostaria de algo em particular. Ela respondeu apropriadamente, mas ele podia dizer que estava confusa e insegura sobre o que exatamente estava acontecendo entre os dois. Depois de encher ambos os pratos, ele se sentou de volta em sua cadeira.
―Eu sei que você tem perguntas.
Ela pegou um morango, deu uma mordida e movimentou a cabeça.
―Acontece que eu tenho tantas perguntas, que não sei por onde começar.
Ele também queria perguntar a ela algumas coisas, mas sabia que as suas podiam esperar até que a confiança fosse construída entre eles. Algo que não aconteceria durante a noite. Mesmo assim, não tinha muito tempo para isso. Precisava trabalhar depressa para provar a ela que estava certo no sentido de ficarem juntos.
―Comece com a pergunta que você mais quer a resposta.
―Por que você me mandou para a cama ontem à noite? Depois que falei sobre a minha decisão, eu quero dizer.
Ele reprimiu um sorriso, sabendo que ela não aceitaria bem. Então tentou ser tão honesto quanto podia sem perturbar o equilíbrio delicado entre eles.
―Estava tarde e você pensaria que estava tentando provar sua decisão. Eu sabia que de manhã nós dois estaríamos mais descansados e poderíamos conversar.
―Tudo bem, eu acho que entendo. Então qual é o próximo passo?
―Eu acho que precisamos discutir as regras.
―Regras?
―Sim. Existem certas coisas que eu quero quando nós estivermos juntos. As regras que eu espero que você siga.
Ele observou com interesse como a expressão dela tornou-se teimosa.
―Quais regras?
―Quando nós comermos juntos, eu quero que você esteja completamente nua.
Ela piscou.
―Até quando outras pessoas estiverem ao redor?
―Não, só quando estivermos sozinhos. Mas não quero ter que lembrá-la. Se nós estivermos comendo, você deve estar nua.
Ela respirou fundo, lambeu os lábios e então empurrou a cadeira. Lentamente começou a desabotoar a camisa que estava vestindo, expondo sua pele para o olhar dele. Quando estava completamente desabotoada, ela encolheu os ombros, deixando a camisa cair sobre a cadeira e começou a se sentar. Ele estava impressionado por ela não tentar se cobrir, mas ainda tinha um assunto para ser discutido.
―Uh-uh. Eu quero seu traseiro nu na cadeira.
Com a nudez dela, ele podia ver o rubor cobrir todo o seu corpo quando ela moveu a camisa e então se sentou.
―O que mais?
A pergunta era rouca e ele se perguntou se ela estava excitada, motivada pela dominação. Ele descobriria logo.
―Eu informarei quando estivermos juntos. Algumas regras serão somente por um tempo determinado, mas outros deverão, eu espero, serem seguidas o tempo inteiro que estivermos juntos. Eu não espero ter que lhe dizer duas vezes. Se eu o fizer, exigirei um castigo. E também não espero ser questionado. ― Levantou a mão quando ela abriu a boca. ―Não, eu não estou dizendo que você não pode fazer perguntas. Estou dizendo é que não quero você me perguntando por que quero que você faça uma determinada coisa. A resposta sempre será a mesma. Porque é o que eu quero.
―E se não for o que eu quero?
―Isso nos leva a nosso próximo assunto. Você precisa me deixar saber quais são os seus limites. Coisas que, não importam o porquê, você nunca fará. Eu nunca violarei seus limites. Por outro lado, existem coisas que você poderia pensar que agora são limites, mas pode descobrir que não são. Então você precisa listar isso separadamente. Estas são as coisas que eu testarei em você.
Ele podia ver a angústia no rosto dela.
―Mas se eu não sei, como posso tomar a decisão?
―Você é o que eu gosto de pensar: uma submissa natural. Você quer obedecer, ainda que às vezes não esteja realmente certa do porquê. Fazer as coisas que eu exigir é o que fará você feliz. Então você precisa ser cuidadosa ao decidir o que é verdadeiramente um limite. Isto não quer dizer que não possa mudar de idéia. Mas vai ser algo que discutiremos.
―Isso não é como eu pensei que seria.
―Eu sei. Você pensou que eu iria jogá-la na mesa e transar com você como na noite da festa de Natal. Então eu puxaria seu cabelo e espancaria seu traseiro. E você poderia fingir que tudo isso era sobre sexo. Mas não é isso que vai ser.
Ela abriu e fechou a boca, engolindo em seco.
―Você pensa que sabe muito sobre mim. Mas e se você estiver enganado?
―Então você pode me provar que estou errado. Olha, isto é, o que sou, é tudo sobre Dominação e submissão. Eu quero descobrir o que agrada você e espero que você aprenda as coisas que gosto também. Mas, é mais que jogos de sexo. Nós podemos construir algo se você estiver disposta. ― ele não queria forçar demais, mas não podia evitar dar-lhe uma sugestão do que eventualmente estava esperando alcançar.
A indecisão estava estampada no rosto dela.
―Então não haverá nenhum sexo envolvido.
Ele riu e agitou a cabeça.
―Oh não, haverá sexo. Mas haverá muito mais.
―Como o que?
―Arraste sua cadeira para trás.
Ela revirou os olhos por um momento e ele se perguntou se ela começaria o interrogatório já, mesmo depois de sua advertência. Mas ela empurrou sua cadeira.
―Boa menina. Agora afaste suas coxas e enganche seus pés em torno das pernas da cadeira. ― Enquanto ela seguia suas direções, Victor podia ver a evidência de seu desejo que brilhava nos pêlos aparados de sua vagina. ―Eu quero que você me mostre como gosta de se tocar. Mas sem gozar.
Como ela estava tão excitada, ele pensou que com certeza ela apertaria a mão entre as pernas. No entanto, ela o surpreendeu deslizando-a pelo rosto, ao longo do pescoço e então deslizou pelos braços. Era como se ela estivesse aprendendo a se sentir. Isso era incrivelmente erótico.
Fechando os olhos, ela envolveu os seios com as mãos acariciando aréola escura. Seus mamilos eram como duros e pequenos pontos de diamante que ele queria muito saboreá-los. Mas se ele iria dificultar um pouco as coisas para ela, também podia fazer alguns sacrifícios.
―Diga do que você gosta. ― As pálpebras dela se abriram de repente quando ele falou e suas mãos se congelaram em seus seios. ―Não pare. Fale comigo ao mesmo tempo.
―Hum, eu sou muito tátil. Eu gosto do modo como sinto minha pele nas pontas dos dedos. ― Sua voz estava ofegante à medida que falava, traindo a extensão de sua estimulação. ―Eu especialmente gosto de tocar em meus mamilos.
―Como?
―Aperto e os puxo. Às vezes eu passo minhas unhas neles.
―Você gosta da dor?
Ela não hesitou em responder.
―Sim, eu gosto.
―Mostre-me!
Ela segurou seus duros e pequenos bicos, torcendo e puxando-os. Seus quadris se arquearam com as ásperas carícias. Ele estava certo que neste momento ela estava molhando a cadeira com seus sucos.
―Pare! ― Tanya ofegou com o comando severo e congelou no lugar. Ele notou que ela não se liberou os mamilos, embora não os manipulasse mais. ―Diga-me como você se sente.
―Frustrada.
―Mas isso é o que eu quero. E se lhe disser que a quero vestida agora mesmo?
―Eu… eu ficaria desapontada.
―Sim, mas você faria o que digo, certo?
Ela fez que sim com um aceno.
―Não, diga!
―Sim, eu faria!
―Boa garota. Solte os mamilos.
Ela fez o que ele disse, mas pareceu murchar diante dele, como se estivesse certa que ele falava brincando. Mas sua meta estava em não fazer o que ela esperava e sim justamente o contrário.
Ele entregou a ela um cacho de uvas e ela o pegou com uma careta formada nas sobrancelhas.
―Eu quero que você os pegue um por um e os coloque em sua vagina, contando-os para mim.
―Você está brincando?
―Eu disse que não queria ser questionado, agora faça! ― Ele não mencionou o fato que ela iria sofrer um castigo mais tarde por seu pequeno ato de rebelião.
Tanya fez o melhor que podia com os seus dedos trêmulos quando arrancou a primeira uva do cacho. Embora estivesse chocada pelo pedido de Victor, não podia negar as reações de seu corpo. Ela estava excitada e sabendo que ele assistia a todo o seu movimento a excitava ainda mais, mas a maior motivação estava em fazer o que ele queria. Ele provou seu ponto de vista de um modo que nenhuma palavra faria. Só agora ela estava começando a perceber o quanto queria agradá-lo.
Com a uva na mão, ela se colocou um pouco pra frente na cadeira e deslizou-a na abertura de sua vagina.
―Um. ― contou enquanto pressionava a fruta dentro dela. Era uma sensação estranha, mas era nada desprezível. Claro, ela só tinha começado.
―Boa garota, continue. ― Ele empurrou a cadeira e moveu-se para mais perto, até quase ficar lado a lado com ela.
Ela não podia impedir as conflitantes emoções que sentia com seu elogio. Quando as palavras ― boa garota ― se tornaram algo que ela almejasse tanto ouvir? Esse não era o seu modo de ser. Não precisava de outra pessoa para validá-la. Mas amou ouvi-lo se orgulhando dela. Tudo era muito confuso.
―Duas, três. ― Mais duas uvas se juntaram à primeira, mais que depressa foram seguidas por mais duas. ―Quatro, cinco.
―Não pare!
―Seis. ― ela estava começando a sentir toda aquela quantidade de fruta dentro dela. Ele disse para não parar, mas quanto tempo mais ele planejava pôr-la em teste?
―Preocupada?
Tanya ergueu o olhar para o dele e piscou. Tinha sido tão intensa em sua tarefa, que ela bloqueou tudo exceto sua voz.
―Por que você pergunta?
―Em primeiro lugar, eu não espero que minhas perguntas sejam respondidas com outra pergunta. Você me entende?
―Sim.
―Bom. Segundo, eu posso ler preocupação por todo o seu rosto. Você está preocupada sobre a situação. Mas você precisa lembrar-se de algo. Você é minha e eu a protegerei. Eu não deixarei que nada te aconteça.
Ela respirou fundo sabendo que esta discussão era seu próprio teste.
―Você está me pedindo para confiar você.
―Sim, estou. Isso é um exercício simples. Nós precisamos construir uma confiança juntos e você precisa saber que pode confiar em mim.
―Confiar em alguém é difícil pra mim. Eu não posso… não quero ser desapontada.
―Um dia desses você me explicará por que é tão difícil. ― Tanya endureceu, mas Victor acariciou seus cabelos e ela se pegou infalivelmente se derretendo em sua carícia. ―Não se preocupe, não forçarei você. Não ainda.
Tanya sabia que deveria por um fim a esta farsa agora mesmo. Admitir que não podia ser a submissa que ele pensou que fosse. Mas ficou quieta, hesitando. Isso era só por uma semana, não para o resto de suas vidas. Não poderia ser capaz de esperar que Victor fosse algo duradouro, mas podia apreciar o tempo que passavam juntos enquanto ele durasse. E por mais egoísta que poderia parecer, não estava disposta a desistir ainda.
Arrancando outra uva do cacho, a apertou dentro dela.
―Sete.
―Humm, eu aposto que você está começando a ter aquelas sensações, não é?
―Sim.
―Vamos ver o quanto. Comece a tocar em seu clitóris.
Tanya colocou a mão entre suas pernas e com o dedo começou a esfregar o broto sensível de um lado para outro. Ela estava extremamente ciente dele assistindo todo o seu movimento. Embora a voz dele estivesse ordenando e aparentemente fria, seu olhar brilhava, quase a abrasando com a intensidade. O olhar dela se moveu mais para baixo e ela pode ver a evidência de sua estimulação se apertando contra o tecido da calça. Mesmo assim ele não fez um movimento para se tocar.
Ela, por outro lado, estava circulando o pequeno broto de nervos. Ela estava caminhando por uma linha muito fina, porque sabia que esta atenção toda em seu clitóris logo a levaria ao clímax. E ele tinha sido muito explícito que ela não tinha permissão para gozar.
Tudo estava ficando opressivo. Como se seu masturbar não fosse o suficiente, a abundância em sua vagina mantinha seus músculos pulsando. Embora ela quisesse continuar observando-o, as sensações eram demais. Sua cabeça pendeu para trás e seus olhos se fecharam enquanto ela afastava seus pensamentos e tocava seu tenro clitóris. Um gemido rouco escapou e ela pode sentir suas coxas começarem a ficarem tensas. Estava tão perto!
―Victor, eu preciso gozar, por favor… ― Sua mão manteve o ritmo à medida que implorava certa que ele não lhe negaria. Porém, estava errada.
―Não! Eu disse nenhum orgasmo e quis dizer exatamente isso. Se não pode continuar sem gozar, você tem que pedir o que precisa.
A frustração amarga a encheu. O que ela queria era o clímax, mas ele estava negando-lhe aquela opção.
―Eu posso parar? ― Irritou-a ter que perguntar quando sabia que mais alguns fortes toques a poriam acima da extremidade.
―Sim, você pode.
Tanya afastou a mão de suas pernas e se deitou pela metade espreguiçada na cadeira, olhos fechados e quietos, respirando devagar, quase retornando ao normal. Sentia as uvas que tinham sido inseridas duas vezes maiores de que quando estavam entrando. Sua vagina inchada estava sensível ao toque. Não podia falar, mas ela se perguntava o que aconteceria a seguir.
―Bom. Eu quero que você venha aqui e me chupe. E é melhor você se certificar que não vai deixar nenhuma uva cair.
As palavras ― “você está brincando” ― mais uma vez pairavam em seus lábios, mas ela as afastou. Abriu os olhos e girou na direção dele. Ele se levantava e desabotoava suas calças, empurrando-as até que estivessem aos seus pés. Seu membro era longo e duro, destacando-se em seu corpo. A ponta estava brilhando com pré-sêmen e ela lambeu os lábios em antecipação. O prêmio de ter permissão para chupar o pênis dele a fez salivar. Realmente estava se tornando uma pequena cadela excitada.
Tanto que não estava mais disposta a ficar sentada, ela queria se curvar e tomá-lo. Apoiou uma mão na mesa e a outra ao lado da cadeira e tomou impulso para ficar de pé. O tempo inteiro ela estava preocupada com as uvas aconchegadas em sua vagina. Victor não disse nada, continuava em pé e olhava fixamente para ela.
Tanya cuidadosamente avançou, rezando para que pudesse completar a tarefa de manter as uvas seguras dentro dela. Mais que qualquer coisa agora, queria agradá-lo, para ele ficar orgulhoso dela.
Um pouco mais de tentativa e ela estava na frente dele. Apertou bem os músculos e lentamente se abaixou sobre os joelhos dele. Com a mão, alcançou e segurou o pênis, o dedo polegar passeando pela fenda e espalhando o líquido pré-seminal por toda a extremidade.
Ela se debruçou e lambeu a cabeça do pênis de Victor, saboreando-o pela primeira vez. Ele era puro aço coberto em suavidade acetinada e um gosto ligeiramente salgado. Sugando com satisfação, ela teve que reprimir um sorriso quando ele deu um gemido. Ela chupou a cabeça de seu pênis suavemente passeando a língua ao redor enquanto, ao mesmo tempo, alcançou e massageou seus testículos. O duro membro impulsionava para frente em resposta às atenções que ela lhe dava.
―Mmm, muito bom. Mas eu falei pra você me chupar.
Quando ela levantou o olhar para observar o rosto dele, afastou-se dos testículos e lentamente abriu a boca engolindo seu pênis. Pressionando a língua para baixo ela foi lentamente aceitando-o centímetro por centímetro em sua garganta. O gemido anterior se transformou em um grito de prazer.
―Ah! Assim! Isso mesmo. Justamente isso, é assim que eu gosto! ― A voz de Victor estava rouca e carregada de desejo. ―Minha doce e pequena cadela. Tome, me tome todo em sua garganta!
Ele segurou a cabeça dela apertando-a com as mãos enquanto empurrava os quadris para frente. A princípio, ela começou a entrar em pânico com os impulsos, entretanto se forçou a relaxar e a aceitá-lo todo. Amou sentir suas mãos fortes e firmes segurando-a. Todas aquelas banalidades sobre cuidar dela e fazê-la sua de repente eram aceitáveis quando ele a puxou para mais perto dele.
―Oh Deus, que boa e pequena sugadora de pênis é você.
Ela apertou as bochechas tentando prendê-lo muito mais fundo, querendo dar a ele todo o prazer possível. Ela o sugou tão completamente quanto podia, até que ficou lutando para respirar. Quando ela se preocupou que pudesse ficar constrangida se não o afastasse, ele aliviou o aperto na cabeça dela e deslizou o pênis para fora de seus lábios, antes de empurrar novamente.
Desta vez ele não foi tão fundo, mas começou a impulsionar mais forte e mais rápido. Ela podia ouvir sua respiração ofegante quando começou a penetrar sua boca, as mãos grandes e quentes embalando sua cabeça. Ele estava próximo do gozo e embora ela normalmente odiasse engolir, de repente almejou seu sêmen.
Ela o sentiu tenso. Suas mãos agarraram fortemente os cabelos dela e os puxou ao ponto dela sentir dor. Seu pênis continuou empurrando e ela começou engolir quando ele gozou em sua garganta. Ele puxou de volta até que apenas a cabeça estava em sua boca e ela chupou forte, lambendo o esperma. Finalmente ele afastou sua cabeça e se afastou. Ela choramingou ante a perda.
Ela tentou se levantar, mas sentiu como se fosse cair. Tomando-lhe as mãos, Victor a puxou e a fez ficar em pé.
―Boa garota. Agora você vai conseguir sua recompensa. ― Empurrando-a até que suas costas ficassem contra a mesa, ele a ergueu e a acomodou sentada, então suavemente a deitou. ―Abra suas pernas pra mim, querida.
Sem vacilar, ela afastou suas pernas e sentiu quando ele deslizou o dedo junto aos lábios de sua vagina. Ela tinha feito conforme ele ordenara e segurado as uvas dentro dela, mas agora ele finalmente as removeria. Ele penetrou um dedo dentro dela e ela pode senti-lo alcançando uma das uvas.
―Uma. ― Ela riu quando ele contou a primeira uva, mas ofegou em surpresa quando ele estalou a fruta em sua boca. Ela tinha se saboreado e ficou surpresa. O sabor não era bom ou ruim, só diferente. Claro, a primeira vez foi um choque, já que não esperava por isso.
―Duas. ― Ela pensou que ele a alimentaria com a segunda uva também, mas levou-a para os seus próprios lábios. Ele deu uma mordida e ela observou enquanto ele mastigava, parecendo saborear o gosto. ―Humm, muito bom, você não concorda?
Insegura do que dizer ela acabou por movimentar a cabeça em um aceno.
Cada uva achada era alternadamente comida por ela ou ele até existir somente uma uva sobrando. Em vez de dá-la, Victor segurou a fruta em seus dentes e debruçou-se até compartilhar com ela. Os lábios dele cobriram os dela e os dois consumiram a última uva. Quando ele se afastou, agarrou as mãos dela e a levantou. Ela estava certa que ele iria possuí-la, mas uma vez mais ficou desapontada.
―Hora de você se limpar. Vá tomar banho. Eu liguei pra loja do andar de baixo e eles vão enviar algo para você vestir.
Ela ficou congelada, sua frustração sexual era palpável. Queria implorar que ele mudasse de idéia. Mas sabia sem dúvida alguma que ele não faria. Então, balançou a cabeça e, mesmo com as pernas bambas e completamente instáveis, saiu do quarto andando a passos largos e tão dignos quanto possível indo diretamente para o banheiro. Uma vez lá, ligou o chuveiro e entrou na banheira. Então e só então rompeu no choro, suas emoções assumiram completamente o comando. Ela tinha concordado com isso, mas agora estava começando a ter dúvidas.

Onde eu fui me meter?



































Capítulo Quatro

A apreensão pela chegada de Tanya estava lentamente começando a desgastar os nervos de Victor. Ele chegou cedo ao escritório e desde então estava sentado lá esperando e repassando os eventos dos últimos dois dias por sua mente. Ele tinha levado Tanya para a sua casa na noite passada e deu-lhe várias tarefas para completar. Não falou com ela desde então. Se ela fosse trabalhar hoje ele saberia que ela tinha completado as tarefas e que tinha aceitado seu desafio.
Oh, ela veio até ele e disse que estava pronta, mas ele sabia que depois da primeira experiência ela poderia mudar de idéia e fugir tão rápido quanto podia. Não que ele fosse permitir que ela fugisse. Mas se ela viesse para ele por sua livre e espontânea vontade, seria bem melhor. Então ele se sentou e esperou. Felizmente, com a porta do seu escritório aberta, ele tinha uma linha direta de visão para o escritório de Tanya.
Isso permitiu que qualquer um caminhasse direto para o seu escritório. E foi o que Brandon fez alguns momentos depois.
―Oi amigo, o que aconteceu com você no sábado à noite? ― Seu sócio se encostou contra a porta, os braços cruzados no peito. ―Eu fui forçado a entreter ambas as senhoras. Você sabe que uma delas deveria ser para você.
Victor fez uma careta em desaprovação.
―Eu nunca pedi para você me consertar.
―Oh eu sei. Eu estava fazendo isso para minha própria preservação. Você tem sido um verdadeiro urso por meses. Eu pensei que você precisasse dormir com alguém.
―Faça-me um favor e coloque no lugar o seu chapéu de alcoviteiro. Eu posso muito bem achar minha própria mulher, muito obrigado.
―Verdade? Diga-me. Qual é o nome dela?
De jeito nenhum, nem no inferno Victor iria conversar com Brandon sobre Tanya. Não ainda pelo menos. Se as coisas acontecessem como ele esperava, eles poderiam, bem então seria um ponto discutível. Todo mundo saberia que Tanya era sua. Como se seus pensamentos a materializassem, Tanya chegou ao escritório dela. Ela não olhou na direção dele uma única vez, mas Victor estava cheio de satisfação.
Uma de suas tarefas tinha sido para se vestir com um blazer de saia vermelha e uma camisola preta. Fora uma roupa que ela já usara uma vez no passado em que ele ficou fascinado pelo visual sexy dela. Mesmo pelas eventuais dúvidas que poderia ter, ela se comprometeu com ele, pelo menos pela semana inteira.
Em vez de responder a Brandon, ele mudou de assunto.
―Você não tem nada para fazer? Talvez trabalhar, quem sabe?
―Não, eu acho que não. ― Brandon esboçou um pequeno sorriso meio afetado e Victor estava começando a suspeitar que algo não ia bem.
―Você acha que não?
―Não. Algo está acontecendo aqui.
―Nada está acontecendo, especialmente não trabalhar, ao que parece.
Brandon agitou a cabeça e andou pela sala, fechando a porta atrás dele.
―Então há quanto tempo isso entre você e Tanya está acontecendo?
―O que faz você pensar que algo está acontecendo?
Brandon suspirou.
―Eu sei que você às vezes acha que eu sou um idiota, mas eu tenho olhos. Quando Tanya chegou, seu rosto inteiro mudou. É ela, não é?
Victor passou uma mão pelo cabelo.
―É complicado.
―Sim, eu posso ver. Nem você, nem Josh já ouviram a frase “não mergulhar sua pena na tinta da empresa”, não é?
―Você sabe que eu não preciso de suas piadas agora.
―Olhe, eu desejo sorte a você, realmente. Mas se as coisas não derem certo nós vamos perder a gerente do escritório e talvez um possível processo. Você percebe isso, não é?
Victor não quis nem pensar como seria a situação se sua relação não desse certo. Na verdade, queria Brandon fora de seu escritório agora mesmo e Tanya em seu lugar. Bem, se ele fosse honesto consigo mesmo, queria estar em casa com Tanya, como sua presa e implorando sua clemência. Maldição! Precisava refrear seus pensamentos se queria conseguir terminar o dia.
―Brandon, eu não quero discutir com você.
O calmo loiro levantou-se e se entregou derrotado.
―Bem, eu vou cair fora daqui. Só lembre-se do que lhe disse. ― Ele abriu a porta e saiu, finalmente deixando Victor em paz.
Como se ela estivesse esperando, Tanya apareceu em sua porta apenas alguns momentos depois.
―Você tem um minuto?
Ele acenou e observou quando ela entrou e fechou a porta atrás de si. Ficou mudo por um momento, atingido pela visão magnífica dela. A saia vermelha exibia suas pernas bem torneadas e a jaqueta estava abotoada abaixo de seu busto, apertando sua cintura e mostrando sua figura de ampulheta. Mas a melhor coisa era saber que ela se vestiu unicamente para ele. E não usava nenhuma jóia com exceção dos brincos, conforme ele tinha ordenado.
―Blazer vermelho, conforme solicitado, ― ela disse enquanto caminhava em sua direção.
―Não foi um pedido; foi uma expectativa. ― Ela tropeçou ante as palavras enfáticas dele, mas logo se recuperou e não parou com sua exibição. ―Um você cumpriu muito bem.
―Eu… eu tenho a lista para você.
Ele tinha dito que ela fizesse sua lista de limites rígidos, assim como as coisas que estava disposta a tentar. Embora ele estivesse muito interessado para ver o que ela listou, havia alguns outros assuntos que ele precisava cuidar primeiro. Levantou-se e caminhou em torno da mesa encostando-se à dura madeira. Com um aceno, pediu que ela se aproximasse.
Ela segurou o papel à frente dela, como se fosse uma proteção, mas ele não estava interessado em qualquer coisa entre eles. Ele tomou a lista e a deixou na mesa atrás dele.
―Como você se vestiu apropriadamente, eu presumo que não tenha nada por baixo, somente sua pele. ― Ele não solicitou nenhuma calcinha também. Ela afirmou com um movimentou de cabeça, mas ele queria mais. ―Mostre-me!
―Victor, eu não posso.
―Acabou de ganhar um castigo. Agora faça como eu mandei.
Ela se abaixou e agarrou a bainha da saia, puxando até que ficasse ao redor de sua cintura. A camisola que vestia era coberta de renda e terminava no meio de suas coxas. Mas entre suas pernas não havia mais nada, nenhum tecido, conforme tinha ordenado.
―Satisfeito?

Longe disso.

―Diga o que você está sentindo agora.
Ele teve o pressentimento que ela queria baixar a saia antes de responder, mas não iria permitir isso. Ele a queria fora do eixo, não pensando.
―Eu não sei o que estou sentindo.
―Mentirosa.
Ela ofegou com a acusação dele.
―Não sou. Eu realmente… não sei.
―Não pense. Feche os olhos. ― Ela piscou por um momento e então o fez. ―Você está de pé em meu escritório, sua saia puxada até a cintura, sua vagina sob o meu olhar. E você está fazendo isso porque é o que eu quero. Agora, o que você está sentindo?
―Eu estou preocupada de estar me perdendo, consentindo o que você quer. Mas eu também tenho muito prazer sabendo que o agradei.
―Você está excitada?
―Oh Deus, sim.
―Ótimo! Agora vamos ao seu castigo.
―O que... ― Ela lentamente abriu os olhos e olhou fixamente para ele confusa.
―Eu quero que você coloque suas mãos na mesa e se curve.
Ela engoliu em seco e então se colocou na posição sem uma palavra.
Sem qualquer palavra de advertência ele espalmou o seu traseiro nu. Ela ofegou e suas mãos agarraram a extremidade da mesa. Recebeu mais duas palmadas numa sucessão rápida. Mas surpreendentemente, ela não se moveu. Seu orgulho fizera com que o pênis dele inchasse.
Ela estava colocada perfeitamente na posição para que ele a penetrasse. Ele já a tivera em cima da mesa, uma vez. Seria fácil abrir o zíper de suas calças e penetrá-la ali mesmo. Mas ele não iria fazer isso, por mais que doesse a ambos. Queria construir um sentimento de antecipação e não estava disposto a sacrificar o que sentiriam quando pudesse afundar seu pênis bem profundamente dentro dela uma vez mais.
No entanto, ele a levantou e puxou sua saia, vestindo-a.
―Eu quero que você pense sobre esse momento o dia todo, pense em mim.
―Eu duvido que eu possa pensar sobre qualquer outra coisa.
―Ótimo. Eu olharei sua lista e nós podemos conversar sobre isso hoje à noite.
―Hoje à noite?
―Sim, nós jantaremos juntos.
Ele tinha planos para depois do jantar também.
Ela afirmou com um aceno e caminhou para a porta antes de parar por um momento.
―Eu posso fazer uma pergunta?
―Claro. Eu não quero que você tenha medo de mim. Pergunte. ― Não sabia o que ela queria perguntar, mas estava mais que surpreso por sua questão.
―O que está impedindo você?
―Como?
―Eu fico me perguntando por que você ainda não transou comigo. Eu quero dizer, praticamente me ofereci a você em uma bandeja dourada, mais de uma vez na outra noite e você me recusou todas às vezes. E então hoje, você podia ter… bem, sabe, mas nada.
Ele riu.
―Eu poderia lhe dar a resposta apropriada, é claro, que isso é a forma que eu quero. E é verdade. Entretanto, existe mais. Na noite passada eu estava lhe ensinando a promessa da antecipação. E você não teve permissão para gozar como um castigo por me questionar.
Por um momento, Tanya pareceu considerar o que ele disse.
―Não parece que você está conseguindo muito desta relação, a não ser um boquete.
―Ei, não desconsidere os benefícios de uma boa chupada. ― Victor agitou a cabeça. ―Além do mais, sexualidade é só uma característica de Domínio e Submissão. E estou tentando mostrar a você os outros aspectos também.
―E frustração constante e contínua é o que eu preciso aprender?
Um principio de riso escapou dele.
―Não se preocupe. O sexo fará parte disso eventualmente. Mas a meu tempo.
Ela arqueou a sobrancelha.
―Entendo.
―Bom, agora volte a trabalhar e eu verei você mais tarde.
Ela destrancou a porta e deixou o escritório. Ele a observou ir para o seu próprio escritório, os quadris balançando de um lado para outro como se andasse a passos largos. Perguntou-se se ela podia sentir a umidade em suas coxas e sorriu com a ideia.
Lentamente, mas com mais segurança ele foi se incorporando ao pensamento e à rotina dela. Em breve, se tornaria uma segunda natureza para ela. Agora mesmo ela estava fora de equilíbrio, incapaz de conciliar o desejo de servir com a confusão sobre se estava fazendo a coisa certa. Quando finalmente ela se rendesse e aceitasse sua submissão, ele saberia que finalmente teria sucesso.
Então ele precisava convencê-la que ela era uma perfeita submissa para ele e somente para ele. Nos três meses que se passaram desde a noite da festa de Natal, ele não pensou em mais nada a não ser consegui-la em sua vida permanentemente. Tinha só esta semana para fazer isso tudo acontecer.
* * * * * * * * * * * *

O desejo de Victor para que pensasse nele o resto do dia foi algo que ela não teve dificuldade nenhuma de fazer. Nunca tinha ficado sem calcinha e a sensação era estranha para dizer o mínimo. Para completar, podia sentir a sensação da palma mão dele em seu traseiro, embora tivesse sido horas atrás. O topo dos pensamentos dela ao longo do dia foi a discussão que tiveram, as idéias sobre Domínio e Submissão eram exatamente as coisas que mais a assustavam. Queria manter tudo em um nível sexual, mas sentia como se ele estivesse tentando cavar em sua alma.
E ela estava com muito medo que fosse estar disposta a aceitar. Pela possibilidade do que poderia ser. No pouco tempo em que concordou para Victor em ser sua submissa, ele já abrira seus olhos para a natureza dela. Almejava sua aprovação e queria servi-lo.
Esse desejo era algo que não podia explicar. No trabalho, sempre se irritava se alguém tentava lhe dizer o que fazer. Era uma das razões que mantinha o seu trabalho na posição de gerente do escritório, então podia ser a única responsável. Agora aqui estava ávida para curvar-se às vontades de Victor. Este paradoxo foi algo que tentou compreender o dia inteiro sem proveito.
Então ao invés de ir para casa como fazia todos os dias, estava sentada em seu escritório esperando por ele. Ele havia dito que jantariam e discutiriam sua lista. Mas não podia evitar se perguntar onde a discussão poderia chegar. Seus pensamentos foram interrompidos por Molly colocando a cabeça na porta.
―Ei, garota, o que você ainda está fazendo aqui?
―Só acabando algumas coisas.
Molly olhou a mesa limpa e o computador desligado e fez uma careta.
―Que coisas?
―Eu estou… ― Tanya suspirou, achando difícil de dizer as palavras. ―Eu estou esperando por Victor porque nós vamos jantar hoje à noite.
Molly suspirou com encanto.
―Oh meu Deus. Diga-me tudo.
Tanya olhou o relógio.
―Eu não sei se tenho tempo suficiente para contar tudo a você agora. Além do mais, eu não tenho certeza que sei tudo, não ainda pelo menos. Eu ainda estou pensando sobre tudo.
Molly balançou a cabeça.
―Tudo bem então. Mas eu estou de olho. Você é minha melhor amiga, então eu estou aqui por você, entendeu?
Tanya se levantou e puxou-a para um grande abraço.
―Eu entendo e obrigada.
Molly apertou o abraço antes de finalmente soltá-la e se voltar.
―Certo, eu vou sair daqui. Boa sorte com isso tudo.
―Obrigada. ― Tanya sentiu um pouco de remorso quando Molly saiu. Desejou que pudesse explicar para sua amiga um pouco de suas preocupações, mas ultimamente estava mais preocupada como seria julgada. Estava só agora começando a admitir para si mesma que poderia ter propensões submissas. Isso não queria dizer que estivesse pronta para gritar o fato aos quatro ventos ou mesmo sussurrar para sua melhor amiga.
Por outro lado, realmente sentia a necessidade de ter alguém para conversar sobre tudo isso. Então apesar de seus medos, ela estava começava a pensar na oferta de Molly.
―Você parece uma mulher em uma missão. Ou pelo menos alguém que finalmente encontrou respostas em sua mente.
Tanya saltou ao som da voz de Victor. Por que ele estava sempre tirando-a de seu controle e equilíbrio?
―Você faz parecer como se eu estivesse conspirando contra alguma coisa.
Ele bufou.
―Nada tão sinistro. E você não negou.
―Só estava tentando compreender o quanto eu posso contar para Molly. ― Era a verdade, mais uma vez não estava bastante pronta para compartilhar tudo com ele.
Ele acenou a cabeça concordando, como se soubesse que era algo sobre ele, mas que estava disposto a aceitar, pelo menos no momento. Ela teve a sensação que ele não iria permitir que ela o afastasse por muito tempo. Além de ser um incentivo, sabia que seria impossível para ela negar o que ele estava procurando.
―Pronta para jantar?
Tanya acenou.
―Onde estamos indo?
―Em algum lugar especial.
Quanto segredo! Se ele queria manter segredos, então bom para ele. Mesmo assim, ela teve uma sensação de que onde quer que eles fossem, ia mesmo ser importante.
Ela caminhou até sua mesa e abriu a gaveta para pegar a bolsa e então pegou o casaco da prateleira atrás da porta e disse:
―Vamos!
Trinta minutos mais tarde, eles estavam em uma área residencial e os pensamentos de Tanya foram confirmados. Ele a estava levando para a casa dele. Embora não tivesse estado lá antes, ela sabia que estavam no bairro. Suas mãos começaram a suar ante o pensamento do que isso poderia querer dizer.
―O que você está pensando? ― A pergunta dele veio inesperadamente e, como sempre, seu coração bateu mais rápido.
―Por que você está me perguntando isso? ― Ela se mexeu no banco, de repente nervosa. Sempre que ele lhe perguntava algo, preocupava-se sobre o que ele procurava obter com a informação porque Victor nunca fez qualquer coisa sem esperar algo em troca.
―Você está tão quieta e mantém seus pensamentos para você mesma. Eu quero saber o que esta rolando em sua cabeça. ― Ele encontrou seu olhar por um instante, antes de retornar sua atenção para a estrada. ―Agora responda a minha pergunta.
Tanya limpou a garganta e respondeu com sinceridade.
―Eu estou me perguntando o que jantar em sua casa significa.
―Significa boa comida em um local confortável.
Como se sua voz tivesse assumido o comando do seu cérebro ela continuou.
―E nada mais?
―Bem, nós podemos ficar a sós e discutir algumas coisas sem interrupção. ― Ele apertou um controle remoto na viseira e girou o volante, entrando em uma calçada e indo para a garagem aberta. O rápido vislumbre que ela teve revelou que era uma casa de dois andares. Não muito grande ou muito pequena, lembrou-a de uma típica e suburbana casa de família.
Victor a ajudou sair do carro. Foram para a casa e entraram em uma cozinha grande e moderna que dava entrada para uma grande sala. Depois de pegar o casaco dela e o pendurar no armário junto com o seu, Victor começou a tirar coisas da geladeira.
―O que eu posso fazer para ajudar? ― Ela não podia se sentar enquanto ele fazia todo o trabalho. Isso era contra o estilo dela. Desabotoando sua jaqueta esporte, ela a tirou e pendurou atrás de uma das cadeiras.
Sorrindo, ele deu a ela uma panela grande.
―Vá em frente e ponha isso no forno por uma hora.
Ela removeu a tampa descobrindo uma lasanha.
―Isso parece tão bom. ― Depois de colocar o forno para pré-aquecer, levantou a cabeça para estudá-lo por um momento. ―Sabe, eu não sabia que você era um cozinheiro.
―Existem provavelmente muitas coisas sobre mim que você não conhece.
―Se alguém dissesse a mim que você era um Dominante, eu acho que poderia acreditar que era verdade.
―Eu podia dizer a mesma coisa sobre você ser uma submissa. Algumas características são óbvias.
―Você acha que eu sou óbvia? ― A idéia que todo mundo pudesse muito facilmente ler algo secreto seu, fez seu estômago começar a revirar. Isso não era bom.
Victor agitou a cabeça.
―Não no modo que você está pensando. Eu, como um Dominante, percebi em certas coisas, mas só por causa da nossa atração para com o outro e a situação em que estávamos. Em seu dia-a-dia, não existe nada que diga que você é uma submissa. Você está muito no controle de sua vida.
Ela sentiu um forte alívio com suas palavras.
―Eu sei que eu não devia me importar com o que os outros pensam, mas… não existe nenhum modo que isso possa ser revelado e ainda poder manter controle do pessoal do escritório.
―Eu entendo que você acredite nisso, é verdade, mas de qualquer modo, todo mundo tem segredos. Eu acho que ficaria surpresa por descobrir o que os outros escondem.
―Eu prefiro que todo mundo mantenha sua vida pessoal para si mesmo. ― O forno piscou e ela levou a bandeja para assar.
Quando ela levantou, Victor deu-lhe uma taça de vinho.
―Enquanto isso está assando, por que nós não nos sentamos e conversamos?
Contente com si mesma porque suas mãos não tremeram quando pegou a taça dele, moveu-se em direção a sala enorme. Sentou-se em um dos largos sofás e Victor juntou-se a ela, sentando com seu braço esticado ao longo das almofadas e parecendo o rei do castelo. O que, ela supôs, ele era, no seu cenário.
―Então a lista… ― Ela não pretendia fingir que não sabia sobre o que queria conversar.
―Eu a li e tenho algumas perguntas.
Ela tomou um gole do vinho, adotando uma atitude desinteressada. Na verdade, estava se sobre a tal lista, não somente para si, mas sobre o que ele poderia dizer sobre ela.
―Oh verdade, só algumas?
―Sim, verdade. Eu não fiquei surpreendido pela maior parte das experiências que você quer tentar. Quanto a sua lista de limite rígido, eu chegarei em um minuto. Eu quero discutir sobre aqueles pontos listados como indeciso.
―Eu pensei que você poderia. ― Ela respirou fundo, antes de continuar. ―A verdade é que não estou realmente certa se poderei suportar a dor. Eu gostei de ser espancada, é verdade, mas dor real, eu… eu não sei se é para mim. Mas eu não quis pôr isso na minha lista de limites rígidos.
―Bom, eu fico feliz que você tenha pensando sobre isso. Muitas preocupações de submissas é somente agradar seus dominantes. Para o ponto que não são honestas com elas mesmas sobre o que gostam e o que não gostam. Eu não quero que você seja uma tola.
Ela sentiu como se um peso fosse tirado de seus ombros.
―Então nós podemos ir devagar e tentar algumas coisas sabendo que podem eventualmente ir para a minha lista de limites rígidos se eu não puder lidar com elas?
―Particularmente, eu acho que você é mais forte do que imagina. Além do mais, eu vou apreciar ultrapassar seus limites. ― Sua segurança a fez tremer de deleite.
―Obrigada pela compreensão.
―Não me agradeça ainda. Nós precisamos estar na mesma página, na medida em que as regras cheguem a estes itens. Nós os tentaremos e não só uma vez.
―O quê? Mas você acabou de dizer...
―Eu disse que ultrapassaria seus limites. Um movimento de estalar não é o suficiente para você tomar uma decisão completamente, ela pode atingir sua vida para sempre. Confie em mim nisso. Você precisa tentar e então nós conversaremos. E então eu posso querer tentar novamente. Especialmente se for algo que eu aprecie.
Confiança. A palavra estava presa como nenhuma outra. Ultimamente era o que estava acontecendo. Podia confiar nele, mesmo por esta semana? Não era como se estivesse dando seu coração; afinal, era só seu corpo. E se realmente ela iria apreciar esta experiência, precisava se abrir completamente para todas as possibilidades.
―Eu não mentirei para você. Eu estou preocupada caso eu não possa ser a submissa que você pensa que eu sou.
―Eu acho que você está errada, mas vamos ouvir suas razões.
―Para permitir a você fazer todas estas coisas, eu tenho que acreditar nos seus melhores interesses em relação a mim. E em geral, não acho ser o caso da maioria dos homens. Eles estão sempre procurando conseguir o que querem e depois caem fora. ― Suas palavras saíram apressadas.
―Entendo. ― Ele arqueou uma sobrancelha. ―Eu já fiz alguma coisa que tenha feito você desconfiar de mim?
Ela pensou um momento sobre a pergunta. Ele a aborreceu, a excitou e até questionou e a julgou há alguns dias. Mas nunca mentiu pra ela. Na verdade, era um dos homens mais honestos que ela conhecia.
―Não, ainda não. ― Tanya não pôde evitar adicionar que já havia confiado em alguém e que saíra queimada.
―Não, ainda? Bem, então até que eu o faça, que tal seguirmos o inocente ditado até que se prove o contrário?
―Isso me preocupa, mas você está certo, nós faremos ao seu modo.
―Ótimo. ― Ele tinha um pequeno sorriso em seu rosto, como se soubesse desde o início que ela ia consentir a seu favor.
―Agora sobre os seus limites rígidos…
Quando ele a deixou em sua casa, após a festa de noivado, disse que queria as informações. Ele deu a ela vários recursos on-line e disse-lhe que fizesse três listas: coisas que queria tentar, perguntas que queria fazer e seus limites absolutamente rígidos. De sua pesquisa antiga, ela estava ciente dos limites considerados rígidos. Mas não sabia o quão detalhado tudo precisava ser até começar a estudar linha após linha dos artigos.
―Eu pensei que eram bem simples. ― Esta era uma área onde ela não estava disposta a negociar. Gastou bastante tempo para decidir o que listar, “as coisas que ela nunca consideraria fazer nem em milhões anos”, e em sua opinião, não incluiu muitas coisas. Era o motivo de está tão confusa sobre as dúvidas que ele teria.
―Eu notei que você foi muito enfática sobre não permitir outras pessoas serem incluídas em nosso jogo. ― Ela podia sentir o sangue sumindo de seu rosto à medida que ele continuava. ―Além de você insistir que eu não me envolva com qualquer outra durante nossa semana juntos.
―É uma quebra de acordo pra mim, por isso coloquei na lista de limites rígidos. ― Ela cuidadosamente colocou o copo na mesa e se levantou. ―Se isso é um problema, então nós devíamos parar com tudo por aqui mesmo.
―Eu digo quando nós paramos as coisas, não você. Eu estava só comentando algo que notei. Não há necessidade de você ficar chateada.
―Eu não estou chateada. ― Ela se perguntou se seu nariz estava crescendo. Ele inconscientemente tocou em um ponto fraco e isso poderia até crescer antes de tudo começar. ―Isto vai ser um problema?
―Não para mim. ― Ele pegou sua mão e a arrastou, puxando-a para o seu colo.
Tanya deu um suspiro de alívio e derreteu-se em seus braços. Embora feliz que ele aparentemente aceitasse o assunto muito facilmente, no fundo continuava preocupada porque sabia que isso não tinha acabado ainda.



Capítulo Cinco

Victor ainda não tinha certeza porque havia permitido que Tanya esquecesse um pouco da regra, mas para o momento, tinha a sensação de que precisa permitir-lhe esta vitória. Ela estava escondendo algo e se ela não pensasse que sua reação para as perguntas dele sobre seus limites rígidos era uma dádiva óbvia, ficaria seriamente confundida. Já aprendera muito quando ela revelou seus pensamentos sobre homens em geral. Ele supôs que devia ficar feliz dela ter sido capaz de dar-lhe um tempo, por enquanto. Ainda não existia nenhuma razão para pressioná-la.
Ao invés disso, depois de um beijo rápido no sofá, ele a ergueu de seu colo e juntos retornaram para a cozinha para preparar a salada e o pão de alho para acompanhar a lasanha. Trabalharam confortavelmente juntos, sem menção de sua antiga discussão, enquanto arrumavam a mesa e colocavam a comida.
Quando tudo estava pronto, Victor sentou-se em sua cadeira. Sorrindo, Tanya foi até a mesa, aparentemente pronta para se sentar, quando de repente parou no meio do caminho. Ele observou com orgulho, quando ela alcançou o zíper da saia, permitindo-a cair no chão. Então, pegando a bainha de sua camisola, tirou-a por cima da cabeça antes de abrir o sutiã. Ela ficou diante dele, vestindo somente sua meia-calça de liga e sapatos de saltos altos.
―Boa garota, eu não tive que lembrá-la.
―Obrigada. ― Sua voz era rouca quando o olhou fixa e brevemente antes de afastar o olhar. Inclinando-se, desvencilhou-se da saia e então se curvou para remover os sapatos, mas ele pegou sua mão e a parou.
―Não, fique com a meia-calça e os saltos. Eu gosto de olhar pra você. ― Tanya endireitou o corpo e balançou a cabeça, sentando-se depois de deixar sua roupa na cadeira. Então ele empurrou a cadeira e se debruçou para sussurrar na orelha dela. ―Sua submissão é tão sensual e sexy!
Ele riu quando o rubor tomou conta do corpo dela, transformando o tom mel de sua pele em um rosado leve.
―Eu juro, você diz estas coisas só para ver minha reação.
―Eu acho surpreendente que você possa ainda se ruborizar enquanto senta aqui nua.
Ela revirou seus olhos.
―Não é como se eu tivesse muita escolha.
―Aí é onde você está enganada. Você sempre tem uma escolha. Você quer me agradar ou você quer um castigo? Agora você quis me agradar. E eu estou muito feliz com sua escolha.
Como se ela não pudesse evitar, sua boca se curvou num pequeno sorriso.
―Eu também.
―Ótimo, então vamos comer.
Sem mais perguntas, ela instintivamente começou a servir a comida, preparando o prato dele antes mesmo do seu. Ele se perguntou como ela conseguiu esconder aquela personalidade submissa antes ou talvez ela estivesse somente agora se permitindo aqueles momentos de liberdade.
Tanya pegou uma garfada da lasanha e assobiou em aprovação.
―Isto é muito bom. Você é um artista.
―Obrigado. Eu realmente gosto de cozinhar, especialmente quando é bem recebido.
―Isso mesmo. ― Ela tomou outra garfada e fechou seus olhos. A intensidade da satisfação dela era uma visão fabulosa. Ele queria ser o único a trazer aquela mesma satisfação ao seu rosto. Ele se imaginou punindo-a, provocando-a para a beira do orgasmo até que ela implore pela liberação antes dele finalmente permitir sua satisfação. Ela abriu os olhos e fez uma careta quando notou que ele a olhava fixamente. ―O que foi, tem alguma coisa em meu rosto?
―Sim, na verdade, puro êxtase.
―Eu nem sei como responder a isso.
Ele arqueou uma sobrancelha.
―Você não gosta de conversar sobre si mesma, não é?
Ela encolheu os ombros.
―Eu não sou o tipo de pessoa que almeja ser o centro da atenção.
―Você prefere servir.
―Eu suponho que sim. Realmente, eu nunca pensei sobre isso. ― Alcançando as pontas de seu cabelo, torceu uma mecha ao redor do dedo. ―As coisas que você diz… somente não é o que eu esperava, eu acho.
―Por que você acha isso? O que você esperava?
―Eu não tenho certeza exatamente. Talvez eu esperasse que você saltasse sobre mim ou algo assim. ― Como se percebesse que estava se traindo por seu nervosismo, soltou seu cabelo deixando-o cair sobre os ombros. Ele achou isso divertido, ela estava tentando retratar um olhar de força enquanto estava completamente nua. ―Eu quero dizer, aqui estou eu nua e nós estamos conversando sobre suas habilidades de arte culinária.
―Você se sentiria melhor se eu dissesse que não haverá nenhum jogo durante o jantar, então pode se sentar e apreciar a comida sem preocupação?
―Sim, realmente, eu me sentiria.
―Feito. ― Ele quase riu do olhar de alívio no rosto dela. Ela pode pensar que teve uma pausa agora, mas poderia lamentar este momento mais tarde quando estivesse presa e implorando. ―Sente-se, coma, beba e não se preocupe.
―Obrigada. ― os dois levantaram suas taças, brindando para selar seu acordo. Eles continuaram a comer, conversando como se fora seu primeiro encontro, que, de certo modo, era.
Depois de jantar, eles limparam a mesa. Ele acidentalmente, ou de propósito, roçava contra ela enquanto trabalhavam juntos. Observar suas reações era quase tão bom quanto tocá-la. Tanya parecia confusa a princípio quando os dedos dela demoraram a se afastar dos seus, enquanto ele lhe entregava os pratos. Ele se afastou e foi recolher as sobras do jantar. Ela permaneceu na pia, enxaguando os pratos, parecendo o cúmulo da contradição com uma meia-calça liga e sapatos de saltos altos, deusa do sexo e gatinha doméstica.
Victor não podia evitar. Ela era muito tentadora. Liberando-se de sua carga, ele deslizou sua mão pelas costas dela depositando-a acima de seu traseiro. Ela saltou diante do toque, girando em surpresa.
―Terminamos o jantar, você sabe.
Ele ficou muito orgulhoso por ela não tentar negar. Ao invés disso, encontrou seu olhar e balançou a cabeça.
―Sim, eu sei.
Sua antiga apreensão tinha sido substituída por uma fome sexual. Mas ele não estava disposto a ceder àquela necessidade ainda. Ele a queria ansiosa e com desejos. Sem quaisquer preliminares, colocou sua mão entre as pernas dela. Ela imediatamente as afastou, permitindo-lhe acesso livre para o seu toque.
A mão dele tocou os pelos umedecidos com seus sucos. Tanya deu um suspiro de prazer quando ele a acariciou. Ele moveu seus dedos para dentro dela, enquanto o polegar circulava seu clitóris. Observou com interesse quando ela mordeu os lábios inferiores, tentando sem sucesso mascarar as respostas para o seu toque. Mas ele não queria que ela se escondesse dele.
Victor beliscou o duro clitóris, chamando a atenção dela.
―Você não precisa esconder nada de mim, entendeu?
A confusão nublou-lhe o olhar.
―Eu… não, eu não faço…
―Eu quero ver tudo. Se você estiver no limite, eu quero vê-lo. Não quero nada escondido.
Ela fechou seus olhos por um momento e ele pressionou-a novamente, forçando-a a abrir suas pálpebras.
―Um toque e você me têm pronta para gozar rápido como um foguete. Não é o que sou e é assustador.
―Boa garota, eu fico feliz que me diga. ― Ele liberou a mão de dentro dela e ela choramingou a perda. ―De agora em diante quando você estiver com medo, você me dirá. Precisa saber que, como seu Dom, é minha responsabilidade cuidar de você.
Sua sobrancelha franziu.
―Isso não é o que eu pensei que seria.
―Eu sei que você estava esperando por uma relação completamente sexual, mas eu estou procurando por algo mais que puro sexo. Eu aprecio o Domínio e aspectos de submissão fora do quarto também. ― Ele respirou fundo. Embora não quisesse fazer, sabia que tinha de fazê-lo, pelos dois. ―Eu estou dando a você uma última chance de voltar atrás. Você pode apresentar-se para mim. Ou você pode parar com tudo e eu a levarei para casa.
Tanya não se moveu ou falou por um longo momento. Ele sentiu como se estivesse se equilibrando na ponta de uma faca à espera por sua decisão. Ela engoliu em seco e então ergueu o olhar na direção dele.
―Apresentar-me, como exatamente?
Victor sorriu, agora em terra firme.
―Boa pergunta, mas vamos voltar um pouco. No fim do corredor é minha sala de jogos.
Seus olhos se arregalaram.
―Sala de jogos?
―Foi um prazer que me permiti quando comprei esta casa. ― Ele bateu ligeiramente no traseiro dela. ―Sem mais interrupção.
Ela apertou seus lábios. ―Eu quero que você entre lá e abra a gaveta superior do armário, onde você achará uma série de brinquedos. Eu peguei alguns especialmente para você. Deixe sobre a mesa os três brinquedos que você está mais interessada em tentar. Então coloque uma venda e ajoelhe-se na almofada que coloquei no meio do quarto. Eu quero que abra bem suas pernas e deixe os braços abaixados. Alguma pergunta?
―Você quer que eu fique com a meia-calça e os sapatos?
―Não, pode tirá-los.
Agitando a cabeça, ela deu-lhe um sorriso perverso.
―Eu estarei esperando.
Sem hesitar, ela andou passando por ele. Ele observou-lhe o balanço dos quadris enquanto ela andava, sabendo que o estava tentando com aquele andar. Ele queria dar-lhe tempo para completar suas tarefas, então terminou de limpar a cozinha. Quando já estava pronto, apagou as luzes e foi em direção ao corredor, para a sala de jogos.
Enquanto trabalhava na cozinha, tinha pensado sobre as ordens que dera a ela, imaginando que brinquedos ela escolheria do gabinete. Havia tantos para escolher, mas sua decisão daria a ele uma melhor idéia do que ela estava procurando. O pensamento de finalmente tê-la ao seu controle deixou seu pênis dolorosamente inchando. A maior parte da noite ele escondeu seus desejos, somente exibindo seu controle, mas não precisava mais. Agora ele estava livre para explorar a todos.
Quando alcançou a porta, ele fez uma pausa antes de abri-la. Nada podia tê-lo preparado para a visão dela ajoelhada e esperando por ele. Sua cabeça se moveu ligeiramente ao som da porta se abrindo, mas permaneceu quieta. Tanya estava da maneira que ele tinha instruído, completamente aberta e pronta para ele.
―Boa menina. Você me agrada muito.
Um sorriso breve cruzou os lábios dela, mas não disse nada. Encantado pelo modo como ela o estava obedecendo, Victor foi para a mesa verificar os artigos que ela tinha escolhido. Havia um conjunto de anéis de mamilo conectado por um elo fino de prata, um plug anal de vidro e um chicote de couro preto. Dizer que ficara completamente surpreso teria sido verdade, especialmente depois do pequeno discurso dela sobre dor. Por outro lado, ela era muito forte. Talvez tivesse decidido tentar primeiro as coisas que mais temia.
O que ela não sabia era que antes de acabar o tempo que passariam juntos, eles utilizariam todos os brinquedos do armário.


Tanya parecia ter perdido toda habilidade de calcular o tempo. Sentiu como se estivesse ajoelhada na sala de jogos por horas, mas sabia que não estava lá há muito tempo. Quando a porta finalmente se abriu, ela deu um suspiro de alívio. Sabendo que o agradava, escolheu o que mais valia a pena suas dúvidas. Não podia explicar para si mesma por que isso funcionava para ela, apenas fez.
―Antes de nós começarmos, eu tenho mais uma coisa. ― Podia ouvi-lo se movendo ao redor, gavetas do armário sendo abertas, e então estava de pé atrás dela. Agarrando seu cabelo, puxou-a até expor seu pescoço. ―Eu tenho uma coleira para você, um sinal de sua submissão por mim enquanto nós estamos neste quarto. Você concorda em usá-lo?
A idéia de aceitar uma coleira dele, mesmo que temporariamente a apavorou. Não porque ficou assustada, mas porque ela almejou por isso.
―Sim, eu aceito sua coleira.
Victor soltou seu cabelo e firmou o couro ao redor de seu pescoço. Tanya queria alcançá-la e senti-la, mas não quis parecer muito ávida. Ela não tinha certeza, mas sentiu como se ele passasse a mão por seus cabelos antes de se afastar. De início não pôde dizer onde, então ouviu um som acima da mesa de onde estavam seus brinquedos escolhidos. Embora a idéia que pudesse apreciar a dor fosse assustadora, também a excitava. Quando viu os brinquedos, o chicote a intrigou muito. E como sempre pensou que gostaria de ter uns anéis em seus mamilos, ela os escolheu. O plug anal de vidro foi um capricho, um que se perguntava se logo estaria se lamentando.
―Escolhas interessantes. ― O som de uma corrente pareceu ecoar pelo quarto e ela soube que ele pegava as braçadeiras. Seus mamilos tinham estado em um estado de constante ereção desde que se despiu para o jantar. Mas de repente eles se sentiram mais apertados em antecipação de serem pinçados.
Como se ele estivesse lendo sua mente, sentiu-o deslizar a mão pelos bicos tenros.
―Para mim, eles parecem inchados e muito sensíveis. Você tem certeza que é isso o que quer? ― Arrastou o metal pela sua pele, causando-lhe um calafrio.
―Sim, por favor.
Sem mais discussão, ele pinçou seu mamilo direito e ela ofegou pela dor súbita que sentiu.

Oh Deus, isso era demais.

―Respire querida. Você está indo bem. ― Os dedos dele deslizaram por sua bochecha. ―Eu estou muito orgulhoso de você.
Suas palavras deram-lhe coragem e ela percebeu que a dor estava passando. Então pôde sentir o puxão que percorria a distância entre o mamilo e sua vagina. E ela quis desesperadamente a braçadeira no outro bico.
―Por favor, não pare.
Não lhe permitindo a chance de mudar de idéia, ele aplicou o mesmo tratamento no mamilo esquerdo. A dor não pareceu durar muito desta vez. Ela não teve mais que um momento para insistir no assunto quando ele pegou sua mão e a puxou para seus pés. Ela tropeçou e sentiu o sangue correndo por seus membros doloridos, era difícil ajoelhar-se depois de tanto tempo.
―Ei, agora sejamos cuidadosos. ― Os braços dele a envolveram e a sustentaram e ela se entregou ao seu abraço. ―Você precisa me deixar saber se algo for demais para você.
―Eu não sabia. ― Ajoelhando-se, ela afastou a dor e concentrou-se só no prazer.
―Você precisa escutar mais o seu corpo e eu preciso conferir você mais freqüentemente. Eu devia ter percebido... ― Ele cortou qualquer coisa que ia dizer, e, retornando para seu lado, tomou sua mão e guiou-a através do quarto. Ela deu um passo hesitante e então outro até que se sentiu mais segura. A sensação de caminhar com uma venda era muito estranha, para dizer o mínimo. Desorientada, não tinha nenhuma idéia para onde ele a estava levando.
―O que… Onde…
―O que eu quero, onde eu quero, isso é tudo que você precisa saber.
Ela sentiu suas pernas baterem em alguma coisa e antes que percebesse o que estava acontecendo, a mão dele estava em suas costas empurrando-a para baixo. Ela vira um banco acolchoado no quarto quando entrou, mas nunca imaginou que logo seria curvada pelos braços redondos e almofadados.
Tanya acomodou seus braços, curvando os cotovelos ao lado de seus seios e parcialmente se sustentou no banco. Por um momento ficou preocupada com os anéis de mamilos, mas ficou surpresa quando apreciou a sensação deles roçando contra o banco. Victor colocou um travesseiro debaixo de sua cabeça para levantá-la ligeiramente. Sentia-se completamente vulnerável com seu traseiro no ar.
Mas isso não foi o suficiente para ele. Puxou suas pernas e separou-as, expondo-a mais ainda. Ela devia ter esperado por isso, mas arqueou quando a mão dele desceu, espancando seu traseiro nu.
―Ahh, meu pequeno amor submisso gosta disso, não é?
―Sim. ― ela respondeu, dando boas-vindas ao calor de sua mão. ―Eu amo isso.
―Boa garota. Você está aprendendo.
Agora que sabia o quanto ela gostava das pancadas, ele deu-lhe mais três numa seqüência rápida. Não realmente muito forte, mas eficiente. Em chamas, seu traseiro foi mais uma vez tratado com o calor da mão dele, que a fez contorcer-se em resposta. Cada pancada fazia com que seus seios roçassem mais no banco, causando uma dor latejante nos mamilos. Ela se ajeitou, separando mais as pernas, esperando que ele desse um pequeno toque em sua vagina também. Mas não teve nenhuma sorte. Então da mesma maneira que ele começou, ele parou.
―Mostre-me seu bumbum.
―O que... Você pode vê-lo. ― Confusa, ela não sabia o que ele procurava.
Ele passou um dedo por sua abertura e começou a penetrá-la.
―Não, eu quero ver você abrir e pronto. Mostre-o pra mim! ― Sua mão aterrissou com uma pancada no traseiro dela mais uma vez, enviando outra onde de calor sobre ela.
―Eu… eu não posso… eu quero dizer… meus braços.
―Você pode e irá. Conto com isso. ― Pelo tom duro ele não tolerava nenhum argumento.
Com urgência e com sua bochecha em chamas contra o banco, ela manobrou seus braços e alcançou as nádegas separando-as. Sua vagina estava gotejando, mas ele continuou a ignorar sua necessidade. Ao invés disso, ela sentiu uma gota fria de lubrificante que escorria de seu ânus. Ele empurrou as mãos dela de lado e seus dedos começaram a massageá-lo com o gel, deslizando para dentro e empurrando de um lado para o outro. Quando ele adicionou mais do líquido, ela gemeu e arqueou de volta contra ele, silenciosamente implorando por mais.
Victor estava mais do que feliz por acomodá-la.
―Isso, querida, cavalgue meus dedos como a putinha que você é.
―Victor, por favor, eu preciso…
―Implorando, eu gosto disso. ― Ele posicionou o plug contra seu ânus e começou a penetrá-la com o rígido vidro. Machucou um pouco a princípio, mas quanto mais ela relaxou e se abriu para ele, menos doloroso ficou. Ele usou toques longos e lentos, pressionando mais e mais fundo.
―Você gosta disso, não é? ― Ele se debruçou para baixo, movendo seus lábios para mais perto do ouvido dela. ―Eu sei que você gosta. Sua vagina está tão molhada, você está encharcando tudo. Eu sei a garota safada que você é.
Foi demais a sensação de estar preenchida como também as palavras dele, ela deu um grito amortizado de frustração. Ele ficou imóvel por um momento antes de se afastar. Ela o sentiu colocar uma mão em suas costas e a outra na base do plug.
―Fale comigo Tanya, você está bem?
―Sim, é só que… eu nunca pensei… ― As palavras fugiram. Ela não podia acreditar o quanto era bom sentir-se alargada e preenchida, ser usada para o prazer dele.
―Não tenha medo de seus sentimentos. Você estar certa em gostar de sua submissão.
―Sim, oh Deus, sim, eu gosto disso. Eu amo isso tudo. ― Ela se contorceu debaixo dele, soluçando com encanto. ― Por favor, Victor, me possua, por favor.
―Ah, ah, ah. Você não me diz o que fazer lembra-se? ― Outra forte pancada em seu traseiro a fez gemer mais uma vez. ―Além do mais, nós ainda temos mais um brinquedo para experimentar.
Ela tinha se esquecido do chicote, mas agora estava no lugar mais alto em sua mente. Especialmente quando sentiu as franjas de couro que se arrastavam na parte de trás de suas pernas. Apenas o toque a fez estremecer de antecipação do que estava por vir. Não tinha certeza se ele o usaria e sua incerteza a deixou um pouco nervosa.
―Por que você está me torturando? ― As palavras saíram de sua boca antes dela perceber o que dizia.
Com uma risada profunda e gutural, ele a levantou.
―Porque eu posso. ― Ela estremeceu novamente, dessa vez de apreensão. Ele puxou a corrente entre os dois anéis de mamilo, produzindo um gemido dela. As sensações, que haviam diminuído por um baque surdo de dor, de repente percorriam seu corpo novamente. ―Hora de estes irem.
O aperto em seus mamilos foi removido e ela chorou enquanto o sangue se espalhava nos bicos tenros. Sua reação automática foi de esfregar a área dolorida, mas ele retirou a mão dela. Movendo-se para trás dela, ele começou a esfregar as pontas de seus seios na palma de sua mão. Da mesma forma, quando ela estava começando a gostar daquilo, ele parou.
―Nós não podemos esquecer o seu castigo. ― Victor a levou para outra área do quarto. ―Eu quero que você se incline para frente e apóie-se na parede.
Com uma mão hesitante, ela alcançou a parede à sua frente. Estava acolchoada e pensou na primeira vez que entrou no quarto, mas não podia se lembrar de qualquer coisa ali que teria representado esta parede. Embora não tenha explorado a área inteira completamente. Preocupada que estava levando muito tempo para cumprir as ordens dele, Tanya se inclinou para frente, apertando as mãos e a bochecha contra o acolchoado.
―Eu estava me perguntando se você havia mudado de idéia.
―Não. ― Não sabia como se explicar, mas Victor tinha compreendido sua hesitação.
―Ótimo. ― Ele posicionou-se atrás dela e ela pôde sentir o roçar de sua roupa em suas costas nuas. ―Antes de começarmos, quero conversar com você sobre palavras de segurança. Você dirá “amarelo” se você precisar que eu diminua a velocidade ou fizer uma pausa, e “vermelho” se você quiser que eu pare. Mantenha em mente, entretanto, que se nós pararmos, nós paramos por essa noite, então escolha sua palavra cuidadosamente.
―Eu entendi.
―E se você for uma boa garota e mantiver este plug quieto e confortável nesse traseiro,... Então você receberá uma recompensa no fim. ― Ele se afastou dela e ficou mudo por um longo momento. Ela estava quase pronta para gritar e ver se ele de alguma maneira tinha deixado o quarto, quando o primeiro golpe a acertou.
Não foi tão difícil quanto tinha imaginado, mas ainda foi mais do que ela pensou. Começou macio e suave, quase como uma carícia. Ele a golpeou em um padrão cruzado, embaixo e atrás, acima de seu traseiro e entre suas coxas. O ritmo constante dos ataques quase a acalmou em uma espécie de tranqüilidade até que ele falou.
―Isso é o aquecimento, semelhante ao que você faz antes de começar um treinamento.
Quando ele retornou para seus ombros, a pancada foi mais forte. Ele começou a alternar entre suas costas e nádegas e então pancadas extras em suas coxas, somente mudando quando ela achava que já sabia onde ele ia bater. Com esse tratamento, uma onda forte de calor se espalhou pelo corpo dela. Mesmo assim, não foi algo que ela não pudesse lidar. Na verdade, descobriu que estava se afastando da parede todas às vezes, para encontrar-se com ele quando os golpes a alcançavam.
―Meu Deus, você está listrada com as marcas do chicote. É terrivelmente bonito e sexy.
―Por favor, não pare, não ainda.
―Não se preocupe. Eu não tenho nenhuma intenção de parar.
Quando os golpes continuaram, ela não podia mais conter os gemidos e estava descaradamente balançando os quadris. Toda vez que um golpe caia sobre o seu traseiro, ficava consciente do plug de vidro aconchegado lá. Queria desesperadamente mergulhar sua mão entre suas coxas e esfregar sua vagina até que alcançasse o orgasmo. Não que estivesse muito longe. Seu clitóris estava pulsando com necessidade e tinha encharcado suas coxas com sua umidade.
―Victor, eu não posso mais... eu preciso…
―Você está usando uma de suas palavras de segurança?
―Não, não, eu só preciso gozar. Por favor. ― A última palavra foi arrastada quando um golpe particularmente forte a atacou.
―Você não vai gozar até que eu diga. ― As palavras dele eram enfáticas.
Os golpes do chicote pareceram mudar agora, de pesados, para uma sensação mais leve. Ela não tinha certa do que mudara. Tanya só sabia que a dor era diferente. Não ruim só adicionando-se a toda a sua excitação. Não teve nenhuma idéia de quanto tempo os golpes continuarem daquele jeito. Em alguns momentos pareceu que seria para sempre e ela não sabia se podia agüentar por muito mais tempo.
Como se ele de alguma maneira sentisse que ela já estava no limite, os golpes terminaram subitamente. Ela sentiu algo suave e peludo tocando sua pele. Estremeceu com a mudança de sensação, seu corpo se desfalecia pelo que experimentou.
Victor estava sussurrando para ela, elogiando-a, mas Tanya não podia distinguir as palavras. Era um tom suave e isso acalmou seu coração acelerado. Os braços dele a estavam envolvendo e ele estava movendo-a bem suavemente para longe da parede. Então seu mundo de repente girou quando ele a levantou nos braços. Ela abraçou o pescoço dele quando caminharam para fora da sala de jogos feliz de saber que para onde quer que ele a levasse, ela estaria bem e segura.




















Capítulo Seis

Durante a sessão inteira, Victor fez o seu melhor para permanecer imparcial quanto ao seu desejo por Tanya. Tinha sido difícil, para dizer o mínimo, mas não podia mais se conter. Ela foi completa e absolutamente submissa e como reagiu perfeitamente ao açoite, o deixou completamente ansioso para mergulhar seu pênis nela e fazê-la sua. Ele a marcou, agora precisava senti-la debaixo dele.
Egoisticamente, a queria em sua cama, literalmente. Ele poderia tê-la possuído na sala de jogos, provavelmente contra a parede e ela o teria aceitado sem questionar. Mas tanto quanto ele precisou dela como sua submissa, também a desejava demais. Ele propôs somente uma semana para que ficassem juntos, mas estaria tomando muito mais. A primeira vez deles pode ter sido sobre sua mesa, mas agora planejava fazer direito.
Quando ele alcançou seu quarto, chutou para abrir a porta e andou a passos largos em direção à cama. Deitando-a, Victor afastou o cabelo que cobria o rosto dela. Seus olhos estavam fechados, mas ela tinha um sorriso de Mona Lisa que enfeitavam seus lábios. Deslizou o dedo polegar por seu lábio inferior e ela lentamente abriu os olhos.
―Eu consegui a minha recompensa?
―Definitivamente. Você tem sido uma ótima garota.
Ela se sentou na cama, o interesse obviamente despertado.
―Você vai me dizer o que vou ganhar?
―Pequena mandona, não é? Eu não quero que você se esqueça de quem está no comando.
Ficando de joelhos, ela o alcançou com uma mão hesitante.
―Não existe a mínima chance de acontecer. Afinal de contas, eu uso a sua coleira e também tenho suas marcas.
Como se ele precisasse dela para lembrá-lo. Ele tomou sua mão e a ajudou a sair da cama.
―Vamos ver o quanto você lembra. Tire minhas roupas.
Ela se aproximou e começou a desabotoar a camisa dele, surpreendendo-o ao começar com os punhos. Suas mãos tremeram quando foi para frente da camisa e provavelmente levou o dobro do tempo normal que faria para liberar os botões. Quando desceu para a parte inferior da camisa que estava dentro da calça, ela hesitou por um momento. Sua mão se demorou na fivela do cinto por um breve momento, então pegou a camisa e a puxou deixando livre para terminar de desabotoar.
Ele notou que o tempo inteiro ela estava sendo muito cuidadosa para manter a mão no tecido de sua camisa, mas como se não pudesse mais se conter, ela alcançou a pele dele e correu suas mãos pelo abdômen e mais acima em seu tórax. Victor suspirou quando ela o tocou, era a primeira vez que o tocava por sua própria iniciativa. Os dedos dela exploraram as depressões e vales de seus músculos, roçando ligeiramente acima de seus mamilos e através de sua clavícula.
Incapaz de agüentar por muito tempo, ele pegou-lhe os pulsos, detendo sua exploração.
―Pare de tocar e faça o que pedi.
―Desculpe.
―Eu não quero desculpas. Eu quero ação. ― Ele liberou as mãos dela, soltando o ar que estivera prendendo.
Mais que depressa, Tanya tirou a camisa dele e então se virou para colocá-la em cima da cadeira.
―Você… podia se sentar para que eu possa tirar suas meias e sapatos?
Ele se sentou na cama, divertindo-se por ela estar evitando tirar suas calças o maior tempo possível. Quando ela se ajoelhou a seus pés e sentou-se sobre os calcanhares, ele sentiu uma pontada no coração ao vê-la naquela posição. Ele imaginou que isso poderia vir a ser uma tradição noturna para eles. Afastou o pensamento e percebeu que ela cumpriu a tarefa rapidamente. De pé com as pernas ligeiramente afastadas, ele manteve a mão no ombro dela, impedindo-a de se levantar e permitindo que ela ficasse à altura dos seus joelhos.
―Fique aí e termine seu trabalho.
Ela começou a desabotoar a fivela do cinto e o puxou, soltando-o no chão. Então começou a desabotoar o zíper de sua calça comprida. Com as mãos em seu cós, ela puxou a calça e a cueca e ambas deslizaram por seus quadris e pernas. Seu pênis, dolorido e rígido, pulou livre.
Tanya manteve o olhar fixo para sua ereção. Ela lambeu os lábios e ele teve que reprimir um gemido de prazer. Ele sabia o quanto a boca dela era talentosa, mas ele queria possuí-la naquele momento. Tudo o que ele precisava era da pequena e apertada vagina dela em torno de seu pênis e nada mais.
―Vá para a cama e fique de quatro, agora! ― Ele deu-lhe uma ordem, e sentiu um prazer imenso quando ela saltou imediatamente para obedecer.
Apenas em saber que ela corria para cumprir suas ordens o fez endurecer ainda mais. Diabos! Neste ritmo, ele não ia durar nem dois segundos. Tanya era o retrato perfeito de uma submissa. Ela estava ajoelhando na cama com a cabeça baixa, o plug ainda acomodado e o bumbum virado em sua direção, suas pernas estavam afastadas e mostravam sua vagina bonita e rosada. As marcas das chicotadas estavam destacadas pelo seu corpo como a prova do controle dele.
Andando em direção à cama, ele deslizou um dedo pelas marcas e ela tremeu debaixo de seu toque. Deliberadamente ele evitou tocar a vagina dela no começo da noite, querendo que estivesse molhada e dolorida para ele quando a hora chegasse. Com uma ânsia que não sentia há muito tempo, ele se aproximou das pernas dela para tocar a carne inchada e ela gemeu, quase perdendo o equilíbrio antes de se ajeitar.
―Minha doce submissa está mais do que pronta para mim.
―Sim, sim. ― Sua respiração ofegante o fez sorrir.
―Você me quer em sua vagina, enquanto seu traseiro ainda está cheio com o plug? Será um pouco apertado ter ambos os buracos cheios de uma só vez. ― Victor deliberadamente usou uma linguagem vulgar para ver se ela ia se afastar de seus desejos, mas, uma vez mais ela o impressionou.
Ela deu um gemido e estremeceu.
―Sim, por favor, por favor. Eu preciso que seja mau.
Ela não era a única.
Abrindo a gaveta do lado da cama, ele pegou um preservativo e rasgou abrindo o pacote de alumínio. Colocou-o e se moveu sobre a cama atrás dela. Com uma mão em seu membro, aproximou-se dela e impulsionou forte, afundando a cabeça do pênis dentro dela de um só golpe.
Ela grunhiu ante a intrusão, mas começou a empurrar de encontro a ele, tentando obter mais dele. Ele bateu ligeiramente no traseiro dela, mais que ciente do quão tenro sua carne estava. ―Sou eu quem está no comando aqui. Não se mova até que eu diga.
Sabia que ela estava necessitada, mas ele era assim. Victor ia fazer à sua maneira. ―Isto aqui é meu! ― Falou tocando a vagina dela e empurrou bem fundo, implacavelmente forçando a seu modo o canal apertado. Quando finalmente afundou até as bolas, parou por um momento. Ele podia senti-la apertando-se nele então agarrou e puxou um punhado do seu cabelo. Inclinando-se sobre ela, ele sussurrou em sua orelha. ―Você não goze até que eu lhe diga que pode!
Ela gemeu e então balançou a cabeça, seus dentes mordiam o lábio inferior tão forte que ele tinha certeza que a pele dela se rasgaria. Ele soltou seu cabelo e a segurou pelos quadris enquanto começava um ritmo lento e constante. Divertiu-se com o prazer que a vagina dela proporcionava. A cada estocada, podia sentir a presença do plug. Embora tenha dito para ela não se mover, ele notou um pequeno movimento, quase imperceptível de seus quadris.
―Minha putinha quer mais, não é? ― Ela choramingou e imediatamente acalmou os quadris. Ele pôde ver seu corpo balançando enquanto ela tentava permanecer imóvel. Ele afastou os quadris até que somente a cabeça do pênis a penetrava e ela choramingou novamente.
―Não, por favor, não pare. Eu prometo que serei boazinha.
Maldição. É claro que ela seria.
―Eu estou dando a você um presente. Empurre contra o meu pênis e mostre o que você pode fazer! Só lembre-se, nenhum orgasmo sem minha permissão.
Tanya não precisou de outro incentivo. Arqueou os quadris e rebolou de encontro ao duro membro com toda a força que pôde reunir. Não havia muita delicadeza em seus movimentos, mas compensou a falta com seu entusiasmo. Enquanto ele tinha sido lento e constante, ela parecia quase desesperada, batendo seus quadris contra ele com abandono.
Os músculos dela o apertavam firmemente a cada estocada. Ele mal conseguia manter seu próprio controle. A cada forte punhalada, podia sentir seu pênis invadindo cada centímetro de sua vagina, enchendo-a até que ele pensou que não poderia durar mais. Um brilho de suor brilhava nas costas dela devido a seus esforços e percebeu que ela estava tremendo, à beira do clímax. Mas Tanya tinha uma vontade de ferro e Victor sabia que ela seria determinada para esperar até que lhe desse o seu consentimento. Que a fez sua mais perfeita submissa.
―Você quer gozar, não é? Posso ver que quer meu dedo em seu clitóris e que a deixe gozar.
―Sim, sim, sim. ― Ela bateu com o punho na cama, sua frustração despejada em soluços.
―Então me tome, tome tudo de mim. Eu quero você jorrando em meu pênis. ― Ele mergulhou nela com uma velocidade maior em seus quadris. Golpeando a vagina dela com desespero, ele se debruçou em suas costas para alcançar seu clitóris. Como se ele a queimasse, o corpo dela começou a balançar e a estremecer.
―Por favor, eu posso gozar? ― As palavras foram tão educadas, mas ela estava gritando e ofegando quando implorou para gozar.
―Goze pra mim, goze agora! ― Ele continuou impulsionando com seus golpes poderosos, não cessando, quando ela gozou uma vez e então quase imediatamente uma segunda vez. Seus braços desmoronaram e ela se encostou contra a cabeceira da cama quando ele penetrou-a novamente, buscando seu próprio gozo. Ele ficou tenso e grunhiu quando o clímax o varreu, e, estremecendo com a força de seu orgasmo, bombeou uma última vez.
Exausto, Victor desabou sobre o corpo inclinado de Tanya. Ele ainda podia sentir sua vagina se contraindo ao redor dele, como mini-orgasmos que continuavam a cair sobre ela. Ainda dentro dela, ele rolou para o lado trazendo-a com ele. Eles ficaram lá deitados se refazendo juntos, num silêncio confortável que ele sabia que teria um fim. Ele não pôde evitar e pensou que queria que aquilo durasse o máximo possível.
Enquanto sua mão acariciava a pele dela que rapidamente relaxava, ele sabia que precisava cuidar dela. Ela ia precisar de cuidados depois daquela sessão. Ele nunca faria qualquer coisa para pôr sua submissa em risco. Rapidamente, ele se afastou dela e saiu da cama para ir até o banheiro dar fim ao preservativo. Então começou a preparar um banho, adicionando alguns sais de ervas calmantes. Ela não devia estar sentindo a dor agora, mas com certeza pela manhã as dores seriam evidentes.
Ele retornou ao quarto e caminhou até a cama. Quando acariciou suas costas ela não se moveu. Resistiu em despertá-la, mas sabia que ela precisava do banho, mesmo estando tão cansada.
―Acorde dorminhoca. Hora do banho.
Tanya acordou lentamente. Mas quando finalmente foi capaz de se focar em alguma coisa ela o viu de pé e se sentou. ―Só dê-me um minuto e eu sairei.
―Como é?― Ela não podia estar dizendo o que ele estava pensando.
―Eu vou embora tão logo eu possa.
A fúria tomou conta dele.
―Não, você não vai. Você é minha. Pelo resto da semana. Agora levante daí esse traseiro e o coloque na banheira. Eu me juntarei a você e então voltaremos para dormimos um pouco.
―Eu… mas…
―Você está me dizendo não?
Ela agitou sua cabeça num gesto mudo, a confusão em seus olhos. Ele não sabia por que ela achou que a estaria mandando embora, mas não gostou nenhum pouco do sentimento que isso provocou nele, nem um pouco. Ele a levantou.
―Banheiro. Agora!
Enquanto ela caminhava para o banheiro, ele respirou fundo e se perguntou, não pela primeira vez, o que ela estava escondendo dele. Infelizmente esta noite ele estava muito cansado para cavar mais fundo no mistério. Mas não se esqueceria disso. Ia descobrir todos os segredos dela.

* * * * * * * * * * *

Molly imediatamente encurralou-a em seu escritório na manhã seguinte. Eram apenas nove horas e seu dia já estava sendo surrealista. Victor a despertou muito cedo com o café da manhã já pronto e esperando na cozinha. Perguntou como ela estava se sentindo e foi muito solícito. Mas se ela não se conhecesse bem, poderia ter achado que eles nunca tinham feito o que fizeram na noite passada.
Ele a levou para seu apartamento para que ela pudesse trocar de roupa e depois foram trabalhar. Ela se preocupou que alguém poderia ver os dois chegarem juntos, mas Victor pareceu não ter nenhum problema com isso. Felizmente ninguém os viu e ela deslizou para seu escritório e fechou a porta. O silêncio durou cerca de cinco minutos antes de Molly invadir sua sala.
―Nós precisamos conversar. ― Molly fechou a porta e se encostou nela.
―Bom dia para você também.
―Eu vi que você chegou com Victor.
Um rubor tomou conta das bochechas de Tanya.
―Oh Deus, alguém mais notou?
―Não, eu acho que não. Eu não vi mais ninguém ao redor.
Tanya desmoronou em sua cadeira, seu coração batendo acelerado. Quando ela começou essa aventura, pensou que poderia esconder sua relação com Victor e no fim da semana voltar para sua antiga vida. Só fazia dois dias e já sabia que seria impossível.
―Isso é um pesadelo.
―Certo garota, eu preciso ouvir essa história. Vamos nos reunirmos hoje à noite para jantar.
Tanya começou a concordar e então hesitou. Depois da noite passada, ela reconheceu sem sombra de dúvidas, que não devia fazer suposições relativas a Victor. Ele não disse nada sobre ficarem juntos à noite, mas seria apenas sorte dela.
―Eu acho que não posso.
Molly arregalou os olhos.
―Você acha que não pode? Você não tem certeza?
―Eu não sei os planos de Victor.
―Então? ― Molly riu. ―Você precisa da permissão dele para sair para jantar.
Tanya apertou os lábios, baixando o olhar para sua mesa. ―Um… bem…
Boquiaberta, Molly piscou por um momento.
―Você está brincando, certo? ― quando Tanya balançou a cabeça em confirmação, Molly ofegou. ―Oh, meu Deus!
―Vamos não me olhe assim. ― Tanya deu-lhe um olhar suplicante.
―Eu só estou surpresa. Certo, mais do que surpresa, mas… isso é tão diferente do que conheço de você.
―Por favor, nem me lembre. ― Tanya respirou fundo. ―Por que eu não confirmo mais tarde para você, sobre o jantar?
Molly fez que sim com a cabeça.
―Certo, mas você sabe que com essa desculpa não vai conseguir fugir de me contar tudo, está me ouvindo?

Eu não preciso deste abuso.

Tanya amassou um pedaço de papel de cima da mesa e jogou a bola que estalou na cabeça de Molly. A outra mulher deu um grito agudo e se abaixou.
―Ei!
―Ao trabalho. Eu conversarei com você mais tarde.
Molly fez uma saudação zombeteira.
―Sim, chefe. ― Ela se virou e saiu porta a fora.
Antes que Tanya pudesse mudar de idéia, pegou o telefone e discou o ramal direto de Victor. Estava esperando deixar uma mensagem, mas ele respondeu ao segundo toque.
―Alô!
―Oi, eu preciso perguntar uma coisa a você.
―Tudo bem, vá em frente.
―Molly quer que eu vá jantar com ela hoje à noite e eu não tenho certeza se… Você não falou nada sobre planos.
―Humm, que boa menina você é, me perguntando e pedindo minha permissão. Eu acho que você merece uma recompensa.
Tanya não podia acreditar naquilo, mas sentiu que já estava ficando úmida. Deus, o que este homem estava fazendo com ela?
―Fale comigo. Você ficou quieta.
―Obrigada. ― Soou quase ridículo para seus ouvidos e ela esperou que ele risse, mas era como se sentia. Ela queria agradecer o elogio e o oferecimento de uma recompensa.
O barulho que ouviu do outro lado do telefone não era nenhuma risada. Era quase como um rosnado.
―Você está testando minha força de vontade agora mesmo. ― Ele não soou louco. Ao contrário, soou incrivelmente sexy.
―Verdade, eu faço isso?
―Sim, você está sendo tão boa submissa, primeiro perguntando e pedindo minha permissão, depois me agradecendo. É tão tentador para mim, queria ir até seu escritório e dar a você aquela recompensa agora mesmo. Eu acho que você gostaria de uma boa pegada e depois eu ia possuí-la bem forte.
Um gemido baixo e gutural escapou dela ante a imagem que ele estava descrevendo. Ela queria mergulhar a mão entre suas pernas e gozar naquele instante mesmo. Mesmo que a idéia de se masturbar no trabalho fosse louca, mas estava se parecendo uma selvagem no momento.
―Eu gostaria muito.
―Você está excitada agora?
―Sim.
―Eu tenho uma regra para você então. Você pode sair com Molly hoje à noite, mas não poderá se tocar. Ligue pra mim quando deixar o restaurante e eu a encontrarei em sua casa.
―Tudo bem. ― Ela não gostou daquilo, mas sabia que quando o visse naquela noite, estaria louca de luxúria. E ele também sabia disso.
Mais que depressa ela concluiu a conversa e chamou Molly. Desta vez, teve sorte e pôde deixar uma mensagem dizendo à amiga que poderia ir jantar com ela. Tanya se sentiu ansiosa para encontrá-la. Ela queria alguém para conversar, alguém para compartilhar seus pensamentos. Mas ao mesmo tempo, se preocupou sobre o que Molly poderia dizer quando revelasse a natureza de sua relação com Victor. Ela já tinha visto o olhar espantado de sua amiga naquela manhã e ainda não tinha nem soltado as bombas maiores.
Sem surpresa, uma Molly sorridente colocou sua cabeça no escritório de Tanya às cinco horas em ponto.
―Pronta?
―Um pouco apressada, não é? ― Tanya já tinha desligado o computador, então só teve que pegar seu casaco e a bolsa.
Molly agarrou a mão dela e a puxou do escritório.
―Pode apostar que estou. Vamos!
Tanya logo se achou em um restaurante, tomando cuidado com a bebida e se perguntando como iria começar esta conversa. Molly não pareceu ter a mesma dificuldade.
―Que droga está acontecendo com você dois?
―Eu não sei como chamar isso que está acontecendo. ― Tanya murmurou entre a bebida.
―Bem, é óbvio, pelo menos para mim, que é algo mais que simples sexo. Eu sei que você o estava evitando depois do que aconteceu no Natal, então e agora?
Tomando um grande trago de sua bebida, Tanya começou:
―Você lembra de que eu lhe disse o quão Victor foi dominante naquela noite e como me assustou? ― Com um aceno de Molly, ela continuou. ―Isso me assustou por causa da forma como me atraiu. E ele reconheceu isso. Na noite da sua festa de noivado, nós conversamos e ele propôs que eu fosse sua submissa sexual por uma semana.
Os olhos de Molly se arregalaram.
―E você concordou?
―Sim. ― Tanya lançou um suspiro pesado. ―Eu sei que parece louco.
―Você realmente pensa que depois de uma semana as coisas simplesmente voltarão ao normal?
―Eu pensei. Pelo menos eu disse a mim mesma que pensei. Eu quis tentar e conseguir sentir o que ele desperta em mim. Mas ao invés disso, eu me ferrei. Porque mais uma vez, eu me amarrei a um homem que com certeza logo vai me deixar.
Molly franziu a sobrancelha. ―O que você quer dizer?
―Eu não tenho um bom relatório de vida com homens ao meu redor. Começou com meu pai e foi despencando desde então.
―Não pode ter sido tão ruim.
Tanya agitou a cabeça com óbvio remorso.
―Confie em mim, foi. Até o sujeito que eu pensei ser o meu Senhor Perfeito caiu fora para ser o mesmo ou mais bastardo que meu pai era.
―Como assim mais?
―Nós estávamos vivendo juntos, comprometidos e eu estava planejando o casamento pensando que ganharia o prêmio. Um belo dia, eu volto para casa mais cedo e o encontro na cama com uma de suas colegas de trabalho. ― Sentia que abria e fechava suas mãos, a traição ainda era capaz de causar muita raiva.
―Que desculpas ele deu?
―Ah que foi a gota d’água, que era tudo minha culpa. Que eu fria, frígida, qualquer palavra que você queira usar. Basicamente eu era um saco na cama, então ele foi forçado a procurar outras coisas. Essa foi a palavra exata que ele usou, forçado. ― Tanya colocou as mãos espalmadas na mesa e respirou fundo.
―Você sabe que não é frígida. ― Molly soou tão atraente em sua defesa.
―Claro que eu sei disso. ― Sua indignação foi dito em alto e bom som. ―O diabo é que ele não podia me satisfazer porque estava muito interessado nas suas próprias necessidades para se aborrecer em descobrir do que eu gostava ou procurava.
―O melhor foi que ele não danificou seu ego ou auto-estima. ― Molly disse com uma risada.
Embora ela estivesse rindo, Tanya certamente não estava. ―Não, ele apenas roubou a minha convicção de acreditar num final feliz. ― Ela agitou sua cabeça. ―Não, até mais que isso. Eu me tornei tão fechada que tenho medo do que pode acontecer se eu deixar alguém se aproximar novamente. Porque eu acho que não posso lidar com aquele tipo de perda novamente.
―Você realmente deve tê-lo amado.
Ela bufou.
―Inferno não, não era a perda dele a que eu estava me referindo. É em relação ao meu próprio julgamento, de não ter mais fé em mim mesma. E eu odeio isso.
Molly colocou sua mão em cima da de Tanya.
―Puxa querida, eu sinto tanto. Por que você não me disse isso antes?
―Ninguém quer conversar sobre os fracassos da relação. ― Tanya deu de ombros. ― Então eu peguei minhas coisas saí do apartamento no fim de semana e me mudei pra cá por um capricho. Felizmente, eu achei este trabalho e o resto da história você conhece.
―Eu sei o quanto tudo deve ter sido terrível para você, mas isso não quer dizer que Victor irá deixá-la.
―Victor não é exatamente o tipo de se acomodar, afinal.
―Você não sabe.
―Eu não pareço mais saber muito a respeito de qualquer coisa. Quando eu estou com ele, eu… eu me sinto tão diferente. Isso me assusta. Eu sei que continuo dizendo isso, mas é que estou... Assustada com meus próprios sentimentos.
―Por que você não diz pra ele?
―Honestamente? Primeiro eu me preocupei que ele pudesse usar isso contra mim. Mas agora, eu apenas não sei.
―De que você tem medo?
―De dar certo.


































Capítulo Sete

Victor sentou-se em seu carro e começou a tamborilar os dedos no volante de propósito evitando a tentação de olhar para cima onde ficava o relógio digital. A última vez que olhou eram oito e quinze. Assim como ele dissera, Tanya deu-lhe um telefonema quando deixou o restaurante. Por alguma razão, ele estava ansioso por sua chegada.
Quando marcou para encontrá-la à noite, ele planejou lhe dar uma pegada e então uma boa e forte transa conforme prometera. Quanto mais tempo esperava, mais percebia que aquilo não era tudo o que ele queria. No início, ele tinha esperanças que o fim de semana pudesse convencê-la que eles foram feitos para ficarem juntos, mas agora pensou que não podia esperar tanto. Ele queria tê-la todas as noites em sua casa e em sua cama. E, pelo menos para o resto desta semana ela estava sob o seu comando. Decidiu aproveitar essa vantagem e fazê-la se mudar pra casa dele, pelo menos temporariamente. Talvez se ela visse como era bom, não fosse mais querer partir.
Os faróis de um veículo chegando ao estacionamento iluminaram o interior de seu carro. Tanya finalmente chegou. Victor observou com prazer quando ela saiu do carro e então olhou pelo estacionamento procurando por ele. Ele saiu batendo a porta e se aproximou dela.
―Você teve um bom dia?
―Sim, muito.
Eles caminharam pela alameda para a entrada da residência dela. Quando ela pegou a chave, ele a tomou dela para abrir a porta.
―Sobre o que vocês conversaram?
―Oh, nada de importante.
―Entendo. ― Sua relutância em compartilhar a conversa com ele o irritou. Não que quisesse ouvir linha por linha, mas o fato dela não mencionasse o assunto o aborrecia muito. Sua decisão de mantê-la como ele queria o deixava ainda mais inspirado. Ela parecia disposta a pôr uma parede entre eles e ele ia derrubá-la, tijolo por tijolo se necessário.
Quando entraram, Tanya tirou o casaco e o lançou em cima de uma cadeira. Inclinando-se, tirou os sapatos de saltos altos e foi em direção ao corredor.
―Pegue uma bebida se quiser. Eu vou vestir algo mais confortável.
―Não, nós não temos tempo.
Com os sapatos na mão, ela parou e se virou.
―Uh. Não temos tempo?
―Não, porque nós vamos fazer as malas. ― Ele passou por ela e olhou em volta, à vontade, para o quarto confortável. Quando se voltou, ela estava de pé na entrada, boquiaberta e olhando fixamente para ele como se não acreditasse no que estava acontecendo ―Ache uma mala grande o suficiente e coloque suas roupas para o resto da semana. Você irá comigo para a minha casa.
―Eu… Por quê?
―Eu pensei que tivéssemos passado da fase onde você me questionava. ― Tanya abriu a boca para discutir e ele arqueou uma sobrancelha, desafiando-a a tentar. Os lábios dela se apertaram, mas ele podia ler a confusão e o franzir de suas sobrancelhas. Ela queria saber por que estavam fazendo as malas, mas a resposta óbvia a estava iludindo. Porque ele queria! ―Eu estou esperando. ― ele a lembrou. Ela pegou o seu sapato de salto, pisando forte. Embora ela não percebesse isso agora, estava só adicionando combustível para o fogo. Enquanto ela estava no corredor procurando por sua mala, ele abriu o armário e olhou para suas roupas. Começou a retirar o que ele queria que ela levasse.
―Essa é grande o suficiente?
Ele acenou com a cabeça e pegou a mala de tamanho médio, colocando na cama.
―Pegue suas coisas no banheiro. Eu cuidarei das roupas.
―Eu… uh… certo. ― Ela saiu novamente e depressa, retornou com uma pequena nécessaire que pegou no banheiro.
Victor deixou a mala pronta em alguns minutos. Quando ela estivesse em casa com ele, não planejava deixá-la vestir muita coisa. Durante o trabalho ela vestiria saias. Não havia nenhuma calça para vestir. Mas ele não foi completamente irracional, colocou algumas roupas para sair e outras mais confortáveis. Assim, ela vestiria o que ele queria e onde ele queria.
―Eu acho que peguei tudo.
―Ótimos, vamos.
Eles deixaram a casa em silêncio e não tiveram nenhuma conversa a caminho da casa dele. Ele pensava que provavelmente ela estava muito nervosa e planejou a mantê-la fora de equilíbrio, se perguntando o que ele ia fazer. Ela nunca acharia que ele mesmo ainda não sabia o que fazer. A única coisa que ele tinha certeza era que precisava consegui-la de alguma maneira.
Quando eles chegaram em casa, Victor levou a bagagem pela cozinha, Tanya estava miseravelmente se arrastando um pouco atrás dele.
―Ponha sua mala no meu quarto e pegue o que precisar. Então me encontre no quarto de jogos.
Ele não esperou para ver se ela obedecia aos seus comandos, tinha certeza que ela iria obedecer. Então atravessou o corredor e foi para o seu santuário, prepará-lo para a chegada dela. Olhando o quarto, ele teve uma súbita inspiração. Puxou uma mesa do armário e a instalou.
Originalmente fora uma mesa de massagem, mas ele fez algumas melhorias adicionando algumas restrições. Seria a estrela perfeita para seus planos de hoje à noite. Agora tudo que precisava era dos itens de apoio para seus jogos. Abrindo o armário, ele começou a pegar alguns brinquedos. Enquanto trabalhava, uma sensação repentina veio sobre ele, e soube sem se virar que ela estava na entrada.
―Entre, feche a porta e tire a roupa. ― Ele ouviu que ela o obedeceu, mas com esforço deliberado continuou a trabalhar, reconhecendo sua presença até que ele estava pronto para começar. Quando finalmente teve tudo que precisaria, ele se voltou. Tanya estava parada próxima à mesa, os braços enrolados ao redor de sua cintura.
―Não existe nenhuma regra de silêncio, você pode falar sempre que quiser.
―Eu não sei o que dizer.
―Tudo bem por enquanto. Com certeza logo você estará falando. ― Pelo menos esperava que ela o fizesse. ―Coloque os braços para frente. ― Os olhos dela se arregalaram ao avistarem o rolo preto em suas mãos. ―Eu sei que você não perguntou, mas eu sou bastante eficiente nas técnicas básicas de corda. Eu não tentaria suspender você sem estar bem treinado, mas eu posso colocar uma simples algema.
―Tudo bem, eu confio em você. ― Ela disse as palavras, mas ele queria que significasse mais para ela, que confiasse nele em tudo. E ela não estava lá, não ainda. Mas depois desta noite, talvez eles ficassem um pouco mais íntimos. De repente, ela teve ambos os pulsos enrolados na corda, separados por um comprimento significativo. Então conseguiu o mesmo para cada tornozelo.
―Venha comigo. ― Ele caminhou para um canto do quarto onde existia um gancho pendurado no teto. Mancando um pouco, ela o seguiu tão depressa quanto podia. Ele agarrou a corda entre seus pulsos e pendurou o comprimento acima do gancho. Puxou seus braços tensos acima de sua cabeça e como o gancho era ligeiramente atrás de onde ela estava, fez com que seus seios se retesassem para frente de seu corpo. ―Perfeito. Eu prometi a você uma pegada firme e nesta posição tanto seu lado de frente como das costas estarão acessíveis.
Os olhos dela se arregalaram ainda mais, mas ela não respondeu. Mesmo assim, ele podia sentir-lhe o olhar seguindo todo o seu movimento quando ele andava até a mesa para pegar um dos itens que escolhera anteriormente. Era de couro preto, que finalizava em duas tiras de couro que oferecia o dobro da ferroada quando atingia o alvo. Pegou também outra peça, sua coleira.
Ele caminhou de volta em direção a ela, parando por um momento. Então, com movimentos lentos e deliberados, colocou a coleira ao redor do pescoço dela e afivelou bem justa no lugar. Voltando-se, ele se divertiu com a visão dela, amarrada e pronta para ele, o símbolo de sua propriedade circulando seu pescoço.
―Isso pode oferecer as duas coisas: prazer e dor. ― Ele a circulou lentamente. Seu traseiro era redondo, firme e perfeito para recebê-lo. Incapaz de esperar mais, ele baixou a peça preta de couro, batendo ligeiramente primeiro na sua nádega direita depois na esquerda. Ela estremeceu e arqueou ao ataque inicial, mas não ofereceu nenhuma reação. Victor caminhou ao seu redor até estar na sua frente e então apertou o cabo do chicote entre suas pernas abertas, roçando de um lado para outro junto aos lábios de sua vagina. Ela gemeu e se contorceu. ―Veja o que eu pretendo.
―Sim. ― Ela movimentou a cabeça como para dar ênfase.
Quando ele puxou o couro de suas coxas, notou com um sorriso que a peça estava úmida com seus sucos. Oh sim, ela definitivamente estava sentindo o prazer.
―Eu acho que você está gostando de sua recompensa.
―Sim, sim eu estou.
―Ótimo! ― ele disse quando se voltou para seu bumbum adorável. Quis que ela apreciasse isso, porque o que planejou para mais tarde, iria provavelmente ser menos agradável para a beleza teimosa.
Ele roçou o cabo pelas suas nádegas e viu como ela se segurava, seus músculos apertados como se preparassem para o choque. Ao invés disso, ele correu suavemente o couro pelo seu bumbum, acariciando as curvas. Então somente quando ela começou a relaxar, ele aterrissou um golpe afiado no seu traseiro exposto. Ela recebeu bem o golpe, sua resposta foi somente uma lufada de ar em seus pulmões.
Ele levou um longo tempo tratando seu bumbum com o couro, de um lado para outro alternando entre as nádegas. Andando em volta dela, Victor observou o trabalho que fizera. Riscos vermelhos cobriam as curvas de suas nádegas. Diabos! Ela estava linda. Ele tinha certeza que pareceria bem melhor com marcas também na parte da frente do seu corpo.
Excitado pelo pensamento e pelas coisas eróticas que eles estavam fazendo juntos, Victor a pegou e girou-a ao seu redor para que ficasse frente a frente com ele. O movimento brusco lançou Tanya um pouco pra baixo, o rosto quase inexpressivo.
Victor começou a acariciar as curvas de seus seios, tocando os bicos para provocar seus mamilos, que mais pareciam dois cumes atrevidos. Sem qualquer advertência, ele atingiu seu seio direito, os riscos vermelhos aparecendo acima do endurecido bico. Tanya ofegou, mas antes dela poder compreender o que estava acontecendo, ele deu mais dois golpes numa sucessão rápida. Fez o mesmo com cada um dos seios, até que um total de seis linhas finas se destacava nos montículos dourados.
Seu desejo por ela neste momento foi tremendo. O rosto dela estava vermelho, enrubescido pelo tratamento que ele estava dando a ela, os olhos estavam fechados e seus lábios ligeiramente afastados em um sorriso de prazer. Ele podia sentir no ar o cheiro de sua excitação.
―Você gosta disso, não é? ― Ele bateu o chicote contra sua coxa e ela gemeu baixo e gutural. ―Você gosta de estar impotente e ao meu capricho.
―Simmmmm! ― A palavra foi arrancada dela, como se odiasse admitir, mas ela não podia evitar.
Ela estava pronta.
Puxando a tesoura do seu bolso traseiro, ele cortou ao meio a corda que estava entre suas pernas e então fez o mesmo com a dos pulsos. Os braços dela penderam e ele começou a esfregá-los. ―Tudo bem?
Ela assentiu com a cabeça. ―Obrigada!
Ele apontou a cabeça para a mesa.
―Deite-se, de costas. ― Sabia que suas costas deviam estar queimando, mas Tanya subiu na mesa mesmo assim. Ele tomou cada pulso e os amarrou à mesa ao lado dos quadris. Ela podia se sentar se quisesse, embora ficasse um pouco estranho. ―Eu vou deixar suas pernas livres, por enquanto.
Uma vez mais podia sentir o olhar dela o seguindo quando ele pegou os itens que tinha separado. ―Esta noite eu quero brincar um pouco do jogo de verdade ou conseqüências. Desde que você me diga a verdade, não haverá nenhuma conseqüência. Entendeu as regras?
―Sim. ― A voz dela soou vazia e ele se perguntou o que ela estava temendo lhe revelar. Ele sabia que ela não poderia desafiá-lo, porque sua necessidade inata de obedecer assumiria o comando e ele arrancaria tudo o que queria saber dela.

* * * * * * * * *
Sua dose de adrenalina estava alta pelas chicotadas que recebeu, Tanya sentiu seu estômago gelar quando Victor anunciou sua idéia de jogo.
Verdade ou conseqüências, uma ova!
A coisa inteira soou como pura tortura para ela. Já não fora ruim o suficiente que ela teve que despir sua alma para Molly naquela noite? Agora Victor queria um pedaço também?
Da mesa onde estava ela tentou ver o que ele tinha guardado para ela. Por mais que tentasse, não pôde ver os brinquedos que ele separou. E quando o viu retornar com a venda, percebeu que ele estava determinado a não mostrar o que aconteceria.
―Levante sua cabeça para mim. ― Ele firmou a venda sobre seus olhos. Ele escutou atentamente, tentando descobrir a próxima coisa que ele ia fazer. Ele não se mexeu e tudo que ela podia ouvir era o som da própria batida do seu coração. Estremeceu quando ele arrastou um dedo no vergão em seu seio. ―Você gostou de sua marca?
―Ah, foi bom.
―Tsc, tsc, tsc. ― Ele beliscou seu mamilo, arrancando um gemido de lamentação dela. ―Nós começamos o jogo. Se você não disser a verdade, você recebe a conseqüência. ― Ele capturou o bico e deu-lhe uma torção e ela mordeu seu lábio inferior para amortizar o suspiro de desejo. Não sabia do que ele estava tentando fazer, mas se isto era a conseqüência, estava mais do que feliz para experimentá-la. O que ele fazia estava lhe dando mais prazer do que gostaria de admitir. Excitada, começou a ficar inquieta, apertando suas pernas para aliviar as sensações, quando de repente ele liberou o aperto sobre ela. ―Agora, você gostaria de tentar sua resposta novamente?
―Eu adorei. Foi mais do que eu esperava. ― Ela engoliu em seco, chocada como tinha sido tão honesta com ele.
―Boa garota. Agora você conseguiu uma recompensa. ― A boca dele capturou seu torturado mamilo. A sucção molhada a fez arquear de encontro a ele. Foi tão bom, que não queria que tivesse fim. Quando ele começou a se afastar, ela tentou levantar suas mãos para segurar a cabeça dele, esquecendo que seus pulsos estavam presos. Só foi capaz de dar um grito de desespero quando ele se afastou do mamilo com um estalo. Ele soprou de leve o seu cume molhado, causando ao já endurecido bico um latejar doloroso.
―Pronta para sua próxima pergunta?
―Para falar a verdade não.
―Ahh, uma resposta honesta. ― Ele riu. ―Eu acho que seu outro mamilo merece tratamento igual.
Tanya começou a se contorcer novamente quando ele tomou seu outro mamilo em sua boca. Victor chupou muito mais forte, mordiscando e revolvendo com seus dentes a ponta sensível. A resposta daquilo estava pulsando em sua vagina e a estava deixando louca. Ela sabia que receberia um verdadeiro castigo se gozasse, então lutou contra todos os seus impulsos naturais. Mas sabia que provavelmente ia pedir a ajuda dele.
―Oh Deus, Victor, isso é demais; Eu não posso segurar mais.
Ele deu mais uma mordida gentil e então se afastou. Ela suspirou estremecendo.
―Obrigada.

―Não tem de quê. ― Ela ouviu seus passos se afastando e percebeu que estava indo em direção a mesa onde tinha colocado os brinquedos. ―Então o que você conversou com Molly hoje à noite?
Isso era sobre o que na verdade? Ela não podia mentir para ele, mas não soube como poderia lhe dizer todas as coisas que revelou para Molly.
―Nenhuma resposta?
―Eu estou pensando.
―Entendo. Então em vez de só me responder, você tem que pensar sobre o que quer contar?
―Isso está tão errado assim?
―Faz-me pensar por que você não pode me responder diretamente. ― Ela ouviu seus passos retornando para seu lado. ―Você não estaria pensando em mentir para mim, não é?
―Não. ― Assim que a palavra deixou sua boca, ela lamentou. Ele sabia que ela estava mentindo. ―Espere, eu não quis dizer...
―Desculpe você sabe as regras do jogo. ― Algo suave começou a circular seu umbigo. ―Eu me pergunto se você sente cócegas.
―Isso não é uma pergunta, é? ― Ela ofegou quando finalmente percebeu que era uma pena, que ele começou a arrastar para cima e para baixo em seu quadril. Em uma tentativa para evitar a tortura de cócegas, tentou rolar para longe dele, mas ele lhe segurou mantendo-a quieta com a palma da mão em seu estômago.
―Não, afinal de contas eu acho que já sei a resposta. ― Ele arrastou a pena por seus mamilos antes de afundá-la entre suas coxas. Ela apertou as pernas, mas seu desafio não durou muito. ―Não, eu quero que suas pernas fiquem afastadas. Se as fechar novamente eu as prenderei.
Com grande relutância, ela lentamente foi afastando suas pernas. Isso nunca ia funcionar. Em algum momento, ela explodiria. Ela conhecia seu corpo.
Victor também parecia conhecer seu corpo muito bem. A pena provocava sua abertura, a ponta mergulhando dentro dela. Ela fechou suas mãos firmemente quando lutou contra o desejo de fechar suas pernas, gemendo quando ele se afastou. Ele usou a pena encharcada para circular seu sensível clitóris. Ao diabo com isso! Ela não podia agüentar mais. As pernas de Tanya se chocaram ante a tortura e ela tentou seu melhor para mantê-las afastadas.
O suspiro pesado de decepção dele não foi nada comparado ao seu próprio. Mesmo assim, ela pleiteou com ele sabendo que ele não se abalaria.
―Não, por favor, não prenda as minhas pernas.
―Então, como eu posso ensinar você a confiar em mim, se eu fizer uma promessa e depois quebrá-la? ― Ele pegou sua perna direita, prendendo-a ao lado da mesa e rapidamente tratou de fazer a mesma coisa com a perna esquerda. A mão dele acariciou sua panturrilha e um pouco atrás de seu joelho antes de se afastar.
―Você está preparada para responder minha pergunta agora?
Por um momento ela vasculhou seu cérebro, tentando lembrar-se da pergunta, devido à névoa de desejo que estava sentindo. Oh sim, Molly e sua conversa.
―Eu falei com ela sobre nós, sobre eu ter concordado com sua proposta.
Ele ficou em silêncio por um longo momento.
―Isso é tudo?
―Não. ― Por que ele estava fazendo isto com ela? Por que ele não podia ficar satisfeito com uma submissa que estava disposta a fazer qualquer coisa sexual que ele pedia?
―Eu vou ser forçado a tirar tudo de você?
―Eu… Isto é difícil para mim.
―Aqui está um incentivo então. ― Ela ouviu um clique e então o quarto se encheu com um zumbido. Assim que as vibrações tocaram em seu pé, ela soube o que era e também que estava perdida.
―Foi uma conversa sobre confiança. ― ela gritou. Esperou que assim que revelasse, ele desligaria o vibrador, mas não teve tanta sorte.
―Diga-me mais. ― As vibrações começaram a deslizar pela sua perna, mas antes dele alcançar o topo de sua coxa, moveu o brinquedo para a outra perna. Ela sabia que lhe pedia para dizer-lhe mais, mas devia estar louco para pensar que ela podia conversar enquanto ele estava fazendo estas coisas no corpo dela.
Tanya queria que ele movesse o vibrador para sua vagina e ao mesmo tempo esperava que não fizesse. Alguns momentos contra seu clitóris e ela não agüentaria. Ela queria gozar, especialmente depois de toda a tortura que ele tinha feito hoje, mas ela tinha outras necessidades também. Seu lado submisso queria agradá-lo, mostrar-lhe que podia seguir suas ordens.
―O que você disse a Molly sobre confiança? ― A voz dele era a mesma e ela não sabia se estava chateado com sua demora. Tudo que sabia com certeza era que ele não estava parando. As vibrações cobriam a maior parte de seu corpo, neste momento. Em todos os lugares, exceto nos que ela mais esperava e temia.
―Eu disse a ela que… ― ofegou quando ele moveu o vibrador por seu corpo para provocar ao redor da pele suave de seus seios. Concentre-se. ―... Eu tenho medo de me abrir e deixar alguém entrar em minha vida.
―Você já mencionou isso antes. Eu acho que está na hora de você me dizer o motivo.
Essa era a única coisa que ela não queria dizer a ele. Esclarecer seu passado doloroso a faria ficar mais vulnerável do que ser amarrada ou chicoteada.
―Minhas experiências com homens têm me provado que não se pode confiar neles.
―Eu quero detalhes.
Ela não sabia se podia fazer o que ele lhe pedia. Ao mesmo tempo, tinha prometido que confiaria nele, até que ele provasse desmerecer. E até hoje, ele não a traíra.
―Meu pai deixou minha mãe, meu noivo ia me deixar, antes de eu socá-lo. Os homens vão embora. Eu descobri que é melhor eu cortar relações primeiro. Se eu não permitir ninguém entrar na minha vida, não poderei ser machucada.
―Eu quero ser o homem que vai provar que você está errada. Mas até você se abrir para a possibilidade, você continuará a ser desapontada.
No fundo do seu coração, ela ainda se preocupava de ser tudo uma ilusão, mas honestamente queria acreditar nele.
―Eu vou tentar.
―Boa menina. E agora sua recompensa. ― O vibrador causava uma comichão sobre as pontas de seus seios, fazendo-os muito mais duros. A cada momento, esta recompensa estava se tornando mais difícil de apreciar já que não podia gozar. Tanya não podia aliviar a dor de sua vagina, por causa de suas restrições. O único modo o qual receberia satisfação é se pedisse a Victor.
―Victor, por favor, eu não posso suportar mais. Eu quero que... Eu preciso tanto gozar. Por favor, eu posso gozar?
―Já que você pergunta tão lindamente, sim, você pode. ― Ela podia ouvir-lhe ligar o vibrador numa velocidade maior e então ele o apertou forte contra seu clitóris.
Tanya se contorceu com prazer quando as vibrações zumbiram e agitaram seu corpo. Ela arqueou as costas e tentou escapar do tormento do brinquedo, mas ele não foi afastado. Suas pernas e quadris se ergueram retesados; Ela gritou sua liberação quando explodiu, mas ele não parou.
Presa como estava, Tanya foi incapaz de escapar do ataque da estimulação. Mesmo que o primeiro orgasmo corresse rápido sobre ela, ainda podia sentir seu corpo preso em extenuação, não permitindo a ela chegar ao clímax. Até que a intensidade a agarrou e ela quis escapar, enquanto que ao mesmo tempo não queria que tivesse fim.
Finalmente, quando ela pensou que não podia agüentar mais, ele afastou o brinquedo desligando-o. Ela desmoronou contra a mesa, seu corpo ainda em espasmos enquanto tentava se recuperar.
―Eu estou tão orgulhoso de você.
Ela podia sentir o orgulho na voz dele. Tanya sorriu, sabendo que o agradou. Ficou deitada na mesa, vazia, mas feliz. Victor estava desamarrando seus pulsos e ela percebeu a certo ponto que já tinha desatado suas pernas; Apenas não o tinha percebido. Então ele a ajudou a se sentar e tirar a venda. Embora a luz no quarto estivesse tênue, ela piscou e apertou os olhos, mantendo-os fechados. Não sabia onde ele conseguiu a pequena garrafa de água que segurava em sua mão, mas a bebeu com ânsia até esvaziá-la. Quando tentou se mover, se sentiu tonta e sentou fortemente na mesa, soltando a garrafa.
―Sente-se quieta e espere um minuto para você se ajustar. ― Ele se sentou próximo a ela e colocou um braço ao redor de seus ombros. Sem pensar como pareceria, ela deslizou ambos os braços ao redor da cintura dele. Em vez de empurrá-la para longe, como ela temia que ele fosse fazer, ele envolveu seu outro braço ao redor dela, mantendo-o bem apertado. O conforto de seu abraço a embalou como nada mais o faria.
Após alguns momentos, ela lentamente abriu seus olhos e procurou. Não existia nenhum relógio no quarto e não tinha nenhuma idéia de tempo, mas pareceu que eles tinham estado lá há muito tempo.
―Que hora...
―Deseja...
Os dois falaram ao mesmo tempo e ela riu suavemente da ironia daquilo.
―Desculpe. O que você ia dizer?
―Você quer tomar um banho?
A imagem de uma ducha quente pareceu divina e ela afirmou com a cabeça. ―Obrigada, eu gostaria muito. Você sabe que horas são?
―Por que, você tem algum lugar para ir?
―Não, eu só perguntei.
―Tarde o suficiente. ― Ele levantou e então a ajudou a se levantar.
―Tome sua ducha e eu limparei aqui.
Ela acenou com a cabeça e foi em direção a porta. Quando alcançou a entrada, ela virou e olhou para trás por cima de seu ombro para ver que Victor ainda estava próximo à mesa, de costas para ela. Saindo do quarto, caminhou para a suíte master e juntou suas coisas antes de ir para o banheiro.
Por alguma razão, quando o viu lá de pé, ela quis voltar e envolver seus braços ao redor dele. Como se ele precisasse de conforto. Não tinha nenhuma idéia por que aquela estranha sensação martelava em sua cabeça, porque era um absurdo. Ele não precisava de qualquer coisa, certamente não dela. Na verdade, não sabia nem por que ela estava lá ficando com ele, possivelmente por conveniência. Exceto para ela, que estaria duas vezes mais machucada, quando a semana terminar e ela ter que partir.
Ela gostou do chuveiro quente quase fervendo, permitindo que a água quente massageasse seus músculos doloridos. Olhando para seus seios, estudou as marcas do chicote e se perguntou se as do seu bumbum se pareciam com aquelas. Quase odiou admitir, mas a idéia de usar as marcas de Victor a agradava.
Depois do banho, ela se secou e voltou para o quarto, esperando ver Victor lá. Surpreendeu-se por ele não está e ela se perguntou o que deveria fazer. Ele não falou pra ela retornar ao quarto de jogos, mas ela não queria fazer suposições. Olhando para o relógio ao lado da cama, notou que já passava da meia-noite. Ia se deitar por um momento e quando ele entrasse, ela perguntaria pelo próximo passo.
Capítulo Oito

Ela confiara a ele o seu corpo, mas não o seu coração.

O pensamento continuava a reverberar por seu cérebro, enquanto ele limpava o quarto de jogos. Normalmente ele teria feito sua submissa completar aquela tarefa. Mas quando viu o quanto Tanya estava frágil, ele mesmo cuidou do local, seus instintos protetores assumindo o comando. Então escondeu suas tendências naturais e a mandou para o chuveiro assim ele teria tempo o suficiente para processar as informações que descobriu esta noite.
Não tinha nenhuma idéia por que assumiu que ela estaria pronta para saltar em uma relação de amor tão depressa. Pura arrogância de sua parte, ele supôs. Pouco a pouco foi se apaixonando por ela desde o Natal, embora até este momento ele não tivesse admitido nem para si mesmo. A princípio ele apenas a queria, mas agora sabia que era muito mais que isso, ele a amava e precisava dela em sua vida para sempre. Tanya não estava lá, entretanto, não ainda pelo menos. Ele só podia esperar que esse tempo em que estavam juntos fosse o suficiente para despertar o interesse dela, para ficar mais tempo e compreender o quanto seria bom se eles ficassem juntos.
Quando ele entrou no quarto, parou ante a visão que o saudou. Tanya estava nua e enroscada do lado dela na cama, suas mãos dobradas debaixo de sua cabeça enquanto ela dormia. No entanto, isso não foi o que o fez parar. Foi a coleira que ela continuava usando ao redor do seu pescoço. Ele não sabia por que ela decidiu mantê-la, mas para ele significava que ela ainda estava disposta a reconhecer sua propriedade, até fora do quarto de jogos.
Enquanto se aproximou e olhou fixamente, Victor também notou que as marcas em sua pele não eram mais raias vermelhas severas, já começavam a enfraquecer um pouco. Ele sabia que pela manhã as contusões apareceriam e se perguntava como ela sentiria sobre isso. O pensamento que ela estaria vestindo as marcas de sua possessão foi o bastante para apertar seu pênis. Não que ele já não estivesse excitado o suficiente.
Ele a queria naquele momento, embora odiasse despertá-la. Ela parecia tão em paz! No entanto, ele puxou a parte inferior do edredom e a cobriu, antes de ir para o chuveiro.
Se ele tivesse sido mais esperto, teria tomado uma ducha fria. Embora ele duvidasse que aquela temperatura gelada fosse esfriar seu ardor. Sua submissa o estava mantendo no limite. Ele sabia que podia tomar sua ereção na mão e lidar com isso ele mesmo, mas sua mão não o satisfaria naquele momento. Teria satisfeito a dor, mas não a origem. Ele queria Tanya debaixo dele.
Com uma sacudida de sua cabeça, ele depressa se enxaguou e desligou a água. O quarto estava cheio de vapor quando ele saiu do chuveiro, mas isso não o confundiu. Tanya estava lá de pé com uma toalha fofa e grande na mão. O olhar dela se fixou em sua virilha por um longo momento, antes de se voltar para seu rosto.
―Eu devo ter acordado quando ouvi o chuveiro.
―Desculpe. Eu quis deixar você descansar.
Ela pareceu afetada por um momento.
―Não, não se desculpe. Eu estou envergonhada de ter adormecido.
―Você não tem nenhuma razão para estar envergonhada. Foi uma noite exaustiva. Você nunca devia ser tímida a respeito de cuidar de você mesma. Eu não quero que minha submissa seja negligente de suas necessidades. ― De propósito, ele generalizou suas frases na tentativa de não assustá-la. Mas não sabia o quanto seu plano fizera efeito quando assistiu uma nuvem em sua expressão antes dela poder mascará-la.
―De qualquer forma, meu cochilo pareceu me fazer bem. Eu estou acordada agora. ― Ela estendeu a toalha.
―Estou vendo. ― Ele pegou a toalha e se secou, antes de enrolar ao redor de sua cintura. ―Eu também vejo que você continua com a sua coleira.
―Eu… uh… eu espero que esteja tudo bem. ― Sua mão tocou no couro. ―Depois desta noite, eu acabei por sentir a necessidade de mantê-la.
―Eu não me importo mesmo. Na verdade... —ele estendeu a mão e a puxou para perto dele ―... Eu estou muito feliz.
Seu rosto enrubesceu e ela curvou sua cabeça brevemente antes de olhá-lo com um sorriso.
―Também fico feliz.
―Então você está realmente acordado agora. Nenhum sinal de cansaço?
Ela agitou sua cabeça.
―Nenhum.
―Ótimo! ― Inclinando-se, ele a pegou e a colocou em cima de seu ombro. Então a segurou com uma mão em seu bumbum e foi para o quarto. Quando ele chegou na metade do quarto, a tirou de seu ombro e a colocou sobre a cama. ―Eu acho que você está pronta para aquela boa e forte transa que eu prometi.
―Humm, isso parece maravilhoso. ― Ela se recostou contra os travesseiros, apoiando-se nos cotovelos e suas pernas curvadas sedutoramente. Neste momento, ela parecia um modelo de revista erótica, menos a coleira e as marcas dele, é claro.
―Por que você não me mostra? Eu quero ver o quanto você quer.
Sentando-se, ela arqueou um pouco as sobrancelhas.
―Humm, como eu posso convencer você?
Ele se aproximou até que estava ao lado dela na cama e tirava sua toalha, soltando-a no chão.
―Talvez eu possa dar a você uma sugestão.
Ela o alcançou e deslizou seus dedos pelo osso do quadril dele antes de se aproximar mais do seu membro. Como ele não tinha se satisfeito no chuveiro, estava duro e pulsando de necessidade quando ela o tocou. Ele arqueou ao sentir a suavidade da mão dela em sua pele e gemeu. Ela estava deslizando seus dedos de cima a baixo como se tivesse tocando um instrumento musical.
―Humm, muito bom!
Ele começou a expelir um pouco do pré-sêmen e ela esfregou o polegar acima da cabeça, espalhando a umidade ao redor.
―Eu quero provar você. ― A necessidade na voz dela foi mais que evidente e suas palavras pareceram causar um forte impacto no seu estômago. Ele tinha sua própria necessidade e a boca dela era justamente a solução que estava procurando.
―Vá em frente!
Ela sorriu ligeiramente e se debruçou, sua língua se apressou para lamber seu pré-sêmen que se derramava. Olhando-o diretamente nos olhos, ela lambeu devagar da base até a cabeça do seu pênis e então o chupou mantendo-o em sua boca por um momento. Ele olhava fixamente para ela, resistindo ao desejo de controlar a situação. O que ele queria fazer era agarrar a cabeça dela e penetrar sua boca quente e molhada até que explodisse. Ao mesmo tempo, quis permitir que ela ficasse livre. Naquele momento, o último pensamento acabou vencendo.
Ambas as mãos dela estavam embalando seu pênis, acariciando firme, ainda lentamente e de cima a baixo. Seus quadris estavam se movendo no ritmo de suas carícias, empurrando em suas mãos. Ela o deixou por um momento, mas só para se apoiar enquanto se inclinava para frente e o colocava em sua boca mais uma vez. Seus lábios se fecharam em torno da cabeça de seu pênis e ela a circulava com a língua. Era bom, muito bom, mas ainda não o suficiente.
―Mais forte, minha doce putinha, chupe mais forte e me mostre o quanto você me quer!
Ela gemeu e se deslocou na cama. Até algo tão simples quanto chamá-la de sua “putinha” teve o poder de mexer com ela. Tanya baixou mais a cabeça sobre seu pênis, tomando-o mais fundo em sua garganta e usando a sucção de sua boca para o chupar tão forte e duramente quanto ele ordenou.
Não sendo mais capaz de evitar, ele afundou os dedos no cabelo dela, enrolando as mechas sedosas em suas mãos. Ele empurrou os quadris para frente, forçando-a a recebê-lo mais e mais fundo. Quando ele viu seus olhos se alargarem, soltou o aperto da sua cabeça e tentou se afastar achando que ela estava precisando tomar ar. Mas estava errado por presumir que ela estava se apavorando. Ao contrário, ela o agarrou com uma mão para puxá-lo mais perto, não permitindo a ele escapar.
Sua pequena submissa era uma masoquista. Bem, se ela queria a aspereza, a queimadura, quem era ele para negar-lhe? Agarrando-a pelos cabelos, ele empurrou seu pênis na boca dela enterrando o mais fundo que pôde em sua garganta. Ela grunhiu de prazer, suas unhas se cravaram no traseiro dele apertando.
A boca de Tanya sentiu-se no céu e ela o chupou forte e profundo e tentou tragá-lo inteiro. Victor queria gozar, lançar sua semente, mas não estava disposto a acabar tudo ainda. Queria estar dentro de sua apertada e morna vagina, com ela se agarrando fortemente nele enquanto gritava seu próprio e intenso orgasmo. Por mais que odiasse fazer, tinha que afastar sua boca maravilhosa.
―Tanya, querida, você precisa parar. ― Ele tentou se afastar dela, mas era como se ela tivesse sido acometida por uma febre de necessidade. Ela o segurou apertado, se recusando a afastá-lo e continuou a chupar. Ele devia ter percebido que com bajulação ela nunca funcionaria como sua perfeita e pequena submissa. Não, ela precisava de um tipo diferente de incentivo. Ele deu um forte puxão em seu cabelo. ―Pare agora, ou você será castigada!
Sua reação foi instantânea. Ela se afastou de seu pênis e sentou-se de volta na cama.
―Desculpe… ― Sua voz estava rouca e áspera. ―Eu tenho que tomar fôlego agora.
―Eu quero você de costas, agora mesmo e de pernas abertas. Mãos para cima e segure-se apertado, não solte. ― Ele observou com encanto quando ela imediatamente subiu para fazer o que ele pediu. Juntando-se a ela na cama, passou as mãos pela suas pernas e empurrou-as para cima numa posição curvada, com seus pés apoiados na cama.
Ela agarrou as bordas da cabeceira da cama e seu olhar pareceu seguir todo o movimento dele. Ele se abaixou e deslizou um dedo para dentro dela, adorando o fato de encontrá-la bem molhada. Feliz, ele tocou suas paredes internas, fazendo-a se contorcer na cama. Ele a provocou por alguns momentos mais antes de afastar a mão. Então, ajoelhando-se entre suas pernas, com uma mão em cada joelho, ele baixou sua cabeça para saboreá-la. Lambeu e chupou os lábios de sua vagina, antes de mover sua língua para o clitóris. Quando ele suavemente mordiscou o sensível cume, ela ofegou e se apertou contra a boca dele, seus pés se enterrando na cama.
Seus quadris balançaram quando ele continuou a deslizar seus dedos dentro e fora de seu canal, sentindo-a ficar mais e mais molhada. Ele a penetrou com sua mão, rápido e fundo, enquanto Tanya gemia e se erguia empurrando de encontro a seus dedos.
―Oh Deus, eu preciso gozar, por favor, por favor…
―Não, você não gozará, não ainda!
Ela choramingou e se recostou de volta nos travesseiros, mordendo o lábio inferior. Usando a combinação de sua boca e mãos, ele continuou a conduzi-la para a beira do clímax, somente para puxá-la de volta novamente. Ele deslizou a língua para cima e para baixo, antes de enfiá-la mais fundo e lamber sua doce umidade.
―Eu… oh! Droga!…é demais… por favor… ― Lágrimas estavam escorrendo dos olhos dela, enquanto ela lutava contra seu orgasmo.
Finalmente cedendo, ele lhe deu a ordem que ela queria.
―Agora, goze agora!
Ele chupou forte em seu clitóris e a penetrou fundo com três dedos. Ela se contraiu ao redor da mão dele com o golpe de seu orgasmo. Um gemido alto escapou e ela fincou seus pés contra o colchão, empurrando os quadris para cima e se apertando contra a boca dele. Seus sucos fluíam e gotejavam escorrendo pelo seu bumbum.
Ela desmoronou nos travesseiros, seu peito subindo e descendo a cada respiração. Ele levou seus dedos cobertos pela umidade dela e os colocou sobre seus lábios.
―Limpe minha mão. ― Ela avidamente os chupou, lambendo seus próprios sucos.
Tinha sido uma noite longa, mas Victor ainda não estava satisfeito. Sua entusiasmada e pequena submissa merecia uma boa e completa transa e ele estava mais que disposto a dar isso para ela.
Embora abalada pela intensidade de sua liberação. Tanya não estava de nenhuma maneira pronta para que a noite terminasse. Estava esperando ansiosamente para tê-lo dentro dela, enchendo-a. Seus músculos vaginais latejavam ante o pensamento. Realmente ela se tornou uma puta para ele, sua necessidade substituía o seu bom senso. Era como se não pudesse controlar como o seu corpo reagia. Victor estava no comando agora.
Com pensamentos inquietantes correndo por sua cabeça, Victor deitou-se. Ele apoiou os travesseiros atrás dele e esticou-se no meio da cama.
―Pegue um preservativo na gaveta. ― Ela abriu a gaveta ao lado da cama e pegou o pacote antes de fechá-la. Sua boca encheu d’água à vista do pênis dele, rígido e duro. Lambendo os lábios, ela se sentou e esperou, se perguntando quanto tempo mais ele a faria esperar. ―Eu quero que você o coloque em mim.
Ótimo, não tanto tempo, afinal.
Ela rasgou o pacote e retirou o objeto de látex. Colocando-o na ponta, ela rolou pra baixo, cobrindo sua ereção. Ela o sentiu quente e pulsando em sua mão e mal podia esperar até que ele estivesse dentro dela.
―Eu quero que você afunde sua doce vagina em mim e me cavalgue.
Suas palavras eróticas a fizeram tremer de desejo. Ela o obedeceu. Era uma necessidade que não podia ignorar. Rastejando em cima dele e entre suas pernas, Tanya ajeitou seu corpo até que ficou escarranchada, um joelho de cada lado de seus quadris. O pênis roçou sua coxa e ela estremeceu ao sentir sua dureza, seu desejo por ele anulando todos os outros pensamentos. Agarrando-o pela base, se esfregou em sua ereção, incitando a ambos com a possibilidade do que viria. Victor não pareceu apreciar sua provocação, dando-lhe uma palmada em sua nádega e chamando sua atenção. ―O que...
―Sem mais jogos. ― As mãos dele seguraram rápido seus quadris, impedindo-a de se balançar em cima dele novamente. ―Você vai ser uma boa menina, ou você quer ser castigada?
De alguma maneira, ela achou que realmente não apreciaria este castigo.
―Eu vou ser boa!
Ele deu-lhe outra palmada aquecendo seu bumbum e fazendo sua dor para ele ainda mais excitante.
―Escolha excelente!
Então ele moveu suas mãos para longe do corpo dela, permitindo-a aproveitar a oportunidade para provar que faria a coisa certa. Tanya sabia que não podia deixar por menos. Almejar sua aprovação era como uma droga. Posicionando o pênis em sua entrada, ela lentamente começou a se abaixar sobre ele. Centímetro por centímetro, afundou mais e mais e sua dureza alargou seus tecidos delicados. Seu canal se apertava ao redor dele enquanto ele a preenchia.
Ele correu as mãos por suas nádegas, apertando os globos suaves. Acariciou a curva de seu bumbum e inseriu um dedo massageando seu ânus de um lado para outro. Tanya gemeu ante a proibida sensação. A estimulação foi inesperada, mas ela deu as boas-vindas empurrando de volta contra a sua sondagem. O que ele fez em seguida a chocou, embora não soubesse por que, já que já havia experimentado o plug anal.
Usando a umidade que escorria de sua vagina, ele apertou o dedo contra sua abertura anal. Com um movimento rápido, empurrou diretamente nela. Ela mordeu o lábio ante a invasão. Não foi doloroso, só assombroso. Ele torcia o dedo dentro dela e ela se arqueava pelo ataque.
Gemendo, ela se debruçou sobre ele e se segurou na cabeceira da cama. Seus seios apontavam direto para Victor que se aproveitou da proximidade. Ele capturou um mamilo em sua boca e chupou forte por alguns momentos. Ao mesmo tempo, beliscou o outro mamilo antes de soltá-los. As excitações múltiplas a estavam deixando louca e Tanya balançou seus quadris em resposta.
Mas embora Victor estivesse lhe permitindo alguma liberdade, ela sabia que ele não estava disposto a desistir do controle. E logo descobriu que ele não ia esperá-la tomar seu tempo. Antes que percebesse o que estava fazendo, ele afastou-se de seu traseiro e envolveu suas mãos ao redor de sua cintura, puxou-a forte para ele. Estava completamente errada ao pensar que antes estava cheia, com um movimento, Victor empurrou-se até as bolas, bem profundamente dentro dela.
―Oh Deus, completamente preenchida! ― Ela não podia pensar; Ela só podia sentir. Sentia como seus músculos apertavam a dureza dele, enquanto as mãos se fincaram em seus quadris e como não podia ignorar sua própria necessidade de se mover. Usando suas pernas como alavanca, Tanya começou a montá-lo, subindo e descendo no membro duro.
―É uma sensação boa, não é? Você adora ter seu sexo cheio e dolorido.
―Bom, muito bom! ― Ela era incapaz de frases completas. A fricção ao montá-lo a estava levando a um forte estágio de excitação. Seu clitóris estava sendo estimulado quando ela impulsionava para baixo ao ponto dela não saber se conseguia dar mais um impulso. Mas não podia parar. Não queria parar. A única coisa que sabia era que ela não podia gozar, não ainda. Não até que ele permitisse.
―Oh sim, eu sei o quanto você gosta disso. Sua vagina esfomeada está me segurando tão apertado que não quer me deixar sair. ― Suas palavras a estimulavam tanto quanto seu corpo. Seu orgasmo foi subindo sobre ela, mas não quis implorar. Sua respiração se acelerou e o corpo trêmulo mostrava como ela estava se sentindo ―Você não ouse gozar sem minha permissão.
―Não, não, eu sou uma boa garota.
―Está certo, você goza para o meu prazer. Quando eu quiser você goza. Só quando eu quiser!
Ela movimentou sua cabeça, incapaz de responder verbalmente, o poder de fala a tinha abandonado. Havia só um pensamento penetrando em seu cérebro neste momento. Ela precisava se controlar.
Ele agarrou a nuca dela e baixou sua cabeça para capturar seus lábios num beijo profundo e ardente. Quando ele finalmente se afastou, ela foi selvagem atacando-o com seus lábios e boca. Ela mordiscava a trilha entre seu queixo e pescoço e acima de seu ombro, plantando beijos ao longo do caminho. Ao mesmo tempo, ele continuou a empurrar seus quadris, bombeando seu pênis nela.
Ela prometeu que não imploraria, mas estava alcançando um ponto sem volta.
―Eu não sei… quanto mais tempo.… Por favor, me ajude.
―Você está me pedindo para permiti-la gozar? ― Seus quadris não paravam de se mover.
―Sim, sim.
Em um movimento surpresa, Victor rolou por cima dela até que ela estava de costas e ele a apertando na cama.
―Você está pronta para gozar?
Ela abriu a boca para gritar um caloroso “sim, claro”, no entanto parou por um momento.
―Se for o que você quiser de mim. ― Tanya não teve a mínima idéia de onde as palavras vieram, mas assim que disse, soube que foi a resposta correta. Os olhos dele escureceram e ele moveu o braço para debaixo de suas pernas, empurrando-as e as abrindo ainda mais.
―Você é uma menina boa, muito boa. ― Ele puxou os quadris e então os projetou novamente para frente, afundando seu pênis o tanto quanto pôde de uma só estocada. Ela gemeu, seu corpo levando-o a querer mais. Então ele acelerou os movimentos, para frente e para trás, seus quadris pareciam um borrão pelos movimentos acelerados. ―Goze pra mim, minha doce submissa. Goze agora!
Com essas palavras, ele a liberou e Tanya gritou seu orgasmo com uma torrente de prazer se despejando sobre ela. Victor continuava o seu poder, penetrando-a bem forte conforme tinha prometido. Ela estremeceu e se sacudiu com a força que estava transpassando a ambos. Ele jogou a cabeça para trás e num rugido primitivo, gritou o seu próprio orgasmo.
Tanya agarrou-se em seus ombros e o segurou bem perto, apreciando sentir seu corpo no dela. A cabeça de Victor estava enterrada em seu pescoço, sua respiração ofegante, enquanto seus espasmos continuavam. Passara-se muito tempo com ambos lutando para recuperar o controle.
Victor saiu de dentro dela e se levantou deixando o seu corpo livre. A perda foi mais intensa que qualquer uma que já sentiu e ela resistiu ao desejo de puxá-lo de volta. Rolando pela cama, ele andou a passos largos para o banheiro e ela ouviu a água correndo. Logo retornou ao quarto com um pano morno e começou a limpá-la.
Seu corpo pareceu sem os ossos, como se estivesse flutuando em uma onda. Percebeu que o cansaço pelos intensos eventos da noite a estava finalmente alcançando e o esgotamento aparecia. Victor pareceu sentir também. Ele tirou as mechas de cabelo do seu rosto, olhando-a fixamente com uma expressão que não podia descrever.
―Vá dormir agora.
Ela riu.
―Só porque você ordenou não significa que eu vou poder adormecer.
―Entendo. Você recebeu sua recompensa e agora não tem mais que seguir meus comandos ― Existia uma pequena provocação na voz dele.
―Sim, isso mesmo. Eu decidi ser uma menina má. ― O sarcasmo era mais que evidente em sua voz.
―Uma menina má, hein? ― Ele jogou a toalha sobre a mesa de cabeceira e se reuniu a ela na cama. Ele lembrava-lhe uma pantera, perseguindo sua presa. Ela escorregou para trás, numa falsa tentativa de fuga. A verdade, claro, é que ela não queria mesmo escapar. ―As meninas más são castigadas.
―Talvez seja isso que eu esteja procurando.
Ele deu uma risada má.
―Ahh, mas seu castigo poderia não ser o que você espera. Em vez de uma surra severa, talvez eu lhe negasse sua coleira.
Ela ofegou, a mão indo direto para sua garganta. Embora eles estivessem brincando sobre seu castigo, a idéia dele tomar a coleira dela foi uma coisa que ela não queria nem pensar. Mais que nunca, ela percebeu que a coleira era mais que somente outro brinquedo no jogo deles. Para ela, representava a possessão dele sobre ela e a idéia que ele poderia negar-lhe aquela conexão que existia entre eles a machucava, mais que a idéia de receber uma surra.
―Não, isso definitivamente não é o que eu estou procurando. ― O prazer que sentira antes em provocá-lo desaparecera de sua voz. Então, não devia ter ficado surpresa por ele imediatamente notar sua seriedade.
―Ei e agora, o que foi? ― Com um dedo embaixo de seu queixo, ele balançou sua cabeça. ―Não há razão para ficar chateada.
Ela moveu sua cabeça, afastando-se de seu toque.
―Eu não estou chateada, é...
―Antes de você finalizar seu pensamento, deixe-me lembrar a você uma coisa, o jogo de verdade e conseqüências pode ter terminado, mas você nunca terá permissão para mentir. Você pode me falar a verdade sempre, mesmo que pense que não seja o que quero ouvir. Entendeu?
―Sim. ― Mesmo que ela não tenha gostado daquilo.
―Agora, você pode terminar aquela declaração.
Ela lambeu os lábios.
―Eu sei que nós estávamos só brincando, mas você estava certo. Eu fiquei chateada e não gostei de como me fez sentir.
―Chateada, por quê?
―Eu não gostei do castigo.
―O castigo não é para você gostar dele, mas para aprender com ele.
Ela certamente aprendeu. No entanto não sentiu muito prazer com o aprendizado. E ela pressentiu que o resto da semana iria revelar-se desconcertante.
Capítulo Nove

Hoje foi o sétimo dia, o fim da semana e a experiência tinham terminado. E Victor ainda não estava mais perto de saber se balançou Tanya e a fez considerar que seu acordo era algo mais que uma situação temporária. É claro que ele não quis perguntar a ela. Em vez disso, apreciou muito o fato de ter estado com ela, ignorando o tempo que continuava a passar. Os últimos dias foram de orgasmos e felicidade, mas agora estava terminando e não podia mais enterrar sua cabeça na areia. Ele tamborilou os dedos na mesa, enquanto se perguntava o que mais podia fazer para ganhar a confiança dela. Sabia que era algo que ela determinaria e não teria nada a dizer.
―Ei, sujeito, pensei em parar aqui somente para lembrar a você, mais uma vez, que vou estar sentado na praia debaixo de um guarda sol tomando um drink enquanto você tem a oportunidade rara de ficar aqui e trabalhar pelas próximas duas semanas. ― Brandon relampejou um sorriso jocoso para Victor quando terminou seu resumo sarcástico.
Victor estava mais interessado em sua obsessão por seus problemas com Tanya, que deu a ele uma réplica mordaz.
―Tenha um bom descanso.
―Opa, o que está acontecendo com você?
Victor o olhou franzindo a testa.
―Nada, por quê?
―Nenhum comentário sobre beijar meu traseiro e sobre a escolha de minha bebida erótica. Nenhum “cale a boca, idiota, eu odeio férias e amo trabalhar vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana”, você está doente?
―Corajoso, ha, ha. ― Victor agitou sua cabeça com resignação. ―Eu sou bom com você e você pensa que algo está errado.
―Inferno sim, eu acho que algo está errado. Você é o “Homem de Gelo”. Você não deveria ser bom.
―Nossa, obrigado.
Brandon bufou.
―Sem problema, cara. Agora o que é?
Por mais que Victor apreciasse sacanear com Brandon de vez em quando, eles eram amigos há muitos anos e não podia justo agora deixá-lo de fora.
―É Tanya.
Brandon fechou a porta atrás dele e sentou-se na cadeira em frente a ele, então colocou seus pés em cima da mesa de Victor.
―Eu adverti você que isso poderia acabar mal. E só foi o que, uma semana? Isso foi um recorde para você, não foi?
Victor sabia que não tinha uma boa reputação com as mulheres, mas isso é porque não tinha achado a mulher que o completava do modo como ela fazia.
―Eu não preciso de um “eu disse a você”, especialmente de você, então pode sair.
―Bem, você precisa de alguma coisa. Tanya é legal. Por que você está brincando com ela?
Victor estreitou o olhar num gesto ameaçador.
―Você tem alguma coisa com Tanya?
―Uau, como é ciumento!
―Cale a boca e responda a pergunta! ― E era melhor ele fazer rápido, antes que eu rasgue seu peito e tire o seu coração.
―Não, eu não tenho nada com ela. Mas você sabe. Eu devia considerar o fato. Ela não merece ser usada e depois jogada fora por você.
―Bem, surpresa, surpresa. Eu não a usei e eu não planejo jogá-la fora. ― Victor correu uma mão por seu cabelo, o aliviava o fato que não seria forçado a matar seu amigo. ―Eu a amo, Brandon e eu não vou deixá-la sair da minha vida.
―Uau! ― Com tal declaração, Victor pareceu ter atingido Brandon, pois este ficou mudo por um momento. ―Puxa cara eu não tinha idéia que fosse tão sério. Eu pensei… bem, você sabe o que eu pensei.
―Sim, eu sei. Mas é ela, a única.
―Então qual é o problema?
―Você sabe quais são as minhas inclinações. ― Eles tinham sido amigos desde a faculdade e eles guardaram segredos um do outro por anos. Victor sabia que não precisava ser cuidadoso com o que dizia a Brandon e pedir para ele ficar quieto e qualquer coisa que eles discutissem não sairia daquela sala.
Brandon movimentou a cabeça com uma expressão mal-humorada.
―E ela não está se encaixando nisso?
Victor suspirou.
―Com certeza, ela é o epítome de minha perfeita submissa, tudo que eu podia ter esperado, com exceção de uma coisa. Ela não está pronta para fazer aquele compromisso final para esse estilo de vida e para mim, porque está assustada. Tanya pensa que pode brincar esta semana e depois voltar para sua tranqüila e doce vida.
―Esta semana?
―Sim, eu fiz uma proposta para ela ser minha submissa por uma semana. Hoje é o último dia de nosso acordo.
Brandon tirou suas pernas da mesa, agitando sua cabeça.
―Vocês dois são uns idiotas. Você por fazer tal oferta em primeiro lugar e ela por concordar com ela. Vocês não podiam simplesmente namorar como gente normal faz?
Victor bufou.
―O que é normal?
―A verdade. ― Brandon levantou e Victor fez o mesmo. ―Eu desejo sorte a você, homem. Além do mais, eu não quero perder a gerente do escritório.
―É só o seu interesse que conta, não é? Egoísta bastardo.
Brandon sorriu.
―Agora sim, o ranzinza que eu conheço e amo.
Victor saiu de sua mesa e abriu a porta pra ele.
―Vá em frente, saia daqui e aprecie suas férias.
―Obrigado, eu irei. Duas semanas ao sol em um resort, sem nenhuma regra, o que mais um homem pode querer? ― Brandon sorriu e saiu do escritório, quando Victor retornou a sua mesa. Victor sabia que só queria uma coisa e era Tanya. Ele planejou puxar todas as amarras naquela noite para ter certeza que ela sabia disso.

* * * * * * * * * *

Victor ficou sentado esperando Tanya entrar na sala de jogos. Deu-lhe instrução rigorosa para se preparar para aquela noite. Enquanto ela se preparava no banheiro, ele havia arrumado a sala. Queria fazer com Tanya algum jogo sensual esta noite. No sentido mais amplo, estava sendo um pouco romântico.
―Oh meu... ― A resposta no suspiro de Tanya quando entrou no quarto deixou-lhe saber que a tinha surpreendido novamente. ―É… lindo!
Olhando o quarto, ele teve que concordar com ela. Acendeu várias velas e as colocou por todo o espaço, a luz banhava o quarto em um brilho suave e incandescente. Havia uma música suave tocando ao fundo, completando o cenário.
―Fico feliz que tenha gostado. ― Victor caminhou até onde ela estava e deslizou seus dedos por seu braço nu. Ela estava completamente nua, como ele ordenara e seu cabelo preso em um rabo-de-cavalo alto. A maior mudança era que sua vulva estava agora completamente lisa. Embora ele gostasse de olhar seus pêlos púbicos aparados, sem nenhum pêlo estava definitivamente combinando com o que ele planejou para a noite. Pegou a coleira que estava com ele e se colocou atrás dela apertando-a ao redor de seu pescoço mantendo bem segura.
Quando retornou para seu lado, Victor notou Tanya olhar fixamente para a mesa de massagem, uma vez mais instalada no meio do quarto. Ele colocou um plástico debaixo da mesa e um lençol por cima.
―O que vai acontecer hoje à noite?
―Eu não sou um profissional, mas pensei que você gostaria de uma massagem.
Ela piscou em óbvia surpresa.
―Um… sim, eu adoraria.
―Em cima na mesa então, rosto para baixo para começar.
Quando ela subiu na mesa e se ajeitou, ele pegou a garrafa de óleo que iria usar. Tinha um cheiro sensual de amêndoa e ela suspirou de prazer quando ele pingou umas gotas em suas costas. Levou um tempo massageando suas costas e ombros antes de partir para seus braços e pernas. Ela estava praticamente mole quando ele falou que se virasse.
Depois que finalizou o trabalho em suas costas, ele mostrou sua próxima surpresa. ―Eu vou pôr a venda em você.
―Oh… tudo bem. ― Quando ela deu seu consentimento ele esboçou um sorriso e se conteve. Ela parecia pensar em uma palavra para dizer e usar a máscara.
A massagem tomou um rumo mais sedutor quando ele pingou o óleo na parte da frente de seu corpo. Ele começou com seus braços, mas depressa deslizou por sua clavícula e mais embaixo em seus seios. Gastou uma grande quantidade de tempo em seus seios e concluiu beliscando cada mamilo. Quando ele começou em sua barriga, Tanya estava respirando acelerado e se mexia na mesa.
Victor voltou sua atenção para as pernas dela começando com os pés e movendo-se para cima, abrindo-as e deixando-as mais afastadas conforme ele progredia. Com todo o pêlo removido de seu montículo, ele claramente podia ver a carne sedosa de sua vagina que brilhava com seus próprios óleos.
Massageando a parte interna de suas coxas, ele continuou um pouco mais próximo de sua vulva, sem realmente tocá-la. Quando ele liberou seu aperto sobre ela e se afastou, ela realmente deu um suspiro de decepção. Ele mal podia esperar para surpreendê-la como tinha planejado.
Ele pegou quatro velas de parafina e as colocou nos suportes, acendendo-as. As velas não tinham nenhum cheiro, mas uma variedade de cores. Victor esperava ansioso para vê-la coberta pelos desenhos intricados que ele ia fazer nela.
―Eu tenho um tratamento especial para você. ― Ela moveu a cabeça em sua direção à medida que ele falava. ―Mas você precisa fazer uma coisa por mim.
―O quê?
―Não importa o que aconteça você precisa permanecer quieta. Eu não quero machucar você. ― Ele podia ver seu corpo tremer com o pensamento do desconhecido. ―Se for demais para você, eu preciso que me deixe saber, entendeu?
Ela afirmou com a cabeça.
―Sim, eu informarei.
―Boa menina.
Ele pegou a vela vermelha primeiro e segurou-a iluminando diretamente em cima do corpo dela. Balançando a vela, ele pingou a cera se agrupando em cima de sua barriga. Quando a primeira gota bateu em sua pele, ela imediatamente reagiu.
―Ahhh… ― Suas mãos se crisparam e suas costas arquearam. ―O que...
―É cera. ― ele explicou. ―Eu quero ver você se contorcendo debaixo da cera enquanto eu pinto seu corpo com as cores.
Pegando a vela azul, começou a desenhar círculos em cima de seus seios, circulando cada vez mais próximo de seus mamilos. Então, retornando ao vermelho, ele soltou a cera quente sobre as pontas enfeitadas com contas. Tanya gemeu, fincando seus dedos nas extremidades da mesa num esforço para evitar se mover.
―Seus seios parecem tão gostosos agora, como dois bolinhos de glacê cobertos com uma cereja.
Ele foi para o fim da mesa e começou a pingar a vela verde em suas pernas. Seu coração encheu-se de prazer quando ouviu o doce suspiro exalado dela, conforme ele subia para mais próximo de sua vagina. Isto estava se tornando uma experiência atormentadora para ela.
―Isso é… eu não estava esperando algo assim. ― Ele riu da voz maravilhada dela. Ela ainda não tinha conciliado a dor-prazer que era o fator de sua submissão, mas também não a negava.
Pronto para a última vela, ele começou a pingar a cera preta em cima de sua vagina. Suas pernas se fecharam violentamente ao contato sensual e ele imediatamente se irritou.
―Eu estou muito desapontado com você.
Um olhar ferido cobriu o rosto dela.
―Eu… eu não pude evitar.
―Não é verdade. Você fez o que queria em vez de fazer o que eu lhe disse que fizesse. Seus desejos anularam os meus.
―Não… eu quero dizer, eu sinto muito.
―Não é o suficiente. ― Ele sabia que poderia parecer severo, mas quis que ela entendesse que se ia ser sua submissa, então pequenas rebeliões como esta não seriam toleradas.
―Abra suas pernas, agora!
Com uma carga de apreensão enchendo-a, Tanya fez como ele mandou. Pela primeira vez desde que estava com ele, estava quase com medo do que iria ser o seu castigo. Ela não teve nenhuma idéia do que esperar e a apreensão por todas as coisas que ele poderia fazer a enchiam de medo.
Victor pôs as mãos em concha em seu montículo nu.
―De quem é essa vagina?
―O que? ― Ele não podia estar lhe perguntando uma coisa tão óbvia, não é?
―Resposta errada. ― Victor afastou sua mão, só para estapear-lhe em sua carne tenra.
―Ahhh. ― A comichão fez seu corpo arquear em reação e ela podia sentir as lágrimas se formando. A dor não foi a pior que já sentira somente foi inesperada. Ele não queria dar-lhe um tapa sensual, mas um corretivo. O problema era que não sabia a resposta certa e estava com um pressentimento de estar sem tempo para descobrir.
―Você quer tentar a resposta novamente?
―Eu não sei o que você quer.
Crack! A mão dele estapeou sua vagina novamente.
―Você está realmente começando a me desapontar.
Crack! Crack! Aterrissaram mais duas em uma seqüência rápida.
As lágrimas começaram a cair de seus olhos. Ela podia lidar com a dor. O que não tinha estômago era para a decepção dele por ela. Se somente pudesse ter mantido suas pernas separadas da forma que ele queria, nada disso teria sido necessário.

.… Como ele queria.

―É sua vagina! ― ela exclamou subitamente compreendendo.
―Muito bom! ― O prazer contido em suas palavras. ―Minha vagina, meu bumbum, meus seios, minha boca, minha submissa.
―Sim, seu, é tudo seu!
―Ótimo. Fico feliz que você finalmente entendeu.
Tanya podia ouvir-lhe se movendo ao redor e manteve suas pernas abertas largamente, sabendo que faria tudo que estivesse ao seu alcance para tentar e recuperar o orgulho dele para com ela. Quando seu dedo deslizou pelos lábios de sua vagina e ele passou a unha pelo seu clitóris exposto, ela pensou que poderia gozar imediatamente na mesa. A cera quente pingando sobre o núcleo sensível a fez gemer e tomar fôlego estremecendo.
―Oh Deus!
―Você está sendo uma menina muito boa agora. Na verdade, eu acho que você merece uma pequena recompensa.
Victor afastou-se enquanto ele ficou lá, deitada e dolorida de necessidade. Tanya queria gozar, mas não esperou que ele fosse permitir de boa vontade depois de sua desobediência anterior. Pelo menos não ainda. Ela teria que mostrar mais que só alguns minutos de complacência. O hálito quente dele acariciou sua orelha quando ele se debruçou para baixo aproximando-se de sua cabeça.
―Você quer provar sua submissão para mim agora mesmo, não é?
Ele parecia ter o poder de ler seus pensamentos tão bem!
―Sim.
―Ótimo, é muito, muito importante que você permaneça perfeitamente quieta. ― Ela ouviu o distinto barulho de metal, quase como uma faca sendo puxada de sua bainha. ―Eu vou usar esta lâmina para remover a cera de seus seios.
Ela sentiu seu corpo estremecer ante o pensamento de uma faca raspando em uma área tão sensível. Mas o que mais a preocupava era a cera que ele pingara sobre o seu clitóris. Será que ele queria remover a cera de lá do mesmo modo?
Quanto mais tempo ele demorou em começar, mais nervosa ela ficava. Então ficou com raiva se si mesma. Ele nunca a machucaria. Até seus castigos não tinham sido verdadeiramente dolorosos. Se confiasse nele, tudo daria certo. Somente precisava fazer o que ele mandou e permanecer totalmente quieta. Quando finalmente percebeu, pode sentir seu corpo relaxar.
―Isso garota, muito bom! ― Ele acariciou com a mão a curva de sua bochecha e ela lutou com o desejo de se voltar para a carícia. Perfeitamente imóvel. Era o seu único pensamento no momento.
Quando a faca fria tocou em sua pele aquecida, Tanya respirou profundamente. Não sabia por que a lâmina estava gelada e molhada, mas as sensações combinadas de metal frio e cera quente foram esmagadoras para os seus sentidos. Isto ia ser até mais difícil do que ela imaginou.
Ele começou no topo de seu seio direito, raspando toda a curva para remover a cera. Então, pegando a ponta vermelha, ligeiramente ergueu-o para raspar com a lâmina o lado inferior. Agora tudo que faltava era limpar seu mamilo. Com um toque mais delicado, ela podia sentir o metal ser posto no bico enrijecido.
―Você foi muito bem até agora.
Tanya lambeu os lábios e sorriu feliz agradando-o.
Ele seguiu para o seio e mamilo esquerdos, sujeitando-os ao mesmo tratamento que o direito. Quando ele terminou, ela estava tremendo. Não de susto, mas de paixão. Tão louco quanto pareceu, a faca que raspava em cima de sua pele tinha sido como ligá-la. Pensava que estava pronta para gozar antes, agora estava à beira do abismo. E ele até agora não havia tocado em seu clitóris para tirar a cera.
―Minha pequena submissa, está gostando de sua recompensa? ― O dedo dele escorregou por sua abertura, deslizando de um lado para outro na umidade que ali havia se juntado.
Ela podia sentir-se corar na verdade do que estava para dizer.
―Sim. O quente e o frio estavam tão… estimulantes.
―Já que você fez tão bem, eu tenho outra surpresa para você.
―O que?
―Você só terá que esperar e ver. Mas primeiro, nós precisamos nos livrar disto. ― Ele raspou uma unha acima de seu clitóris para remover um bocado de cera, causando nela um grito de surpresa. ―Está feito agora.
Ele começou a limpar, juntando a cera que tinha removido de seus peitos e jogando fora. Quando retornou para seu lado, colocou a mão em sua barriga. Ela imediatamente percebeu que ele estava usando algum tipo de luva áspera. O material parecia duro e ela se perguntou se era feita de borracha.
―Isto é uma luva de escovar cavalos, mas eu gosto de usá-la para remover cera. ― Ele começou a massagear sua barriga, deslizando por sua carne suave. As cerdas da luva raspavam sua pele, mas não perfuraram sua carne. ―Como você tem sido uma menina tão boa, depois que aprendeu sua lição sobre quebrar as regras, eu vou permitir que você se mover, se você quiser.
―Obrigada. ― Ela esticou a mão em seguida, deleitando-se com a liberdade que ele lhe deu.
―Só lembre-se, você ainda não pode gozar sem minha permissão.
Movendo-se para suas pernas, ele repetiu a massagem, começando mais uma vez pelos seus pés e subindo com os movimentos. Embora ele tenha dado a escolha para ela se mover, jurou que não fecharia suas pernas, não importava o que acontecesse. Foi um voto que logo ela chegou a lamentar, quando a mão dele alcançou a parte interna de suas coxas.
Quanto mais ele se aproximava de sua vagina, mais ela almejava o seu toque. Queria que ele pressionasse a luva contra seu clitóris. Queria que ele a penetrasse com seus dedos cobertos. Tanya curvou seus quadris num grito abafado e mudo para um contato onde mais precisava.
―O que foi? Diga-me do que você precisa.
―Por favor, por favor, me toque.
―Eu estou tocando em você.
―Não! ― O desespero em sua voz foi alto e claro. ―Enfie os seus dedos em mim, belisque meu clitóris, por favor!
―Tem certeza que é o que você quer?
―Sim, sim, por favor!
Ele moveu sua mão para abrir, separar e alargar suas dobras. Os dedos deslizaram para seus lábios vaginais, massageando a carne tenra com a borracha dura da luva. Mas não foi o suficiente. Ela queria ser penetrada, sentir a dureza em seu clitóris, apertando-a até que tivesse um orgasmo dilacerante. Foi quando ela percebeu o que tinha feito.
Tanya implorou por seu próprio tormento. Porque Victor nunca lhe daria sua permissão para gozar. Ele perguntou se ela tinha certeza e ela estupidamente concordou sem pensar. Ela ou ele falharia na dor ou frustração. Nenhuma opção pareceu atraente.
Oh, muito lentamente ele começou a empurrar um dedo nela. Ela arqueou suas costas da mesa em necessidade, querendo a abundância, enquanto a temia ao mesmo tempo.
―Tão faminta, minha putinha. Quanto tempo você pensa que pode evitar o inevitável?

Enquanto for preciso.

―Não goze sem permissão. ― Tanya insistiu, sua respiração curta, áspera e severa, se perguntando se poderia de fato cumprir a promessa.
Victor curvou seu dedo para cima, acariciando suas paredes internas, infalivelmente achando seu ponto G. Sua cabeça foi forçou-se para trás e impotente na mesa, enquanto ela lutava com seu próprio corpo. Ele adicionou um segundo dedo então, apertando-se dentro dela, forçando pelos tecidos inchados e delicados. Ela puxou os quadris, tentando sem sucesso fugir de sua mão persistente, no entanto, não estava querendo mesmo escapar.
―O quanto você é forte?
Ela não teve chance de responder. Só então sentiu um roçar por seu clitóris, um toque apenas, que ela sentiu quase como se fossem as asas de uma borboleta. Ela a sentiu fortemente em sua área dolorida, mais e mais apertada até que seus sentidos rodaram. Com seu coração batendo de modo selvagem, tudo desapareceu, exceto as sensações centradas entre suas pernas. Ela apenas sentiu o dedo adicional acrescendo-se nela, trabalhando nela com somente um pouco de aspereza.
Era um castigo delicioso. Ela queria que acabasse. Ela queria continuar para sempre; Ela queria gozar. A necessidade de seu prazer guerreando com seu desejo de agradá-lo. Mas seu corpo estava começando a traí-la. Tanya não sabia quanto mais longe ela poderia ir.
Ele começou a puxar seu clitóris então, fazendo-o inchar e pulsar com necessidade. Ela sofria com o ataque impetuoso.
―Oh Deus, eu não suporto mais. ― Soluçando com frustração, arqueou para trás, empurrando sua pélvis contra sua mão malvada, implorando-lhe pela liberação.
―Implore!
―Deixe-me gozar, por favor, pelo amor de Deus!
Ele fez um som de decepção.
―Isso não pareceu muito submisso para mim. Tente novamente!
―Por favor, deixe sua puta gozar. Eu sofro tanto. Por favor, por favor, por favor!
Ele começou a esfregar furiosamente em seu clitóris.
―Goza, goze agora!― O orgasmo a rasgou como uma explosão, um espasmo depois de outro reverberando ao longo do seu sexo encharcado. Justo quando estava começando a aterrissar e conseguindo controlar sua respiração, percebeu que ele não parou seus movimentos. Ele continuou a golpeá-la, empurrando-a em direção a outro patamar, um orgasmo ainda mais alto.
Depois do clímax sem fim, ele finalmente removeu sua mão, permitindo-a desmoronar de volta na mesa, completa e mole. Ele suavemente removeu a venda e acariciou a sua bochecha. Ela ficou lá deitada, incapaz de se mover enquanto ele limpava e se livrava do resto da cera de seu corpo. Girando sua cabeça ligeiramente, ela o viu retornando para seu lado. Era impossível para ela não ver sua ereção esticando o zíper.
Victor tinha lhe dado tanto, tentando-a e provocando-a antes de levá-la para as alturas da paixão. O tempo todo se negando um orgasmo. Ela o alcançou e passou seus dedos por sua protuberância. Ele a surpreendeu apertando seu pulso e puxando-a para longe dele.
―Quem disse a você que podia me tocar?
―Eu… ninguém.
―Você não pode evitar, não é mesmo?
Ela balançou a cabeça, desanimada. Havia uma necessidade que não podia resistir.
―Eu queria agradar você.
Ele afastou sua mão com uma risada.
―Oh você irá. Mas não será sua mão que vai me satisfazer.
Ela estremeceu de prazer, perguntando-se o que mais ele planejava.
Capítulo Dez

Victor sorriu ante o olhar de prazer que atravessou os olhos de Tanya. Ele amou o fato dela não poder mais disfarçar seus desejos. E ele não podia mais negar sua necessidade para ela. Mesmo assim, permitira que ela escapasse de suas funções de submissa uma vez. Não seria bom se tornar um hábito.
―É hora de você limpar o quarto.
Ele foi para uma cadeira confortável no quarto e se sentou. Pensando que ela seria reticente, ficou surpreso quando ela saltou da mesa para fazer o que ele pedira. Tanya foi rápida e eficiente no trabalho e ele podia apreciar a visão dela nua e limpando, um fetiche pessoal que até então não sabia que tinha.
―É o suficiente no momento. Venha aqui. ― Ela andou até a cadeira e ficou de joelhos ao lado dele, tudo isso sem avisar. Cada vez mais, parecia como se ela estivesse agindo por instinto. Ele estendeu a mão para acariciar a cabeça dela, colocou para trás as lisas mechas que escapavam de seu rabo-de-cavalo. ―Eu vou apagar as velas e quero que você vá para o quarto e espere por mim.
―Como você me quer?
Ele torceu sua mão ao redor do cabelo dela, puxando sua cabeça.
―Eu quero que você pense sobre o que eu gostaria e então me mostre à sua maneira.
Os olhos de Tanya se arregalaram e então ela concordou. Como ele não tinha soltado seus cabelos, o movimento trouxe lágrimas aos seus olhos. Victor a soltou e ela se levantou saindo do quarto.
Enquanto caminhava pelo quarto apagando as velas, ele se perguntou se ela estava tendo dificuldade em seguir a sua ordem. Quando acabou, pegou alguns brinquedos que planejava usar mais tarde e deixou o quarto em direção à suíte. A porta estava fechada e ele respirou fundo antes de abri-la. Embora ele acabasse de pensar como ela tinha agido instintivamente durante a semana, seu prazer e orgulho por ela não tiveram limites quando abriu a porta.
Tanya estava ajoelhando na cama, a cabeça para baixo e o traseiro no ar. Suas pernas estavam afastadas e ela separava suas nádegas. Nesta posição, ela estava exposta e vulnerável.
Victor acomodou os artigos trazidos da sala de jogos e então se sentou confortavelmente na cadeira reclinável. Removeu os sapatos e as meias o tempo todo olhando para Tanya. Notou que ela se moveu ligeiramente quando ele entrou no quarto, mas então permaneceu quieta. Levantando-se, mais do que depressa ele tirou a camisa, a calça e a cueca.
―O que fez que você se apresentar dessa maneira? ― Ele estava curioso sobre como ela responderia.
―Pelo jeito que você queria me preparar para hoje à noite.
―Eu lhe pedi para fazer muitas coisas.
―Sim, inclusive uma limpeza. Achei que seria apenas por uma razão...
Ele não poderia criticar sua lógica. Especialmente por que estava certa. Ela escolheu o modo exato que ele a queria na cama, era somente uma gratificação. Seu bumbum em exibição estava muito tentador para resistir. Alcançando-a, ele afastou as mãos dela e espalmou a carne redonda e macia. Sentia-se tão bem, pensou que mal poderia esperar para estar dentro dela.
Pegando a garrafa de óleo que trouxera, ele a abriu e despejou o fluxo acima do seu traseiro. Esfregou o óleo em toda a sua abertura, cobrindo a área completamente. Tanya não foi mais capaz de permanecer quieta e começou a apertar-se contra ele quando a acariciou.
―Humm, você gosta disto, não é?
―Sim.
―Eu sei que você já teve coisas em seu bumbum, mas você já foi penetrada antes?
―Não, nunca.
Ela era tão maldita receptiva para tudo que ele fazia que ficou pasmo em ter conseguido ir tão longe em sua vida sem que nenhum outro homem tenha reconhecido a jóia preciosa que ela era. E também ficou agradecido.
Como ele continuou a massagem na área, ela exclamou.
―Você está me provocando!
Embora fosse um bonito apelo, ele não ia ceder ao que ela exigia.
―Paciência, minha pequena puta, paciência.
Ele colocou o dedo em seu ânus, deslizando seu dedo coberto com óleo. Ela gemeu e empurrou de encontro à mão dele, encorajando a penetração. Adicionando um segundo dedo, ele os girou dentro dela, num esforço para soltar a tensão. Quando puxou a mão para enxugá-la na toalha, ela deu uma choramingada leve. Ele pegou em seu rabo-de-cavalo, puxando-a para examinar seus olhos.
―Diga a mim o que você quer.
―Oh Deus, por favor, me possua, por favor, enfie no meu bumbum!
Feliz por obrigar, ele afastou-se de seu cabelo. Abriu um pacote de preservativo, e o rolou por sua ereção. Então, despejando uma quantia generosa do óleo por seu pênis coberto, espalhou até que estivesse completamente coberto. Centrando seu pênis contra o ânus dela, ele começou a apontar para frente, lentamente penetrando seu traseiro. Ela estava tão incrivelmente apertada, que ele teve que cerrar seus dentes, enquanto empurrava centímetro por centímetro em sua profundidade quente.
Ela começou a empurrar para trás, como se tentando uma penetração mais profunda, mas ele não queria machucá-la. Ele aterrissou uma palmada afiada em seu traseiro e ela se acalmou imediatamente.
―Eu estou comandando este show. Não há necessidade de se apressar. ― Ela balançou a cabeça em consentimento, suas mãos se fecharam no acolchoado em baixo dela.
Ele precisava ter certeza que isto era bom para ela. Embora gostasse de deixá-la sentir dor com o chicote, desta vez queria que ela somente sentisse prazer.
―Eu quero que você esfregue seu clitóris e coloque o dedo em sua vagina. Fique boa e molhada para mim. ― Ela hesitou por um momento antes de se apoiar com uma mão e empurrou a outra entre suas pernas. Depois que ela começou a se tocar, ele começou a pressionar um pouco mais para frente. Agora um pouco mais distraída, ela começou a relaxar e ele pôde penetrá-la completamente.
Depois que estava nela até as bolas, pausou por um momento permitindo que ela se acostumasse à plenitude. O sentimento de estar dentro dela foi tão incrível quanto imaginava. Notou que ela estava respirando fortemente, como se tivesse correndo uma maratona.
―Está tudo bem?
―Sim. ― Ela olhou por sobre o ombro. ―É que é mais íntimo do que eu imaginei.
―Então, está bom meu pênis bem fundo em sua bunda?
―Sim. ― Ela esboçou um sorriso malvado. ―No entanto, eu aposto que me sentiria muito melhor se você começasse a se mover agora.
―Verdade? ― Ele puxou de volta lentamente até que ficasse somente a cabeça do pênis e então empurrou de volta. ―Como isso?
Tanya gemeu e movimentou a cabeça.
―Sim, mais…
Victor começou a possuí-la então, golpes fortes e fundos em seu traseiro. A cada estocada, ela gemia alto. Seu pênis estava agora deslizando com facilidade no canal virgem e ela estava empurrando de volta com toda força, rebolando nele.
―É tão… bom, não pare!
Sabendo que ela estava agora se apreciando, começou a se mover um pouco mais rápido, bombeando seu pênis. Ele estapeou sua nádega esquerda e ela deu um pequeno grito de surpresa quando ele deu o mesmo tratamento no seu lado direito. Ela gemeu e se apertou ao redor dele, produzindo um gemido dele em resposta.
―Você está perto de gozar?
―Sim… não… eu não gozarei sem permissão.
Feliz por ela está tão condicionada, ele sorriu.
―Você é uma menina muito boa. Mas eu quero que você goze quando eu disser. Você pode fazer isto pra mim?
―Sim, oh sim.
―Você... É... Minha. ― Cada palavra era pontuada com uma estocada em seu traseiro.
―Sim. Sim. Sim.
Segurando as nádegas redondas, ele aumentou a velocidade e profundidade de suas estocadas até que estava empurrando forte nela.
―Esfregue seu clitóris pra mim; Eu quero que você goze!
Sua mão movimentou-se frenética quando ele fez o pedido.
―Ahhh, ― ela clamou e se curvou para trás, seu corpo ondulando com a força de seu orgasmo. Ele se debruçou acima de seu corpo, precisando marcá-la como sua. Sua boca fechou-se sobre a pele tenra, abaixo de sua coleira e na linha do pescoço. Enquanto ela se apertava ao redor do membro dele, ele não pôde mais retardar seu próprio clímax e jorrou a sua semente.
Com ambos respirando pesadamente, muito lentamente e com muito cuidado ele se retirou dela. Ela deu um pequeno gemido e desabou sobre a cama, enquanto ele foi ao banheiro dar fim ao preservativo e limpar-se antes de fazer o mesmo para ela.
Tanya abriu seus olhos e sorriu para ele, o que ele só podia descrever como uma forma amorosa quando a limpou e a arrumou na cama. A marca dele em seu pescoço era uma lembrança descarada que ela era sua. Ele juntou-se a ela na cama, puxou-a para si e enroscou seus braços ao redor dela. Amanhã daria a ela o presente que ele planejou dar-lhe esta noite.

* * * * * * * * * *

Acordando nas primeiras horas da madrugada, Tanya ficou deitada lá por um momento relembrando os eventos da noite. Quando estava adormecendo, se sentiu querida e ousava dizer, amada. Mas na fria e severa luz matutina, se preocupou que tivesse entendido mal, confundindo luxúria com amor. Ela sabia, quando aceitou a proposta dele, que tinha um prazo e seu tempo juntos estava terminado. Victor não pediu qualquer outra coisa diferente de uma semana e ele certamente não indicou qualquer futuro para eles, embora ela esperasse por mais.
Ela não iria ser a mulher patética que ficaria em volta mesmo depois da data limite. Em vez disso, faria com que fosse fácil para ele e ia embora antes dele acordar. Eles podiam evitar uma confrontação desconfortável. Embora pensasse que seria o melhor caminho para fazer as coisas, não podia evitar a preocupação mesquinha em sua cabeça que estava cometendo um erro.
Afastando o pensamento desconfortável por um momento, Tanya saiu da cama e fez o seu melhor para evitar despertar Victor. Ela andou na ponta dos pés e saiu do quarto para chamar um táxi. Quando foi informada que demoraria um pouco, ela decidiu tomar um banho rápido e depois de vestir-se, juntou o que sobrava de suas roupas e as arrumou na mala.
Ela permaneceu na entrada do quarto, olhando fixamente para Victor que estava quieto e adormecido. Havia uma última tarefa que precisava completar, mas esta provava ser a mais dura de todas. Retirando sua coleira de couro, Tanya finalmente a deixou na mesa ao lado da cama. Ela não deixou uma nota, sabendo que aquela coleira seria tudo que Victor precisaria para saber que tinha ido embora.
Antes de mudar de idéia, ela saiu apressada do quarto, recusando-se a se voltar e olhar uma última vez para Victor. A cada passo, sentia como se estivesse deixando seu verdadeiro eu para trás, naquele quarto.
Tanya chamou um táxi para pegá-la, já que não estava com seu carro. Não querendo despertar Victor, saiu para o meio-fio com sua mala para esperar o táxi chegar. Enquanto ficou sentada lá, pensou sobre o que tinha feito; Algo que ela tinha evitado por muito tempo. Quando o carro amarelo chegou, ela tomou uma decisão.
―Você é Tanya Garcia?
Ela afirmou com um movimentou de cabeça.
―Desculpe fazer você vir de tão longe, mas eu não preciso mais da corrida. ― Antes dele poder fazer uma réplica brava, ela lhe deu uma nota de vinte dólares.
Ele tomou o dinheiro e então balançou a cabeça acenando para a mala.
―Você tem certeza?
―Sim, tenho certeza.
Quando o táxi se afastou, Tanya retornou para a casa. Esperava ter tomado a decisão certa, mas fugir simplesmente não resolveria o problema. Mesmo que temesse tanto a conversa, ela ia dizer a Victor como estava se sentindo. Ele poderia mandá-la embora, mas pelo menos teria dado uma chance a sua relação.
Ela deu um passo nervoso para o quarto, perguntando-se se Victor havia descoberto sua atitude. Mas tudo estava da mesma maneira de quando partiu inclusive sua coleira que continuava na mesa do lado da cama. Ela andou até a mesa e estendeu a mão para pegá-la quando foi interrompida.
―Mudou de idéia? ― O tom severo congelou seus dedos no couro.
Sem pensar como pareceria, Tanya caiu de joelhos ao lado da cama a cabeça curvada.
―Eu estava assustada e tomei uma decisão estúpida, mas eu percebi que fugir não era a resposta e voltei.
―Entendo.
Sua resposta curta a irritou. Ela ergueu a cabeça para olhar fixamente para ele.
―Não, eu não acho que você entendeu. Eu não sou perfeita. Eu cometi um engano. Mas eu estou tentando corrigir isso.
Ele se sentou e cruzou os braços.
―Então qual foi o engano, concordar em ser minha submissa em primeiro lugar?
―Não, essa foi a melhor decisão que eu tomei. ― Ela suspirou fortemente. ―Eu pensei que pudesse concordar em ser sua submissa por uma semana e quando o tempo acabasse nós podíamos voltar para a nossa vida de antes.
Ele encolheu os ombros.
―Bem, a semana terminou e você foi embora. Você fez somente o que disse que faria. Então o que lhe fez decidir retornar?
―Ir embora sem falar com você foi o meu engano. Esta semana tem sido… a experiência mais intensa da minha vida.
―Parabéns! Você conseguiu uma grande experiência. ― As palavras foram frias, mas ela praticamente podia ver sua raiva chiando debaixo delas.
―Eu quero mais do que isso. ― Ela cedeu a um impulso e se levantou, então pegou a coleira da mesa e se juntou a ele na cama. ―Eu quero continuar sendo sua submissa, se você me quiser. ― Ela deu a ele o objeto de couro e sua mão tremia enquanto esperava pela resposta.
Ele ficou mudo por um momento, transferindo a coleira de mão em mão.
―Você recebeu esta coleira para marcar minha possessão sobre você por nossa semana juntos. Nós usamos esta coleira no jogo. ― Ele agitou a cabeça. ―Eu não a devolverei para você agora.
As palavras a golpearam e Tanya pôde sentir seu corpo tremendo. Aquele era o fim.

Ele não me quer!

Tanya se perguntou se o motorista de táxi voltaria depois que ela o mandara embora. Tropeçou em seus pés, mas foi imediatamente parada por um impulso.
―Pare. Sente-se e fique quieta. ― Ela não tinha nenhuma razão para escutá-lo. Ele só diria a ela que não mais queria que fosse sua submissa. Mas se sentou de volta na cama como ele ordenou.
―O que você quer de mim? ― Ela sentiu as lágrimas que ardiam em suas pálpebras. A única coisa que não queria fazer era desabar na frente dele.
―Eu quero que você me escute por um minuto. ― ele tomou-lhe as mãos, e embora lutasse contra isso, o olhou no fundo de seus olhos. ―Quando eu propus que fosse minha submissa por uma semana, eu queria mais. Muito mais. Eu sabia desde o Natal que você era minha outra metade, eu só precisava desta semana para convencer você. Quando foi embora, eu pensei que tinha falhado na minha missão.
Suas emoções estavam tumultuadas. Quando ele se recusou a devolver sua coleira, ela foi devastada. Agora estava subindo rapidamente e ainda achava difícil de acreditar que aquilo era verdade.
―Você nunca disse nada e quando acordei esta manhã e percebi que a semana estava terminada... ― A voz dela sumiu.
―Eu disse a você que queria ser o homem que ia provar que estava errada. ― Ele esfregou o dedo polegar pela sua bochecha, enxugando uma lágrima que ela não percebeu que tinha escapado. ―Eu planejei conversar com você ontem à noite, explicar que a queria para sempre, mas nós dois adormecemos.
Se ele a queria para sempre, suas ações anteriores não faziam qualquer sentido.
―Então por que... ― Ela gesticulou para a coleira.
―Eu tenho outra coisa para você, se estiver interessada. ― Ela abriu a boca imediatamente para concordar, mas uma vez mais ele a parou. ―Não, espere, eu quero que você saiba no que está entrando. Se você verdadeiramente concordar ser minha submissa, então eu quero você comigo, que se mude para cá permanentemente.
―Será que eu sempre poderia dizer alguma coisa?
―Sim, eu não sou completamente irracional, sabe. Eu entendo que vivendo esta vida real, exige compromisso e discussão. Por outro lado, quando estivermos na sala de jogos, uma vez que já discutimos seus limites, serão minhas regras, à minha maneira. Você pode viver com isso?
―Sim, Senhor.
Ele rosnou e a empurrou para a cama, rolando-a debaixo dele. Ela podia sentir o tamanho de sua ereção que apertava contra ela, mesmo por cima de sua roupa.
―Você sabe como me fazer selvagem, não é minha doce e pequena submissa?
―Isso me pareceu certo. Eu… tive que falar.
―Maldição, claro que está certo. Na verdade, eu acho que é uma nova regra. A qualquer hora que estivermos a sós, você precisa me chamar de Senhor.
Um pequeno sorriso surgiu nos lábios dela.
―Sim, Senhor.
Ele prendeu suas mãos na cama e baixou sua cabeça para capturar seus lábios em um beijo. Sua língua fez pressão em sua boca novamente quando a beijou forte e profundo. Somente quando ela estava perdendo todo o juízo, ele se afastou.
―Você é uma distração.
―Desculpe Senhor.
Os olhos dele flamejaram, mas ele não disse nada. Em vez disso, saiu de cima dela e se inclinou para abrir a mesa ao lado da cama, no lado oposto de onde retirou uma caixa de porte médio. Sentando, a puxou em uma posição acomodada e deu-lhe a caixa.
―Abra!
Quando ela removeu a tampa, revelou um bracelete de ouro e platina. Ele retirou a pulseira e a abriu com o que pareceu ser uma chave pequena.
―Se você aceitar, será a marca permanente de minha propriedade sobre você. Você usará sempre, porque eu guardarei a chave. Pode aceitar isso?
―Sim, Senhor. Eu aceito você como meu mestre e eu quero a marca de sua propriedade para sempre.
Ele apertou a pulseira ao redor de seu pulso e então a fechou. Ao som do metal que se fechava, Tanya perdeu o fio fino que segurava suas emoções. As lágrimas começaram a rolar sobre suas bochechas, enquanto ela olhava fixamente para a pulseira. Ela era dele, para sempre. De certa forma, não fazia qualquer sentido, mas ela se sentia de repente livre.
―Ei, e agora, o que são estas lágrimas? ― Ele enxugou as lágrimas de seu rosto.
―Desculpe. Eu estou sentimental. Eu não consigo explicar o quanto isto significa para mim.
―Só assim você sabe que isto significa muito para mim também. Quando você saiu daqui esta manhã, eu tive que lutar para controlar meu desejo de ir atrás de você. Agradeço a Deus que você voltou.
Ela franziu a sobrancelha confusa.
―Espere um minuto. Você sabia que eu estava indo embora?
―Eu soube assim que você deixou a cama. Mas eu permiti que você fizesse sua própria escolha.
―E se eu não voltasse?
Ele respirou fundo.
―Eu gostaria de dizer que teria deixado você ir. Mas honestamente, eu teria provavelmente aparecido em sua casa em algumas horas e arrastaria seu traseiro até aqui.
―Então nós teríamos tido o mesmo resultado?
―Oh não. Você perderia alguns dias na sala de jogos, sendo castigado pela má decisão que tomou.
Ela riu.
―Eu não sei se eu devia ter prazer ou ficar triste com isso.
―Não se preocupe, nós teremos bastante tempo na sala de jogos, que espero que não envolvam castigo.
―E eu poderei usar a minha coleira? ― mesmo com sua pulseira, ela ainda desejava o colar de couro preto ao redor de seu pescoço.
―Oh sim, minha doce submissa, você terá a sua coleira.
―Então está tudo bem. ― Tanya nunca quis admitir sua submissão, mas agora que tinha e usava a marca de propriedade de Victor, ela finalmente sentia que era aonde pertencia.


[1] D/S – Termo usado para a prática sexual de Domínio e Submissão.